Existem
coisas que acontecem hoje em nossos dias que fico a pensar. “tem certeza que
isso é verdade”? Sempre vejo nos noticiários que: homem matou esposa e filhos,
que filho matou seus pais, que idosos foram maltratados pelos seus próprios
familiares, que adolescentes comentem as maiores atrocidades com os seus
semelhantes, pois quando penso que todas as barbaridades já aconteceram, ou que
essas coisas só acontecem nas grandes metrópoles, engano.
Hoje
quando chegava do trabalho fui conhecedor de um fato que chocou toda população
Triunfense e cidades circo vizinha, pois uma mãe, se é que posso chamar esta
pessoa de mãe. Após ter seu filho, joga o recém-nascido no lixo.
Por volta das 09h30min, uma equipe de garis que fazia a coleta do lixo, o gari Luiz Segundo deparou com o feto enrolado em uma sacola plástica, o corpo da criança do sexo feminino, ainda estava com o cordão
umbilical sujo de sangue. Então pergunto o que leva uma mãe praticar um ato tão
brutal e desumano com esse?
Analisando este texto
bíblico (Isaías 49:15) “que diz Porventura pode uma mulher
esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do
seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei
de ti”. Sabemos que este versículo fala do amor de Deus para com seus filhos, mas
quero me deter um pouco mais no amor de mãe. Você
já parou para pensar na dimensão do sentimento materno? A relação mãe e filho
são iniciados ainda durante os nove meses de gestação. Há uma ligação física,
psicológica e emocional, a criança fica em simbiose com a mãe, depende do
organismo dela e está exposta às suas emoções.
É
no ventre que se estabelece o vínculo afetivo entre mãe e filho, que a despeito
das mudanças ao longo dos estágios de desenvolvimento deste, vai perdurar a
vida toda. Logo, o amor materno é algo ímpar, profundíssimo, de valor
incalculável para o desenvolvimento e a maturação do ser humano e que se revela
por uma doação completa, um extremo zelo no cuidado e na proteção.
No ponto de vista sociológico existem
vários motivos para uma mãe abandonar seu filho, uma mulher também pode
esquecer-se do seu filho em decorrência de uma forte crise pela qual esteja
atravessando. Isso pode acontecer por causa de conflitos conjugais, problemas
gravíssimos de depressão, distúrbios orgânicos ou psíquicos.
Em casos de depressão pós-parto, a
mãe pode rejeitar totalmente o bebê ou não querer amamentá-lo. A depressão
pós-parto tem as mesmas características de uma depressão normal; a pessoa sente
uma tristeza muito grande e prolongada, com perda de autoestima e de ânimo para
viver, podendo até mesmo tentar o suicídio.
Mulheres
que sofrem de problemas patológicos na memória ou de distúrbios psicológicos
podem desprezar o filho. Elas podem momentaneamente perder a noção das coisas e
não se lembrar dos seus laços afetivos e do seu papel de mãe, muitas vezes também é usuária de
drogas, alcoólatra e não sabe nem como se sustentar direito. Quando se depara
com um filho pra criar, acaba entrando em desespero e faz a primeira loucura
que vem à cabeça; jogar o próprio filho fora.
Mas
além de tudo isso existe a crueldade humana. São pessoas que não passa por
nenhum problema que falei, mas são pessoas que não tem nenhum respeito pela
vida, isso acontece por motivos banais, do tipo sou jovem e me envolvi com
homem casado e agora todo mundo vai sabe então vou joga fora, às vezes são
pessoas que vivem camufladas em uma falsa santidade ou religiosidade, e quando
acontece de engravidar tenta camuflar e comente uma atrocidade desse tipo para
manter as aparências.
Quando vejo tudo isso penso que o
escritor português José Saramago estava certo quando disse que os animais podem
ser selvagens, mas que apenas o homem é cruel, ele estava chamando a atenção
para um fato bastante inquietante, que subverte profundamente a imagem que
temos de nós mesmos. Ele estava dizendo, da maneira mais clara e assustadora
possível, que a crueldade é um fenômeno humano (e não animal).
Termino dizendo o seguinte um bebê é a coisa mais linda do mundo,
onde tem muitas mulheres que daria tudo para ter um filho. Emociono-me cada vez que vejo tantos
casos de abandono de crianças, eles são tão indefesos, tão dóceis. Será que essas
mães que praticam essas atrocidades conseguem dormir tranquilas?
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