30 de dezembro de 2012
TEXTO ÁUREO
“Portanto, deixará o varão o seu
pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn 2.24). – No casamento, as
prioridades de um homem mudam. As obrigações para com sua esposa tomam a
precedência. Esta é uma linguagem de compromisso da aliança. Não há momento em
que os seres humanos sejam mais semelhantes ao Deus mantenedor da aliança do
que quando estes entram em aliança uns com os outros. O casamento retrata o
relacionamento de Deus com o seu povo (Os 2.14-23; Ef 5.22-32) [a]
VERDADE
PRÁTICA
É da vontade expressa de
Deus que levemos a sério o nosso relacionamento com Ele, com a família e com a
sociedade.
Leitura bíblica em
classe
Malaquias 1.1; 2.10-16
OBJETIVOS
Após esta
aula, o aluno deverá estar apto a:
·
Explicar o contexto social, a estrutura e
a mensagem do livro de Malaquias;
·
Reconhecer quais são as implicações de um
péssimo relacionamento familiar; e
·
Conscientizar-se que é vontade de Deus vivermos um bom relacionamento na família e na
sociedade.
Palavra Chave
Família: (latim família, -ae, os escravos e servidores
que vivem sob o mesmo teto, as pessoas de uma casa)
s. f.
1. Conjunto de todos os parentes de uma pessoa, e,
principalmente, dos que moram com ela.
2. Conjunto formado pelos pais e pelos filhos.
3. Conjunto formado por duas pessoas ligadas pelo
casamento e pelos seus eventuais descendentes.
4. Conjunto de pessoas que têm um ancestral comum.
5. Conjunto de pessoas que vivem na mesma casa.
6. [Figurado] Raça, estirpe.
7. [Gramática] Conjunto de vocábulos que têm a mesma
raiz ou o mesmo radical.
8. [História natural] Grupo de animais, de vegetais,
de minerais que têm caracteres comuns.[b]
9. [Química] Grupo de elementos químicos com
propriedades semelhantes.
de família: familiar; íntimo; sem cerimônia.
família miúda: filhos pequenos.
INTRODUÇÃO
Finalmente irmãos, com a graça do
Senhor, chegamos à última lição do quarto trimestre de 2012. Pela misericórdia
do Senhor estivemos juntos durante estas 54 semanas, estudando A verdadeira
prosperidade — A vida cristã abundante; cujo Comentarista foi o Pr José
Gonçalves, depois As Sete Cartas do Apocalipse — A mensagem final de Cristo
à Igreja, cujo Comentarista foi o Pr Claudionor de Andrade; no terceiro
trimestre nós estudamos com o Pr Eliezer de Lira e Silva, o tema Vencendo as
aflições da vida — Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de
todas; e por fim, Os Doze Profetas Menores — Advertências e consolações
para a santificação da Igreja de Cristo, comentadas pelo ilustre Pr
Ezequias Soares. Especialmente neste último trimestre, tivemos a oportunidade
de sermos confrontados com as mensagens dos profetas menores. Temas relevantes
para o tempo que estamos vivendo. Hoje, veremos que a mensagem de Malaquias, um
livro profético que faz descrições que mostram a necessidade de reformas antes
da vinda do Messias. Por ser um livro curto e de acordo com a catalogação,
Malaquias é o último dos profetas menores, tendo sido escrito por volta do ano
430 a.C., sendo que o seu nome não é citado em mais nenhum livro da Bíblia. O
profeta Malaquias foi contemporâneo de Esdras e Neemias, no período após o
exílio do povo judeu na Babilônia em que os muros de Jerusalém tinham sido já
reconstruídos em 445 a.C., sendo necessário conduzir os israelitas da apatia
religiosa aos princípios da lei mosaica. Os temas tratados na obra seriam o
amor de Deus, o pecado dos sacerdotes, o pecado do povo e a vinda do Senhor.
Nas últimas linhas deste livro do Antigo Testamento bíblico, vemos uma
exortação de Deus às famílias: "converter o coração dos pais aos filhos
e dos filhos aos seus pais". No término do livro de Malaquias
convida-se ao arrependimento da família como alicerce da sociedade. Outro tema
tratado no livro de Malaquias refere-se às ofertas e aos dízimos, nos versos de
7 a 12 do capítulo 3, passagem esta que é muito utilizada com o objetivo de se
justificar com amparo bíblico a contribuição da décima parte das rendas dos
fiéis de uma organização religiosa. Embora o dízimo tenha sido reconhecido
desde a época de Moisés, nos dias de Malaquias os sacerdotes do templo
recolhiam as ofertas e não repassavam para os levitas, para que eles pudessem
utilizá-las para cuidar dos próprios levitas, dos órfãos, das viúvas e
viajantes. E isso fez com que o profeta Malaquias iniciasse uma advertência a
todos sobre o roubo do dízimo: "Com maldição sois amaldiçoados, porque
a mim me roubais, vós, a nação toda." (Ml 3.9). A tarefa dos
pregadores não é outra senão a de transmitir a justa vontade de Deus aos
homens. Através de Malaquias, Deus estava exigindo de Israel sinceridade e
santidade, por ser a nação que Ele separou entre todas para que as bênçãos
prometidas fossem derramadas sobre o seu povo. Tenham todos uma proveitosa e
abençoada aula!
I. O LIVRO DE MALAQUIAS
1. Contexto histórico. O livro
não menciona diretamente o reinado em que Malaquias exerceu seu ministério.
Também não informa o nome do seu pai, nem o seu local de nascimento. Isso é
observável também nos livros de Obadias e Habacuque. Não obstante, há
evidências internas que permitem identificar o contexto político, religioso e
social do livro em apreço. Ninguém sabe ao certo quem foi Malaquias. Seu nome
significa “meu mensageiro” ou “mensageiro do Senhor”. É interessante notar que
a palavra “mensageiro” ocorre três vezes no livro (ver 2.7 e 3.1). No entanto,
esta dificuldade em identificar quem era Malaquias nos lembra de uma das
primeiras regras do serviço de Cristo. Pregadores e comunicadores cristãos não
são destinados a atrair a atenção para si, mas para o seu Salvador e seu
evangelho. Não é o homem que importa, mas a sua mensagem (2Co 4.5).[7] Ao
permanecer anônimo, as pessoas não pensam sobre o profeta, mas sobre o que Deus
tem a dizer. Malaquias 1.1 identifica o autor do Livro de Malaquias como sendo
o profeta Malaquias, escrito entre 440 e 400 aC. Embora não tenhamos mais
informações no restante do Antigo Testamento a respeito do profeta, sua
personalidade fica bem patente neste livro. Era um judeu da época pós-exílica,
contemporâneo de Neemias, Esdras, Ageu e Zacarias. Talvez tenha sido um profeta
sacerdotal. Suas firmes convicções a favor da fidelidade ao concerto
(2.4,5,8,10), e contra a adoração hipócrita e mecânica (1.7-2.9), a idolatria
(2.10-12), o divórcio (2.13-16) e o roubo de dízimos e ofertas (3.8-10),
revelam um homem de rigorosa integridade e de intensa devoção a Deus. O
ambiente espiritual e a negligência contra as quais Malaquias clamava,
assemelhavam-se à situação que Neemias encontrara em Judá depois de ter voltado
da Pérsia (cerca 433 - 425 a.C.), para servir como governador em Jerusalém pela
segunda vez (Ne 13.4-30); A maioria dos eruditos afirmam ser razoável acreditar
que Malaquias haja proclamado sua mensagem entre 430—420 a.C.
a) O governador de Judá. (Heb.
pehah; “sátrapa”, o atual “paxá”) este título hebraico é dado geralmente aos
governadores das províncias. Foi dado a Neemias (Ne 5.14) e a Zorobabel (Ag
1.1). É, às vezes, traduzido por “capitão” (1Rs 20.24; Dn 3.2, 3), outras por
“maiorais das províncias” (Et 8.9; 9.3). O título persa Tirshata, significa
“Excelência” e é usado por Zorobabel (Ed 2.63; Ne 7.65,70) e Neemias (Ne 8.9;
10.2); ele não diz nada sobre a função de quem os usa. Pehah, possui de igual
modo, vários significados: refere-se ao sátrapa, ao governador da província, ao
comissário do governo.
b) A indiferença religiosa. As
principais denúncias de Malaquias são contra a lassidão e o afrouxamento moral
dos levitas (1.6); o divórcio e o casamento com mulheres estrangeiras
(2.10-16); e o descuido com os dízimos (3.7-12). Tudo isso aponta para o
período em que Neemias ausentou-se de Jerusalém (Ne 13.4-13,23-28). O primeiro
período de seu governo deu-se entre os anos 20 e 32 do rei Artaxerxes (Ne 5.14)
e equivale a 445-433 a.C. “Ofereceis sobre meu altar pão imundo”; e, pior que
isso, nem percebendo que estavam falhando, indagam: “Em que desprezamos nós o
teu nome? (1.6); Em que te havemos profanados? (1.7). Será que nós não temos
sido igualmente negligentes com o culto, com a Escola Bíblica Dominical, e com
a obra missionária? Malaquias pregou contra muitos dos mesmos pecados que
Neemias: Corrupção do sacerdócio (Ml 1.6-2.9; Ne 13.7-9); casamento com
mulheres pagãs (Ml 2.10-12; Ne 13.23-28); injustiças sociais (Ml 3.5; Ne
5.1-13); e a negligência quanto aos dízimos (Ml 3.8-10; Ne 13.10-14). Mas o
tema geral, que abre o livro, é a indiferença do povo diante do grande amor de
Deus por eles.
2. Vida pessoal de Malaquias. A
expressão “pelo ministério de Malaquias” (1.1) é tudo o que sabemos sobre sua
vida pessoal. A forma hebraica do seu nome é mal’achi, que
significa “meu mensageiro”.
3. Estrutura e mensagem. A
profecia começa com a palavra hebraica massa — “peso, sentença
pesada, oráculo, pronunciamento, profecia” (1.1; Hc 1.1; Zc 9.1; 12.1). O discurso
é um sermão contínuo com perguntas retóricas que formam uma só unidade
literária. São três os seus capítulos na Bíblia Hebraica, pois seis versículos
do capítulo quatro foram deslocados para o final do capítulo três. O assunto do
livro é a denúncia contra a formalidade religiosa: prática generalizada com os
fariseus e escribas na época do ministério terreno de Jesus (Mt 23.2-7). A
tradução grega, a Septuaginta, e a maioria dos comentaristas modernos sugerem
que o livro foi escrito por um autor anônimo. Sob a alegação de que o nome de
Malaquias significa “meu mensageiro” poderia ser, então, um título, e não um
nome próprio. Para apoiar seu ponto de vista, estes comentaristas apontam,
entre outras coisas: (1) A ausência de nome do pai de Malaquias, (2) A ausência
do lugar de nascimento de Malaquias, e (3) O fato de que Zacarias 9.1 e 12.1; e
Malaquias 1.1 (as três últimas “sentenças” nos profetas menores) compartilham o
mesmo título, destacando-as, presumivelmente, como adições anônimas à coleção
dos doze profetas menores. A mensagem de Malaquias repreendia os judeus
negligentes e indiferentes para com Deus e o serviço na Igreja, o templo. Mas
Deus também contempla os que verdadeiramente o amam e o adoram com sinceridade
(Ml 3.18; 4.1), para estes a mensagem de Malaquias era de conforto e promessas
(Ml 4.2,3). Malaquias conclama todo o povo que se acheguem a Deus, se
arrependam de seus pecados e O adorem com corações puros (Ml 2.5-7) e sinceros.
Os que assim adoram a Deus com certeza serão muito felizes, pois ELE sempre
quer o nosso bem, todas as suas ordenanças são para vivermos melhor, por isso
devemos guardar seus ensinamentos obedecendo-os.
II. O JUGO DESIGUAL
1. A paternidade de Deus (2.10). A ideia
de que Deus é o Pai de todos os seres humanos é biblicamente válida. Em êxodo
4.22,23, O Senhor reivindica Israel como seu filho primogênito, seu amado, um
título que, em última análise, se cumpriu na pessoa de Jesus Cristo (Mc 1.11).
Essa reivindicação por Deus é a razão dele libertar seu povo e fazer com ele
aliança selada no Sinai (“para que me sirva” v. 23). Essa reivindicação
resultou na ameaça de Deus contra o primogênito de Faraó. “O termo Pai é um
dos termos mais comumente usados em nossas orações, e corretamente, visto que
foi assim que Jesus nos ensinou a orar. Mas, assim como o termo é comum para
nós, ele era muito incomum para o povo nos dias de Cristo. Naquela época, a
maioria das pessoas que adorava os falsos deuses, pensava neles como seres
distantes, caprichosos e imorais, que deviam ser temidos. Até mesmo o povo
judeu, que deveria entender a paternidade de Deus, tinha se removido de Seu
cuidado Paternal através do pecado e apostasia deles. Consequentemente, Ele
parecia distante deles. Mesmo alguns que reivindicavam Deus como Pai deles,
foram censurados por Cristo, que lhes chamou de filhos do diabo, pois
rejeitaram o Filho (Jo 8.44). Contra este cenário, o ensino de Cristo foi
revolucionário. Ele proclamou Deus como um Pai cuidadoso e gracioso, que deseja
íntima comunhão com os Seus filhos. Esta comunhão pode vir somente através da
fé no Filho”[c].
2. A deslealdade. O termo “desleal” (Falta de
lealdade; Traição; perfídia) aparece cinco vezes nessa seção (2.10,11,14-16).
Trata-se do verbo hebraico bagad, (Strong 898: agiu dolosamente
(1), agiu traiçoeiramente (2), traído (1), trai (1), negócio (1), procedem
aleivosamente (10), tratam muito perfidamente (1), trata traiçoeiramente (1),
aleivosamente (8 ), tratam muito perfidamente (1), sem fé (2), traiçoeira (15),
um traiçoeiro ainda trata traiçoeiramente (1), negócio traiçoeiro (1),
traiçoeiramente (1), injustiça (1).) que significa “lidar enganosamente,
traiçoeiramente, infiel, ofender, transgressor, partem, Uma raiz primitiva;
cobrir (com uma peça de roupa); figurativamente, a agir secretamente;, por
implicação, a pilhagem - negócio dolosamente (à traição, infidelidade),
ofender, transgredir (ou), (partida), traiçoeiro (revendedor, - ly, homem),
infiel (-ly, homem), X muito.” [Strong’s Exhaustive Concordance][d].
Não profanar o concerto dos pais — estabelecido no Sinai (2.10) que proíbe a
união matrimonial com cônjuges estrangeiros (Dt 7.1-4) — é uma instrução
ratificada em o Novo Testamento (2 Co 6.14-16,18). O profeta retoma essa
questão em seguida.
3. O casamento misto (2.11). É a
união matrimonial de um homem ou uma mulher com alguém descrente. O profeta
chama isso de abominação e profanação. Um dos temas mais preocupantes e menos
entendidos da vida judaica é aquele dos casamentos mistos. Devido à falta de
informação subjetiva sobre o assunto, este se torna muito complexo sob um ponto
de vista emocional. Por um lado, os pais sentem que quando seu filho se casa
com alguém não-judeu, ele ou ela está rompendo a cadeia milenar de continuidade
judaica e não querem deixar que isso aconteça. Por outro lado, eles se sentem
pouco à vontade de se opor abertamente ao casamento misto por causa de suas
conotações racistas. Por que desqualificar alguém como potencial parceiro de
casamento apenas porque ele ou ela não nasceu de um útero judaico? Esta parece
ser uma atitude discriminatória. O motivo para essa proibição é claramente dita
no versículo a seguir: "Porque ele afastará teu filho de Mim e eles
servirão a deuses estranhos…" ("Deuses estranhos" também
pode ser interpretado como significando aqueles ideais e "ismos" que
não se adequam aos ditames da Torá, e perante os quais a pessoa inclina a
cabeça e dedica seu coração e sua alma.)[e]
a) Abominação. O termo hebraico para
“abominação” é to'ebah/to'ebah', algo nojento (moralmente), isto é, (como
substantivo) uma aversão, especialmente idolatria ou (concretamente) um ídolo;
abominável (coisa, personalizado), abominação.[Strong H8441] e diz respeito
a alguma coisa ou prática repulsiva, detestável e ofensiva. A Bíblia aplica-o à
idolatria, ao sacrifício de crianças, às práticas homossexuais, etc. (Dt 7.25;
12.31; Lv 18.22; 20.13). A Escritura afirma existir só o Deus verdadeiro em
oposição a todos os deuses criados pela superstição dos homens. A idolatria
produz um efeito mortal no homem, degrada os ideais divinos, impressiona com as
suas formas e disfarça insidiosamente (falsamente, hipocrisia, diz-se do mal
que se inicia e progride sem que se perceba prontamente e cujos sinais só se
evidenciam quando a moléstia está bastante adiantada) sua oposição ao reino de
Deus.
b) Profanação. Profano é aquele que trata o
sagrado como se fosse comum (Lv 10.10; Hb 12.16). Malaquias repreende os
israelitas por causa de sua dupla transgressão da Lei de DEUS: divorciavam-se
de suas esposas, e casavam-se com mulheres pagãs. Os homens casavam-se com
mulheres pagãs, prática esta proibida pela Lei de Moisés (ver Êx 34.15,16; Dt
7.3,4; 1 Rs 11.1-6). O Novo Testamento declara que o crente não pode casar-se
com incrédulo, por ser isto jugo desigual (1Co 7.39). O cristão que se casa com
alguém que não se dedica ao Senhor, corre o risco de se apartar de Cristo, o
mesmo acontecendo com os filhos do casal. Muitos homens eram infiéis às suas
esposas, com as quais se haviam casado quando jovens. Agora procuravam
divorciar-se delas, para se casarem com outras. O Senhor detesta tal ação, pois
é movida pelo egoísmo. Ele declara que, do marido e da mulher, fez um só (v.
15). Em consequência destes pecados e transgressões, Deus lhes virara as
costas, recusando-se a atender-lhes as orações (vv. 13,14). Deus odeia o
divórcio motivado por propósitos egoístas. Quem pratica tal tipo de divórcio,
assemelha-se "aquele que encobre a violência com a sua veste". O
divórcio, aos olhos de Deus, iguala-se à injustiça mais brutal, à crueldade e
ao assassinato (ver Mt 19.9).
III. DEUS ODEIA O DIVÓRCIO
1. O relacionamento conjugal (2.11-13). O
casamento é uma relação exclusiva na qual um homem e uma mulher se entregam
mutuamente um ao outro numa aliança vitalícia e, com base nesse voto solene,
eles se tornam “uma só carne”(Gn 2.24; Ml 2.14; Mt 19.4-6). A Confissão de
Westminster (XXIV.2) afirma: “O matrimônio foi ordenado para o mútuo auxílio de
marido e mulher, para a propagação da raça humana por sucessão legítima, e da
igreja por uma semente santa, e para impedir a impureza”(licença sexual e
imoralidade; Gn 1.28; 2.18; 1Co 7.2-9). O ideal de Deus para o casamento é que
o homem e a mulher se completem um ao outro (Gn 2.23) e participem da obra
criativa de fazer um novo povo [f]. “Judá se casou com
adoradora de deus estranho” é uma frase que se refere ao casamento com mulheres
ainda comprometidas com um deus estranho, isto é, uma idólatra fora da aliança.
Ë digno de nota salientar que, esta proibição também vale para os crentes hoje,
a proibição do casamento com descrentes continua no Novo Testamento (1Co 7.39;
2Co 6.14). Quero deixar evidente que não se trata aqui de discriminação
qualquer, que nasce de uma atitude pessoal e subjetiva que o judeu tem face a
face com o não-judeu ou do crente para com o descrente. Estamos falando sobre
uma ordem Divina objetiva, que é acompanhada por uma explicação. Se o seu filho
desposar uma mulher não-judia, os filhos nascidos dessa união não serão mais
considerados seus filhos. No caso de sua filha casar-se com um não-judeu,
inevitavelmente seus netos se desviarão do caminho de Judaísmo, embora ainda
sejam considerados judeus.
2. O compromisso do casamento. Muitos
respondem que o casamento nada mais é que uma formalidade, uma norma social que
dá "status legal" ao casal. Porém dizer que o casamento é
simplesmente uma norma social implica que não há valor verdadeiro, intrínseco;
que é arbitrário. O que acontece no caso de alguém que não se preocupa com a
autoridade humana ou com o estigma social é que então, está tudo bem, se um
casal vive junto e tem filhos sem ser casado. Paulo usa o relacionamento entre
Cristo com a sua igreja para explicar o que é o casamento cristão, de modo que
ressalta a especial responsabilidade do marido, como o cabeça e protetor da
esposa, e conclama a esposa para aceitar seu marido nessa condição (Ef
5.21-33). Deus odeia o divórcio (Ml 2.16); contudo, determina disposições para
o divórcio, que protegem a mulher divorciada (Dt 24.1-4). Essas disposições
foram promulgadas “por causa da dureza do vosso coração” (Mt 19.8). A
compreensão mais natuaral do ensino de Jesus (Mt 5.31,32; 19.8,9) é que o
adultério – o pecado da infidelidade conjugal – destrói a aliança do casamento
e justifica o divórcio (ainda que a reconciliação fosse preferível) e que
aquele que se divorcia de sua esposa por qualquer razão menor, torna-se culpado
de adultério, quando se casa de novo, e leva a esposa a cometer adultério, se
ela também se casar de novo[g].
3. A vontade de Deus. A
expressão “uma só carne”usada em Gn 2.24 indica a profunda solidariedade no
relacionamento de casados. O compromisso singular e total envolvido implica que
Deus pretendia que o casamento fosse monogâmico. Olhando para Malaquias
2.14-16, vemos verdades que não podem ser ignoradas pelos casais crentes; entre
elas, destaco a parte final do verso 15: "Portanto guardai-vos em vosso
espírito, e ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade."
Deus ordena que “ninguém seja desleal para com a mulher da sua mocidade”
(2.15).
CONCLUSÃO
Malaquias repreende os israelitas por causa de sua
dupla transgressão da Lei de DEUS: divorciavam-se de suas esposas, e casavam-se
com mulheres pagãs. O crente que se casa com alguém que não se dedica ao
Senhor, corre o risco de se apartar de Cristo, o mesmo acontecendo com os
filhos que forem gerados nesse casamento misto. A fidelidade à Palavra haverá
de sustentar e capacitar àqueles que querem ser vistos pelo Senhor como dignos
de viver pelo Seu nome, vistos como felizes por fazer a vontade do Pai.
EXERCÍCIOS
1. Por que entendemos que
Malaquias é o nome do profeta?
R. Porque nenhum
livro dos doze profetas menores é anônimo.
2. Qual o assunto do livro de
Malaquias?
R. O assunto
do livro é a denúncia contra a formalidade religiosa: prática generalizada com
os fariseus e escribas na época do ministério terreno de Jesus (Mt 23.2-7).
3. Quais pecados são colocados
no mesmo patamar do casamento misto e do divórcio?
R. A
idolatria, ao sacrifício de crianças, às práticas homossexuais, etc.
4. Por que todos nós devemos
levar a sério o casamento?
R. Porque o
casamento é de origem divina e indissolúvel.
5. Por que Deus aborrece o
divórcio?
R. Porque é
uma desgraça para a família
NOTAS
BIBLIOGRÁFICAS
TEXTOS UTILIZADOS:
-. Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, As Sete Cartas do Apocalipse — A mensagem final de Cristo à Igreja; Comentarista: Claudionor de Andrade; CPAD;
- Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.
-. Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, As Sete Cartas do Apocalipse — A mensagem final de Cristo à Igreja; Comentarista: Claudionor de Andrade; CPAD;
- Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.
-. Bíblia
de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
-. HARRISON, R. K. Tempos do Antigo Testamento: Um Contexto Social, Político e Cultural. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
-. SOARES, E. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de Deus na Terra. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
-. ZUCK, R. B. (Ed.) Teologia do Antigo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD. 2009.
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
-. HARRISON, R. K. Tempos do Antigo Testamento: Um Contexto Social, Político e Cultural. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
-. SOARES, E. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de Deus na Terra. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
-. ZUCK, R. B. (Ed.) Teologia do Antigo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD. 2009.
OBRAS
CONSULTADAS:
[a] -. Bíblia de Estudo Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. P. 12
[b] -. http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=fam%C3%ADlia;
[c] -. http://www.monergismo.com/textos/meditacoes/reconhecendo_paternidade_macarthur.htm;
[d] -. http://biblesuite.com/hebrew/898.htm;
[e] -. http://www.chabad.org.br/biblioteca/artigos/mistos/home.html;
[f] -. Bíblia de Estudo Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. P. 1090;
[g] -. Ibdem;
[a] -. Bíblia de Estudo Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. P. 12
[b] -. http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=fam%C3%ADlia;
[c] -. http://www.monergismo.com/textos/meditacoes/reconhecendo_paternidade_macarthur.htm;
[d] -. http://biblesuite.com/hebrew/898.htm;
[e] -. http://www.chabad.org.br/biblioteca/artigos/mistos/home.html;
[f] -. Bíblia de Estudo Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. P. 1090;
[g] -. Ibdem;
Francisco de Assis Barbosa
Nenhum comentário:
Postar um comentário