3 de fevereiro de 2013
INTRODUÇÃO
A sociedade contemporânea matou Deus, preferiu fugir da Sua realidade.
Mas, a Bíblia, a Palavra de Deus, nos mostra que Ele está vivo. Na lição de
hoje estudaremos a respeito da viúva de Sarepta e da providência divina através
do profeta Elias. Inicialmente trataremos a respeito do contexto no qual aquela
viúva viveu, em seguida, a atuação de Elias diante da adversidade da viúva, e
por fim, a providência de Deus como resposta à oração.
1. A VIÚVA DE SAREPTA
1. A VIÚVA DE SAREPTA
Sarepta era uma pequena
cidade costeira, fora das fronteiras de Israel, pertencia ao domínio dos
sidônios. Aquela região também passou por dificuldades em razão dos três anos e
meio de seca, a respeito da qual profetizou Elias. Durante a seca, o próprio
profeta se refugiou próximo ao ribeiro de Querite, até que este secou. Por providência
divina Elias era alimentado pelo Senhor, os corvos lhe traziam comida. Quando a
privação chegou, o profeta recebeu uma orientação do Senhor, para que se
dirigisse à Sarepta, pois ali seria alimentado por uma viúva (I Rs. 17.9). Ao
chegar naquela pequena cidade, o homem de Deus se deparou com a viúva catando
gravetos, isso mesmo, não era lenha, pois pretendia fazer um pequeno fogo. Isso
mostra que a comida era escassa, e a dificuldade abundante. Depois de horas de
viagem e de cansaço, o profeta do Senhor pede àquela mulher que lhe dê comida.
A mulher, obedecendo ao instinto materno, responde que tem apenas um pouco de
farinha e azeite, que comerá aquela porção com o seu filho, e depois morrerá (I
Rs. 17.12). O profeta, por revelação divina, revela-lhe que se ela o alimentar,
tendo em vista que estava faminto, o Senhor os preservaria. Essa declaração do
profeta estava fundamentada em Deus, não em interesses meramente humanos. Há
muitos falsos profetas nos dias atuais, pseudoevangélicos, que se apropriam
indevidamente das posses das pessoas, com promessas que Deus não fez. Mas
diante da Palavra de Deus, a mulher creu, e colocou a sua fé em ação,
obedecendo à mensagem profética.
2. O PROFETA E A VIÚVA DE
SAREPTA
De fato, a panela de farinha nunca esvaziou, e a botija de azeite
jamais secou, o Senhor supriu as necessidades daquela família. Esse é um
ensinamento relevante para os dias atuais, nos quais as pessoas querem sempre
mais do que precisam. Ao invés de confiarem na providência de Deus, angustiam-se
demasiadamente, vivem ansiosas, perdem a fé e a confiança em Deus (Mt.
6.26-30). A teologia da ganância está fazendo estragos na fé evangélica
brasileira. O contentamento, ensinamento bíblico que nada tem a ver com
comodismo, não é admoestado nos púlpitos (I Tm. 6.6; Hb. 13.5). A providência
divina não nos isenta do sofrimento, pois depois disto adoeceu o filho da
mulher, da dona da casa, e a sua doença se agravou tanto, que ele morreu (I Rs.
17.17). A viúva de Serepta, mesmo tendo crido na mensagem do profeta, teve um
momento de fraqueza, e quis culpá-lo pela morte do seu filho. Essa teologia da
causa e efeito é bastante comum ainda hoje, e antiga, desde os tempos dos
amigos de Jó. As pessoas querem sempre encontrar um culpado pelos sofrimentos.
Os próprios discípulos de Jesus queriam saber o porquê de o homem ter nascido
cego (Jo. 9.1). Ao invés de tentar justificar a teologia equivocada da mulher,
Elias resolveu agir, e confiante no Deus da providência, pediu o filho, tomou-o
dos seus braços, o levou para cima, e o deitou sobre a cama (I Rs. 17.19). O
silêncio de Elias teve uma razão de ser naquele contexto, pois há momentos em
que simplesmente as palavras não resolvem. O profeta também não questiona Deus
pelo ocorrido, ele se entrega à soberania dAquele que tem todas as coisas sob o
Seu comando.
3. A PROVIDÊNCIA DE DEUS ATRAVÉS
DA ORAÇÃO
A confiança do profeta repousava sob a providência de Deus, com
ternura Elias coloca o menino em sua cama, e recorre a último recurso do
crente: a oração (I Rs. 17.20). O silêncio de Elias, diante da mãe daquele
menino, se transformou em palavras diante do Senhor. Deus não receia nossa
sinceridade, sua maior preocupação é com o nosso desdém em relação a Ele.
Quantos hoje já não oram mais? Essa, certamente, é a geração que se esqueceu de
orar. As pessoas, confiantes em seus aparatos tecnológicos, vivem como se Deus
pudesse ser desconsiderado. A oração é uma necessidade para todo cristão. O
apóstolo Paulo é incisivo ao orientar os crentes para que orem sem cessar (I Ts.
17). Jesus já havia orientado os Seus discípulos quanto à importância da oração
(Mt. 26.41). Oramos não determinando o que Deus deve ou não fazer, pois é a
vontade dEle que prevalece (I Jo. 5.14,15). O modelo de oração a ser seguido
pelos cristãos não é o de Jabez, mas o de Cristo, pois Ele nos ensinou
corretamente a orar (Mt. 6.5-13). Conforme nos instruiu o próprio Mestre, as
orações não devam ser meras repetições, mas uma entrega total, e confiante na
providência divina. Muitas vezes não sabemos orar como convém, mas o Espírito
Santo nos auxilia na oração, com gemidos inexprimíveis (Rm. 8.26,27). A fé é um
elemento imprescindível na oração, pois aquele que se aproxima do Senhor deve
saber que Ele é galardoador dos que O buscam (Hb. 11.1,6). A perfeição não é
condição para a oração, pois Elias, como bem lembra Tiago, era um homem
simples, mas orou, e o Senhor o ouviu (Tg. 5.17,18).
CONCLUSÃO
Em resposta à oração do profeta Deus fez com que o menino revivesse (I
Rs. 17.22-24). Elias era um homem
sujeito as mesmas paixões que nós, e não desprezou a oração. Esse é um estímulo
para buscamos o Senhor em oração, sempre com a motivação maior, de nos
relacionarmos com Ele. Jesus, o homem perfeito, também orou, e se Ele assim o
fez, não podemos agir diferentemente (Mc. 1.35; Mt. 14.23; Lc. 6.12).
BIBLIOGRAFIA
GETZ. G. Elias: um modelo
de coragem e fé. São Paulo: Mundo Cristão, 2003.
SWINDOLL, C. R. Elias: um homem de heroísmo e
humildade. São Paulo: Mundo Cristão, 2001.Prof. José Roberto A. Barbosa
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