A palavra crise continua
sendo uma das mais proferidas pelos brasileiros
diante do cenário econômico desfavorável que tem como resultado o aumento no
número de desempregados. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) mais de 11 milhões de postos de trabalho estão fechados. Na
visão de alguns economistas a situação ainda está longe de melhorar e as
previsões são nada animadoras para o futuro com o fechamento de mais empresas e
por sua vez aumentando o número de demissões e desempregados. A realidade local
não é preocupante. Apenas para exemplificar os dados do Cadastro Nacional de
Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho e Emprego mostram
que, em maio de 2016, foram eliminados 2.100 empregos com carteira assinada no
Rio Grande do Norte. Em Assú o CAGED aponta que a quantidade de postos de
trabalho fechados no citado mês chegou a 76.
Diante de tal constatação como devem se comportar
empregados, desempregados e empregadores?
A resposta a essa pergunta é dada pelo professor do
departamento de economia do campus local da Universidade do Estado do Rio
Grande do Norte (UERN), Joacir Aquino.
Na opinião do acadêmico, a capacitação é o elo que une trabalho e trabalhador.
“Para o empregado a crise deve ser um momento para
ele se capacitar em diferentes áreas. Isso aumenta suas chances de inserção e
permanência no mercado de trabalho. Já o empresário deve preservar na sua
empresa os colaboradores mais qualificados e mais produtivos. É preciso
entender que o caminho para sair da crise é criar estratégias para crescer e
para isso é necessário também melhorar o atendimento aos clientes e a oferta de
produtos ou serviços. Para isso, empregados mais preparados, terão uma chance
maior de estimular as vendas quando for o caso. Mas a recomendação é válida
para todos os setores ampliando as chances de prosperidade dos negócios.
Invista pesado em propaganda e em negociação com os seus clientes além de
cuidar dos seus funcionários capacitando-os para que eles possam elevar a sua
produtividade. Já quem está desempregado a alternativa é também se capacitar.
Elabore um bom curriculum, se prepare para uma entrevista de emprego e procure
um setor com o qual tenha afinidade”, disse o professor universitário
ressaltando que o desemprego é um fato real e que os trabalhadores de Assú e da
região do Vale do Açu assim como os de outras localidades não estão imunes.
Quanto ao futuro Joacir Aquino se mostra crédulo de
que este será melhor do que o presente em se tratando de recuperação da
economia e por sua vez abertura e/ou reabertura de postos de trabalho.
“A crise é um momento transitório e especialmente
aqui na região do Vale do Açu nós temos tudo para superar esse problema. Minha
visão para o futuro é otimista, sobretudo logo a partir do início do próximo
ano com a volta das chuvas já que a sua falta nesses últimos cinco anos também
tem sido um fator que contribui para o agravamento do desemprego. Eu acredito
que 2017 será bem melhor”.
Ele citou dois empreendimentos que podem se tornar
uma referência na geração de emprego e renda no Vale do Açu.
“Há uma empresa se instalando na cidade de
Ipanguaçu atuando no ramo da fruticultura. Uma fonte de geração de empregos com
carteira assinada. Também temos conhecimento que um investidor no ramo de
educação veio estudar o Vale do Açu para implantar aqui na região uma grande
faculdade particular com vários cursos. Isso é mais uma oportunidade para a
população entrar no mercado de trabalho. A crise traz muitos problemas, mas
também é um momento de oportunidade”.
Um dos setores que em Assú e na região ainda está
resistindo a queda da economia é o comércio mesmo registrando demissões e em
alguns casos fechamento. De modo específico Joacir Aquino acredita que o
aumento no valor dos benefícios do programa federal de transferência de renda
Bolsa Família autorizado na semana passada pelo presidente interino da
República, Michel Temer (PMDB) pode ser visto com bons olhos por esse segmento.
“A novidade positiva é o anúncio do reajuste no
valor do Bolsa Família e isso tem um impacto direto na economia dos municípios
de forma positiva pois vai aumentar a circulação de renda estimulando o
comércio. Isso pode trazer algum sinal positivo principalmente na nossa região
que depende principalmente dessa renda”, finalizou. As declarações do professor
Joacir Aquino foram dadas em entrevista ao Jornal da Manhã da Rádio Princesa do
Vale.
Sobre capacitação muitas são as opções gratuitas
para capacitação nas mais diversas áreas. Em Assú, mensalmente são ministradas
palestras gratuitas com tal finalidade no Senac que por muito tempo também
disponibilizou a custo zero formação profissional através do Programa Senac de
Gratuidade (PSG).
Fonte: Fique Sabendo Assu
Nenhum comentário:
Postar um comentário