27 de Janeiro de 2013
TEXTO ÁUREO
“Então, Elias se chegou a todo o povo e disse:
Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; se é
Baal, segui-o. Porém o povo lhe não respondeu nada” (1 Rs 18.21).
VERDADE
PRÁTICA
O
confronto entre Elias e os profetas de Baal marcou definitivamente a separação
entre
a
verdadeira e a falsa adoração em Israel.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Reis 18.36-40.
36
- Sucedeu, pois, que, oferecendo-se a oferta de manjares, o
profeta Elias se chegou e disse: Ó SENHOR, Deus de Abraão, de lsaque e de
Israel, manifeste-se hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo, e
que conforme a tua palavra fiz todas estas coisas.
37
- Responde-me, SENHOR, responde-me, para que este povo conheça que
tu, SENHOR, és Deus e que tu fizeste tornar o seu coração para trás.
38
- Então, caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a lenha,
e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego.
39
- O que vendo todo o povo, caiu sobre os seus rostos e disse: Só o
SENHOR é Deus! Só o SENHOR é Deus!
40
- E Elias lhes disse: Lançai mão dos profetas de Baal, que nenhum
deles escape. E lançaram mão deles; e Elias os fez descer ao ribeiro de Quisom
e ali os matou.
OBJETIVOS
Após
esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Destacar a importância de se confrontar os falsos deuses.
- Explicar quais são os perigos de dar crédito aos falsos profetas.
- Conscientizar-se da necessidade de confrontar a falsa adoração.
Palavra Chave
Falso: adj.
1. Não verdadeiro;
não verídico.
2.
Fingido, simulado.
3.
Enganoso; mentiroso.
4.
Desleal, traidor.
5.
Adulterado, falsificado.
6.
Suposto, que não é o que diz verdade.
7. Pessoa
falsa.
8.
Esconderijo; vão dissimulado debaixo de uma escada, de um móvel, etc.
adv.
9. Com falsidade; em falso. Em
falso: errando o passo, a pancada, o movimento, etc. [a]
INTRODUÇÃO
A apostasia em Israel era
manifestada no sincretismo religioso, isto é, a mistura de crenças. Nestes dias
esse tipo de pensamento predomina, principalmente no contexto da
pós-modernidade. Veremos, na lição de hoje, que os profetas de Baal precisavam
ser confrontados por Elias. E que, atualmente, devemos assumir uma posição profética
confrontando posicionamentos contrários à Palavra de Deus.
I. CONFRONTANDO OS FALSOS DEUSES
1. Conhecendo o
falso deus Baal. Baal,hb.
Senhor: O supremo deus dos cananeus, correspondente a Bel, senhor dos
babilônios. O título por extenso do baal cananeu era Bal-Semaim, isto é, Senhor
do céu.Baalins (Jz.2.11) é a forma plural; cada lugar tinha seu próprio
baal,senhor divino.(..) Baal era o deus do sol, responsável pela germinação da
lavoura, pela germinação e crescimento da lavoura, o aumento dos rebanhos
e a fecundidade das famílias. Em tempos de seca e de peste, sacrificavam-se
vítimas humanas para apaziguar sua ira, 2 Rs.16.3; 21.6; Jr.19.5. Nesses
holocaustos, a família geralmente oferecia o primogênito, a vítima sendo
queimada viva. Baal era a divindade masculina e Astarote a feminina entre os
cananeus.
Adoração: A adoração a baal era acompanhada por rituais lascivos (1Rs.14.24; 2Rs.23.7).Está comprovado que sua imagem era beijada (1Rs. 19.18; Os.13.2). O sacrifício de crianças no fogo era parte do seu culto (Jr.19.5).
Adoração: A adoração a baal era acompanhada por rituais lascivos (1Rs.14.24; 2Rs.23.7).Está comprovado que sua imagem era beijada (1Rs. 19.18; Os.13.2). O sacrifício de crianças no fogo era parte do seu culto (Jr.19.5).
2-Identificando a falsa divindade Aserá: A crença Cananeia dizia que El seria o
deus principal, o pai dos outros deuses, e Aserá era a deusa mãe.A adoração a
esta divindade estava associada à adoração a Baal (Jz.3.7; 2Rs. 23.4).Também é
fácil observar que ela exerceu uma influência negativa entre o povo de Deus
(Jz. 2 .11-13). Aserá (ou
Astarte): Uma deusa da Síria e de Canaã, companheira de baal, que representava
a fertilidade. Mencionam-se suas imagens em 1Rs. 15.13; seus profetas em 1Rs
18.19; os utensílios usados em seu culto em 2Rs 23.4.Deusa semítica também da
vegetação, assim como da fertilidade, cultuada em toda Ásia Menor, especialmente
na Fenícia 1Rs. 11. 5,33; 2Rs. 23.13.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A crença
popular cananita dizia que El era o deus principal, ou seja, o pai dos outros
deuses, e Aserá era a deusa-mãe.
II. CONFRONTANDO OS FALSOS
PROFETAS
1.
Profetizavam sob encomenda. Mas não nos é estranho encontrarmos profetas do Deus
Único que em nada diferem daqueles que cercavam a mesa de Acabe. No dizer de
Paulo, estes tais serão discernidos pelos espirituais! Nos dias de Jesus
existiam ministros que ‘exteriormente pareciam justos aos homens’ (Mt 23.28).
Mas interiormente eles estavam cheios de hipocrisia e iniquidade. Sua aparência
era enganadora até que os verdadeiros motivos fossem expostos pela luz da
Palavra viva de Deus. Jesus comparou seus corações ao solo ruim que produzia
frutos pecaminosos (Mt 13.1-23; 15.17-20)”. Claro está que temos a obrigação de
julgar os profetas pelos seus frutos, isto também fica claro nos escritos de
Paulo e João (1Ts 5.21; 1Jo 4.1; 1Co 14.29).
2. Eram mais numerosos. Acabe e sua esposa, Jezabel, haviam
institucionalizado a idolatria no reino do Norte. Baal e Aserá não eram apenas
os deuses principais, mas também os oficiais. O culto idólatra estava presente
em toda a nação, de norte a sul e de leste a oeste.
O relato Bíblico afirma que os profetas
de Baal eram 450, e os profetas de Aserá eram 400 (1Rs 18.19), ampla maioria se
comparado ao único profeta de YAHWEH nesse desafio do monte Carmelo. Apesar
dessa maioria numérica no Carmelo, estes oitocentos e cinquenta profetas
ficaram confundidos e envergonhados, pois somente o Deus de Elias respondeu com
fogo e dissipou toda dúvida do coração do povo (1Rs 18.38,39). Não se pode
esquecer que, Elias não estava só enquanto servo de YAHWEH, ainda havia sete
mil que não se corromperam com o falso deus cananeu.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Os falsos profetas de Acabe eram mais numerosos e profetizavam por
encomenda.
III. CONFRONTANDO A FALSA ADORAÇÃO
1. Em que ela imita a verdadeira. O dicionário Aurélio
define adoração como culto a uma divindade; culto, reverência e veneração. O
mesmo dicionário define o verbo adorar como render culto a (divindade);
reverenciar, venerar. As palavras que definem adoração, no Velho Testamento,
significam ajoelhar-se, prostrar-se (#7812, Strongs), como em Êx 20.5. As
palavras que definem adoração, no Novo Testamento, significam beijar a mão de
alguém, para mostrar reverência; ajoelhar ou prostrar-se para mostrar culto ou
submissão, respeito ou súplica (#4352, Strongs), como em Mt 4.10 e Jo 4.24.
Adoração então é uma atitude de extremo respeito, inclusive ao divino, que se
expressa com ações singulares de reverência e culto. Qual é a adoração que Deus
realmente espera de nós? Qual é o som e a canção que Ele verdadeiramente espera
de nós? Será que nossos dons e talentos fazem algum barulho no trono de Deus?
Será que Ele consegue ouvir canções e vozes lindas, mas corações ocos e vazios?
Qual é o verdadeiro som que ecoa no céu? João Calvino chamou, de maneira
apropriada, o coração humano de “uma fábrica de idolatria”, querendo dizer que
a adoração fiel não acontece naturalmente nos seres humanos caídos. Pecadores
se tornam idólatras porque Deus plantou tão profundamente a necessidade dEle
mesmo nos corações humanos, que quando não conhecemos ao Deus verdadeiro,
inventamos falsos deuses, falsa religião e falsa adoração. Deus adverte contra
tal adoração idólatra no primeiro mandamento: “Não terás outros deuses diante
de mim”. A adoração idólatra de falsos deuses é condenada por toda a Bíblia
2. No que ela se
diferencia da verdadeira. A adoração verdadeira se diferencia da falsa em
muitos aspectos. Podemos extrair do capítulo 18 de I Reis os seguintes:
- A adoração verdadeira firma-se na revelação de Deus na história (1Rs. 18.36);
- Distingue-se pela participação do adorador no culto (1Rs. 18.36);
- Distingue-se pala Palavra de Deus, que é o instrumento usado para concretizar os planos e propósitos de Deus (1Rs. 18.36).
Agora, de modo geral, temos outras características
que evidenciam que uma adoração não é verdadeira. A adoração é falsa quando:
- Não tem poder para vencer a carne (Cl.2.23), Todas as práticas cometidas num culto falso, não podem regenerar, salvar, e nem muito menos fazer o indivíduo manter-se fiel a Deus sem ser guiado pela carne;
- É centrada no homem e seus desejos da carne (Rm. 1.25): Toda adoração é falsa quando tem o homem no centro de sua mensagem. Quando o objetivo é resolver os problemas do homem à custa de Deus, colocando as vontades do indivíduo superiores à vontade do Senhor, tal adoração é falsa;
- É moldada pelo homem (Jr. 10.14-15): Aquilo que é o resultado de algo humano para cultuar a Deus, não é legítimo, trata-se de uma adoração falsa. A genuína adoração tem seus parâmetros estabelecidos pelo próprio Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A verdadeira adoração firma-se na revelação de Deus na história.
IV.
CONFRONTANDO O SINCRETISMO RELIGIOSO ESTATAL
1. O perigo do sincretismo religioso O dicionário Aurélio de língua
portuguesa define o vocábulo sincretismo como sendo a: “fusão de elementos
culturais diferentes, ou até antagônicos, em um só elemento, continuando
perceptíveis alguns sinais originais”. Essa definição se ajusta bem ao culto
judeu no Reino do Norte durante o governo de Acabe. A adoração verdadeira havia
se misturado com a falsa e o resultado náo podia ser mais desastroso. Esse
problema da “mistura” do culto judeu com outras crenças foi uma ameaça bem presente
ao longo da história do povo de Deus (Êx 12.38; Ne 13.3). O sincretismo
religioso foi uma ameaça, é uma ameaça ainda hoje e sempre será. A fé bíblica
não pode se misturar com outras crenças!
2. A resposta divina ao sincretismo O texto sagrado diz que logo após
o Senhor ter respondido com fogo a oração de Elias (1 Rs 18.38,), o profeta de
Tisbe deu instrução ao povo: “Lançai mão dos profetas de Baal, que nem um deles
escape. Lançaram mão deles; e Elias os fez descer ao ribeiro de Quisom e ali os
matou.” (1 Rs 18.40). Parece uma decisão muito radical, mas não foi. O remédio
para extirpar o mal precisava ser tomado. A decisão de Elias não foi tomada por
sua própria conta, mas seguia a orientação divina dada pelo Senhor a Moisés. A
lei deuteronômica dizia que era necessário destruir todos aqueles que
arrastassem o povo de Deus para a idolatria (Dt 13.12-18; 20.12,13).
O desafio do profeta Elias contra
os profetas de Baal foi muito além de uma simples luta do bem contra o mal. Ele
serviu para demonstrar quem de fato era o Deus verdadeiro e, portanto,
merecedor de toda adoração. Foi decisivo para fazer retroceder o coração do
povo até então dividido. Mostrou que o pecado deve ser tratado como pecado e
que a decisão de extirpá-lo deve ser tomada com firmeza.
A luta contra a falsa adoração
continua ainda hoje por parte dos que desejam ser fiéis a Deus. Não há como
negar que ao nosso redor ecoam ainda os dons advindos de vários cultos falsos,
alguns deles, transvestidos da piedade cristã. Assim como Elias, uma igreja
triunfante deve levantar a sua voz a fim de que a verdadeira adoração
prevaleça.
Steven Sampson (2008, p.13)
sintetizou bem esse assunto quando escreveu:
“A verdadeira batalha que se
trava contra o espírito de Jezabel é pelo controle das pessoas”. O que esse
espírito deseja é dominar e controlar o povo de Deus. Se não formos pessoas
decididas, ficaremos fascinados por esse espírito.
Exaltar a posição em vez do
caráter é uma descrição sucinta do que são suas intenções. Jezabel apoia
organizações religiosas e políticas e é bastante influente sobre elas. Embora
seja religiosa, ela dirige seu falso poder contra o verdadeiro fluir profético
de Deus. Ela odeia os profetas e todo o ministério profético. “De maneira mais
específica, odeia o arrependimento, a humildade e a oração intercessora, porque
destroem suas fortalezas de orgulho e rebelião”.8
SINOPSE DO
TÓPICO (IV)
O Deus de Israel é rigorosamente contrário a idolatria. Nele não há
sincretismo religioso.
CONCLUSÃO
O sincretismo religioso está
comprometendo a fé de vários cristãos, igrejas inteiras estão abrindo mão da
palavra, e do Senhor, e se prostrando perante outros deuses. Mas ninguém pode
servir a Deus e a Mamom (Mt. 6.24), só existe um Deus Verdadeiro, que enviou
Jesus Cristo (Jo. 17.3). Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida, ninguém vai ao
Pai se não for por Ele (Jo. 14.6). Em nenhum outro há salvação, somente em
Jesus está a vida eterna (At. 4.12). Não podemos fazer concessões em relação a
essa verdade, que não admite qualquer tipo de sincretismo e confrontar o erro
pela Palavra de Deus.
EXERCÍCIOS
1. De acordo com a
lição, quais as duas divindades pagãs principais no reino do Norte?
R. El e Aserá.
2. Explique como
alguém pode deixar de ser uma voz profética.
R. Quando por conveniência adota as mesmas
práticas e atitudes do sistema vigente.
3. Como a verdadeira
adoração se diferencia da falsa?
R. A adoração verdadeira se firma na revelação
de Deus na história; na participação do adorador no culto; pela Palavra de
Deus.
4. Defina
“sincretismo”.
R. Fusão de elementos culturais diferentes, ou
até antagônicos, em um só elemento, continuando perceptíveis alguns sinais
originais.
5. Por que o desafio
entre Elias e os profetas de Baal foi muito além de uma guerra entre o bem e o
mal?
R. Ele serviu para demonstrar quem de fato era
o Deus verdadeiro e merecedor de toda adoração.
BIBLIOGRAFIA
[a]
-. http://www.priberam.pt/dlpo/;
A Bíblia
Sagrada Versão Digital 6.0 Freeware
Bíblia
de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD;
Bíblia
de Estudo Pentecostal, CPAD;
http://auxilioebd.blogspot.com.br/
http://subsidioebd.blogspot.com.br/
http://verdadeprofetica.blogspot.com.br/2013/01/ebd-2013-licao-4-elias-e-os-profetas-de.html
http://www.renatobromochenkel.com.br/2013/01/licao-4-elias-e-os-profetas-de-baal-1.html
Lições
Bíblicas do 1º Trimestre de 2013, Jovens e Adultos: Elias e Eliseu — Um
ministério de poder para toda a Igreja; Comentarista: José Gonçalves; CPAD;
Pequena Enciclopédia Bíblica, .Boyer, Orlando.
CPAD. Dicionário Bíblico, Brevi, Ítalo Fernando
Porção
Dobrada .Gonçalves, José CPAD - 2012]
Revista
Ensinador Cristão - nº 53 - CPAD.
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