9 de
dezembro de 2012
TEXTO
ÀUREO
“Porque surgirão falsos
cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se
possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mt 24.24).
VERDDEPRÁTICA
No juízo vindouro, Deus
há de julgar todos os moradores da terra, de acordo com as obras de cada um.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Sofonias
1.1-10
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Explicar a estrutura e a mensagem do livro de Sofonias;
- Compreender a linguagem predominante no livro de Sofonias; e
- Saber que juízo de Deus é uma doutrina bíblica irrevogável.
Palavra Chave
Juízo: (latim judicium, -ii, ação de julgar, julgamento,
decisão, tribunal)
s. m.
1. Faculdade de julgar intelectualmente.
2. Discernimento, tino.
3. Opinião, conceito.
4. Ato de julgar judicialmente.
5. Julgamento.
6. Tribunal; foro; jurisdição.
7. Apreciação, voto, parecer.
8. Prognóstico.
9. [Lógica] Ato de entendimento pelo qual se afirma
a relação de duas ideias.
10. Juízo das armas, juízo que se fazia de uma causa
pela sorte que, os interessados nela, tinham em combate singular.
juízo de
Deus: prova judicial
que, pelo fogo, pela água, etc., se fazia da culpabilidade de um acusado.
Vontade divina; decreto da Providência. (Mais usado
no plural.)
juízo de
Salomão: sentença reta e
imparcial.
juízo do
ano: predição que do ano se faz nas
folhinhas e almanaques.
juízo
final: juízo que a Igreja
anuncia para o fim do mundo. = JUÍZO UNIVERSAL
juízo
universal: o mesmo que juízo
final.
Introdução
O Livro de Sofonias é mais um dos livros
escatológicos do Velho Testamento. Nele constam mensagens do Julgamento Divino
contra Judá e Jerusalém, bem como outras nações. Há também um prenúncio de
restabelecimento para Jerusalém. Sofonias profetizou durante o reinado de
Josias, rei de Judá (640-609 a.C). A nação achava-se envolvida com a violência
e a idolatria. Havia indiferença e zombaria para com o Senhor Deus. A mensagem
de Sofonias foi entregue provavelmente antes do movimento da reforma promovida
por Josias. Talvez haja funcionado como a força motivadora que levou o rei a
conclamar o povo a renovar a obediência a Deus e à sua Lei. O tema central da
mensagem de Sofonias é o julgamento. O cumprimento imediato aconteceu quando
Nabucodonosor, rei de Babilônia, capturou Judá. O cumprimento definitivo
ocorrerá no Dia do Senhor, durante os anos da tribulação. Foi contemporâneo de
Jeremias e da profetisa Hulda. Tenham todos uma excelente e abençoada aula!
1. O
LIVRO DE SOFONIAS
1. Contexto histórico. Sofonias
profetizou durante o reinado de Josias (639-609 a.C.), o último governante
piedoso de Judá (1.1). Sua referência a Jerusalém como “este lugar” (1.4), bem
como a descrição minuciosa de sua topografia e de seus pecados, indicam que
residia na cidade. Como parente do rei Josias, tinha imediato acesso ao palácio
real. Conforme era de se esperar, suas profecias focalizavam a palavra do
Senhor endereçada a Judá e às nações. Os pecados dos quais Sofonias acusava
Jerusalém e Judá (1.4-13; 3.1-7) indicam que ele profetizou antes do
reavivamento e reformas promovidas por Josias. Período este marcado pela
iniquidade dos reis que antecederam a Josias (Manassés e Amom). Foi somente no
décimo segundo ano do reinado de Josias (i.e., 627 a.C.) que o rei empreendeu a
purificação do povo com o banimento da idolatria e a restauração do verdadeiro
culto ao Senhor. Oito anos mais tarde, ordenaria o conserto e a purificação do
templo. Nesta ocasião, foi descoberta uma cópia da Lei do Senhor (cf. 2 Rs
22.1-10). A descrição que Sofonias faz das lamentáveis condições espirituais e
morais de Judá deve ter sido escrita por volta de 630 a.C. É provável que a
pregação de Sofonias tenha tido influência direta sobre o rei, inspirando-o em
suas reformas. O ano de 630 a.C. é também indicado devido a ausência de
referências, no livro de Sofonias, à Babilônia, sendo esta uma potência
reconhecida no cenário internacional. Babilônia só começou a galgar uma posição
de destaque com a ascendência de Nabopolassar em 625 a.C. Mesmo assim, Sofonias
profetizou a destruição da grande Assíria, evento este ocorrido em 612 a.C.,
com a queda de Nínive. Jeremias era um contemporâneo mais jovem de Sofonias.
2. Genealogia. A linhagem de Sofonias, cujo
nome significa “o Senhor esconde”, remonta à quarta geração, o que é bastante
singular na literatura profética. Isso pode significar que o Ezequias
mencionado na quarta geração seja o bem conhecido rei de Judá. Caso este tenha
sido o rei Ezequias, Sofonias foi um profeta de sangue real. o seu ministério
ocorreu no tempo do rei Josias em 640 a.C. - 609 a.C. tendo profetizado,
provavelmente antes da reforma desse rei em 621 a.C.
3. Estrutura e mensagem. Na sua
maior parte, o livro é uma advertência sóbria a respeito do dia do castigo
divino contra o pecado. Embora percebesse um castigo vindouro em escala
mundial, (1.2; 3.8), Sofonias focalizava especialmente o julgamento que viria
contra Judá (1.4-18; 3.1-7). Ele faz um apelo à nação para que se arrependa e
busque o Senhor em humildade antes que o decreto entre em vigor (2.1-3). O
arrependimento nacional ocorreu parcialmente durante o reavivamento de Josias
(627—609 a.C.). Sofonias também profetizou o juízo vindouro contra cinco nações
estrangeiras: Filístia, Amom, Moabe, Etiópia e Assíria (2.4-15). Depois de
dirigir sua atenção aos pecados de Jerusalém (3.1-7), o profeta prediz um tempo
em que Deus reuniria, redimiria e restauraria o seu povo. Os fiéis gritariam de
alegria como verdadeiros adoradores do Senhor Deus, que estaria no meio deles
como um guerreiro vitorioso (3.9-20).
II. O JUÍZO VINDOURO
1. Toda a face da terra será consumida (v.2). Sofonias
começa, anunciando o juízo divino que virá sobre o mundo todo. Pois a raça
humana, de maneira genérica, recusar-se-á a buscar o Senhor. DEUS mesmo
determinou um dia em que destruirá todos os ímpios, bem como o próprio mundo.
Será um tempo de aflição, angústia, perturbação e ruína (v. 15). O objetivo de
Sofonias foi advertir Judá e Jerusalém quanto ao juízo divino iminente e
ameaçador. O juízo divino é aqui chamado de “o grande dia do Senhor” (1.14). A
aplicação imediata da palavra profética era que a apóstata Judá receberia a
justa retribuição por sua iniquidade, o mesmo acontecendo com as nações pagãs
em derredor, alistadas nominalmente pelo profeta. O alcance imediato da profecia
aplica-se à igreja e ao mundo na conclusão da história. Sofonias escreveu,
também, para encorajar os fiéis com a mensagem de que Deus um dia haveria de
restaurar o seu povo. Judá, então, cantaria louvores ao Deus justo que habita
no meio do seu povo.
2. A linguagem de Sofonias.
Hipérbole ou auxese é a figura de linguagem que ocorre quando há exagero
intencional numa ideia expressa, de modo a acentuar de forma dramática aquilo
que se quer dizer, transmitindo uma imagem ampliada do real.
3.
Descrição detalhada.
Comentaristas concordam que o tempo de julgamento que Sofonias descreve era de
invasões Assírio-babilônicas, quando Deus varreu a terra com uma "vassoura
destruidora," limpando o mundo da iniquidade e do pecado. O profeta
Isaías, que escreveu antes de Sofonias, deu aviso idêntico da ira iminente de
Deus sobre o mundo. As nações e cidades que Isaías mencionou pelo nome incluem
Moabe (Is. 15, 16), Síria e Damasco (Is. 17), Etiópia (Is. 18), Egito (Is. 19,
20), Seir e Dumah (Is. 21), Arábia (Is. 21), Judá e Jerusalém (Is. 22), e Tiro
(Is. 23). Em uma linguagem similar a Sofonias, Isaías descreve o tempo do
julgamento como esvaziamento a terra: Eis que YHWH vai assolar a terra e
devastá-la, porá em confusão a sua superfície e dispersará os seus habitantes.
(Is 24.1).
III.
OBJETIVO DO LIVRO
1. Sincretismo dos sacerdotes. Os
quemarins: hebraico chemarim: ministrantes dos ídolos estão em vista os
“sacerdotes vestidos de negro” que serviam a diferentes deuses.
2. Sincretismo do povo. Sabeísmo
era a religião dos antigos sabeus, do Reino de Sabá, no atual Iêmen. Pouco se
sabe hoje sobre sua organização, e embora admitisse uma multiplicidade de
deuses menores, parecia estar centralizada em torno de uma divindade solar
suprema denominada Almaqah (ou Ilmuqah), conforme indicado pelo Alcorão. A
religião sabéia era preponderantemente, como outras de natureza semita, um
culto à natureza. Isto é corroborado pelo Alcorão, que na sura 27,24 afirma que
os sabeus veneravam o sol. São dados escassos detalhes do culto, exceto que
envolvia dádivas e sacrifícios, bem como uma "auto-apresentação", um
rito de significado duvidoso mas que, obviamente, podia ser realizado mais de
uma vez. Pureza ritual e abstinência também parecem ter sido parte do sabeísmo,
assim como a peregrinação religiosa a um ou vários santuários, preservada no
nome do mês árabe, Dhu'l-Hijja (o décimo segundo mês)[c]. A
idolatria confunde a adoração ao Deus vivo e verdadeiro com adoração aos
ídolos. Deus não aceita tal adoração e quando isso ocorre, mostra o seu
desagrado (v.4) anunciando, no caso, uma notável vingança sobre Judá, que se
sentia tão segura por ter escapado do cativeiro que subjugou as dez tribos e
também os habitantes de Jerusalém, onde estava localizado o centro do mal.
3. O modismo do povo e a violência dos príncipes. Todos os
habitantes de Jerusalém envolvidos na idolatria estavam sob o juízo divino,
principalmente aqueles que trabalhavam para o rei, e dele esperavam o
reconhecimento para aumentar o seu prestígio e melhorar os seus rendimentos.
Com essas finalidades, lançavam-se com toda fúria sobre suas vítimas, saltavam
de regozijo sobre o umbral das portas por eles forçadas (v.11): “Uivai, vós,
moradores de Mactés...” Mactés era uma parte da cidade também chamada de vale,
onde estavam localizados armazéns e lojas de negócios que atraíam a cobiça dos
conquistadores. Deus é justo ao aplicar o seu juízo e não usa de parcialidade
ao derramar a sua ira.
IV. “O DIA DO SENHOR”
1. Significado bíblico. A
mensagem da profetisa Hulda para Jerusalém e o rei Josias, de Judá, é
ratificada pelo profeta Sofonias, porém Deus que conhece os que lhe são fiéis e
antecipadamente viu o rei humilhar-se e rasgar os seus vestidos e chorar diante
das palavras vindas de sua parte pela profetisa, consolou o rei, prometendo que
o mesmo seria recolhido ao descanso eterno em paz sem contemplar sua ira sendo
derramada sobre os seus súditos (2 Cr 34:20-28). Assim, após a morte do bom rei
Josias, imediatamente desencadeou-se o juízo de Deus tal qual anunciado através
dos seus ungidos, a profetisa Hulda e o profeta Sofonias, chegando como se
fosse uma grande tempestade que não permite que ninguém consiga livrar-se dos
seus trágicos resultados. Dessa forma, o profeta descreve esse dia como dia de
indignação, dia de angústia, dia de alvoroço e desolação, dia de trevas e de
escuridão, dia de nuvens e de densas trevas, dia de trombeta dando o alarme,
cidades bem fortificadas invadidas e angústia sobre os homens, que irá fazê-los
andar em grande desespero, ao ponto de serem levados à loucura. Como cegos
andarão às apalpadelas em busca de ajuda, mas todo esforço é inútil, pois o
pecado e a apostasia provocaram a ira do Senhor. Esse mesmo quadro desolador
vai acontecer diante do juízo final, quando haverá “choro e ranger de dentes”
(Mt 8:12; 25:30).
2. O sacrifício e seus convidados. Esta
profecia aplica-se, em primeiro lugar, à destruição de Judá pelos babilônios em
605 a.C. E, em segundo lugar, ao juízo divino a ser aplicado em escala mundial
contra todas as nações no fim dos tempos (cf. Is 2.12; 13.6,9; Jr 46.10; Ez
13.5; 2.1; ver Jl 1.15; Am 5.18). O último dia da ira ainda está por vir (Rm
2.5), e acha-se associado à segunda vinda de CRISTO (Mt 24.29-33; ver 1 Ts
5.2).
CONCLUSÃO
Muitos não entendem por que Deus castigará algumas
pessoas eternamente se Ele é essencialmente bom. Deus como o justo juiz é a
assertiva em todas as Escrituras. No Antigo Testamento Ele pronunciou juízos
contra Israel e outras nações. Em o Novo Testamento o Altíssimo julgou Ananias
e Safira (At 5.1-11). E no fim dessa era o Eterno, através de seu Filho,
julgará todos os homens da terra, de acordo com as obras de cada um. Esses
fatos demonstram um Deus que ama o bem e odeia o mal. Isso mesmo! A justiça de
Deus é uma resposta retumbante contra o mal criado pelo Diabo e praticado pelos
homens. O Dia do Senhor vem!
EXERCICIOS
1. Qual o tema do livro de
Sofonias?
R. O
tema é o “Dia do Senhor”.
2. De que trata a declaração:
“Inteiramente consumirei tudo sobre a face da terra” (v.2)?
R. Da tragédia global
referida em 3.6-8.
3. O que é hipérbole?
R. É uma figura de
linguagem que consiste em dar à sua significação uma ênfase exagerada.
4. Qual o objetivo do castigo
divino?
R. É exterminar o
baalismo, o sincretismo, as práticas divinatórias e as injustiças sociais.
5. O que indica a forma metafórica
da palavra “sacrifício” no versículo sete?
R. O juízo.
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
TEXTOS
UTILIZADOS:
-. Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, As Sete Cartas do Apocalipse — A mensagem final de Cristo à Igreja; Comentarista: Claudionor de Andrade; CPAD;
- Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.
-. Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, As Sete Cartas do Apocalipse — A mensagem final de Cristo à Igreja; Comentarista: Claudionor de Andrade; CPAD;
- Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.
OBRAS
CONSULTADAS:
Bíblia de Estudo de
Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil,
1999. P. 1135
http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=ju%C3%ADzo;
-http://pt.wikipedia.org/wiki/Sabe%C3%ADsmo;
http://ensinopibunamar.blogspot.com.br/2008/03/ebd-maro-maio-de-2008.html;
http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=ju%C3%ADzo;
-http://pt.wikipedia.org/wiki/Sabe%C3%ADsmo;
http://ensinopibunamar.blogspot.com.br/2008/03/ebd-maro-maio-de-2008.html;
Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr.
Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
Os textos
das referências bíblicas foram extraídos do
site http://www.bibliaonline.com.br/, na versão Almeida Corrigida e
Revisada Fiel, salvo indicação específica.
Francisco de Assis Barbosa
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