sexta-feira, 27 de julho de 2012

LIÇÃO 5 – AS AFLIÇÕES DA VIUVEZ


  
29 de Julho de 2012
Texto Áureo
Honra as viúvas que verdadeiramente são viúvas(1 Tm 5.3).
Verdade Prática
Apesar da dor e das dificuldades próprias da viuvez, esperar e orar são atitudes que honram ao Senhor.
Leitura Bíblica em Classe
Lucas 2.35-38; Tiago 1.27.
Lucas 2
35 - (e uma espada trás passará também a tua própria alma), para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.
36 - E estava ali a profetisa Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Esta era já avançada em idade, e tinha vivido com o marido sete anos, desde a sua virgindade,
37 - e era viúva, de quase oitenta e quatro anos, e não se afastava do templo, servindo a Deus em jejuns e orações, de noite e de dia.
38 - E, sobrevindo na mesma hora, ela dava graças a Deus e falava dele a todos os que esperavam a redenção em Jerusalém.
Tiago 1
27 - A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo.


Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
  • Conceituar o estado da viuvez.
  • Descrever exemplos bíblicos de viuvez.
  • Destacar o aspecto social da viuvez.

Palavra Chave
Viuvez: Estado de viúvo ou viúva; sentimento de desamparo, privação e solidão.
.
Introdução
Na sequência do estudo sobre os dramas sociais”, estudaremos hoje as aflições decorrentes da viuvez, que é uma figura bíblica da exclusão social, do desamparo gerado pela vida em sociedade. Que é Um dos temas sociais mais abordados na Bíblia é o cuidado que se deve ter com os órfãos e a viúvas. Nos tempos bíblicos, quando uma mulher se tornava viúva, sua condição socioeconômica caía dramaticamente em razão das limitadas alternativas que a mulher tinha no contexto social de sua época. A questão da viuvez no sentido de carências, rejeição, e abandono, passou por várias fases através dos séculos. O Antigo Testamento mostra algumas situações envolvendo viúvas, assim como o Novo Testamento no inicio da Igreja. A principal causa que mais afligia as viúvas nesses tempos era a questão financeira, que as levava a uma linha de pobreza extremamente aflitiva. Em nossos tempos presentes a causa das viúvas no sentido financeiro tem melhorado muito. As leis tem protegido muito o direito das mulheres com direito a pensão no caso do falecimento do marido e também com a inclusão no mercado de trabalho muita mulheres tem o seu emprego e os seus direitos. Não é o caso dos tempos bíblicos, onde a mulher principalmente a que ficava viúva não era amparada por qualquer lei ou qualquer direito de receber uma pensão. Em nossos tempos esse problema não é tão dramática como em outros anteriores, mas isso não quer dizer não existir mais problemas; é certo que em menor escala ainda existem. Não podemos esquecer que a causa das viúvas não é só material ou financeiro e sim afetivo, emocional ou espiritual.
I O CONCEITO DE VIUVEZ
      1.      Definição.
Viúvo é palavra de origem latina, que vem de “viduvus”, cujo significado é “o que perdeu a mulher”. Diz o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa que se trata de quem “cujo marido ou esposa morreu, e ainda não casou de novo”, sendo que tem o seguinte significado figurado: “que está ou se sente em desamparo, desconsolo, privação, solidão”. Juridicamente, é o “cônjuge sobrevivente de uma sociedade conjugal que se dissolveu com a morte do outro componente”.
No Antigo Testamento, a palavra “viúva” (não há na Bíblia a palavra “viúvo”é tradução do hebraico” ‘almanah “ (אלמנה), cujo significado é o mesmo que em português, ou seja, não só de quem perdeu seu cônjuge, mas também de algo que se encontra desamparado, desolado. Assim, por exemplo, ao descrever a situação de Jerusalém após a destruição promovida por Nabucodonosor, o profeta Jeremias disse que Sião estava viúva (Lm.1:1), o que também repete quando fala da situação de desamparo do povo (Lm.5:3). De igual modo, ao falar da arrogância autoconfiante de Babilônia, o profeta Isaías afirma que aquela cidade dizia que jamais seria uma viúva, ou seja, jamais cairia em situação de desamparo e desolação (Is.47:8).
Em o Novo Testamento, a palavra “viúva” é tradução do grego “chera (χήρα), cuja raiz tem origem em uma palavra que indica deficiência e que, além de significar o que perdeu o cônjuge, também tem o significado de uma cidade despida de seus habitantes e de suas riquezas, ou seja, traz, também, a ideia de desamparo.
Nota-se, de pronto, pois, que a ideia de viuvez não se circunscreve apenas a um estado civil, decorrente da dissolução do casamento pela morte do cônjuge, mas tem em si mesma, a ideia de desamparo, de falta de companhia, de solidão, de extrema perda que faz com que a pessoa fique desolada, desamparada, sem ajuda, o que era extremamente compreensível nos tempos bíblicos em que a mulher que, tendo se casado, perdia seu marido, passava a viver uma situação extremamente precária, já que a mulher dependia do marido para sobreviver numa sociedade em que não se dava à mulher qualquer oportunidade de buscar, por si mesma, o seu sustento.
 O estado civil da viuvez, sem dúvida alguma, traz para o seu portador não só carências econômico-financeiras, pois, ainda que hoje em dia a mulher esteja inserida no mercado de trabalho, não resta dúvida de que a perda do cônjuge produz abalo significativo na renda familiar (até porque são as necessidades econômico-financeiras que levam ambos os cônjuges a trabalhar na atualidade), mas, também, um estado psicológico adverso, pois se trata da perda de alguém que se amava e com quem se decidiu formar uma vida em comum.
2.      Exemplos nas escrituras
A viuvez nas Escrituras era um problema de gravidade monumental. Geralmente as viúvas nesse período eram negligenciadas, ignoradas e esquecida. Ser viúva era estar fadada ao esquecimento e ignomínia a não ser que tivesse um filho ou um parente que a remisse. Por essa razão é que tanto o AT quanto o NT dão forte ênfase a se demonstrar bondade para com as viúvas e ajudá-las em suas aflições. Tiago diz que “a religião pura e imaculada consiste em visitar os órfãos e as viúvas em suas tribulações” (Tg 1.27). Na Bíblia Sagrada, dois exemplos de superação da viuvez são dignos de menção:
Existem diversos casos de viuvez na Bíblia, os mais conhecidos são os de Rute (Rt. 4.10), a viúva de Serepta (Lc. 4.25,26; I Rs. 17) e Ana (Lc. 2.36,37) No Antigo Testamento, a viuvez – almanah em hebraico – tem lugar de destaque. A Lei permitia que a mulher viúva retornasse à casa dos pais (Gn. 38.11) ou se casasse novamente através do levirato (Rt. 4.10). Como as mulheres dependiam da providência do marido, a condição de viuvez causava preocupação, pois resultava em pobreza e vulnerabilidade. Por isso, o Deus de Israel é revelado como o defensor (Sl. 68.5) e mantenedor (Sl. 146.9) das viúvas. Ele mesmo orienta Seu povo, através da lei, que deixe a respiga da colheita para alimentá-las (Dt. 24.20,21). Todos aqueles que se apropriam indevidamente dos bens de uma viúva é amaldiçoado (Dt. 27.19). Por esse motivo, os profetas denunciam os casos de opressão às viúvas (Is. 1.23; 20.2; Ml. 3.5). No Novo Testamento, a viúva – chêra em grego – é uma classe de pessoas desprotegidas, portanto carente de cuidados. As viúvas tiveram a consideração de Jesus, ele as colocou como exemplo de generosidade (Mc. 12.41-44; Lc. 21.1-4). Os doutores da lei foram criticados com veemência por Ele em virtude do tratamento que davam às viúvas (Mt. 12.40; Lc. 20.47). Um dos primeiros desafios enfrentados pela igreja cristã dizia respeito aos cuidados com as viúvas, para esse fim foram instituídos os diáconos (At. 6.1-6). Posteriormente, Paulo dá orientações específicas em relação ao cuidado das viúvas (I Tm. 5.3-16), esse mesmo apóstolo também endossa o novo casamento em tais casos, contanto que seja no Senhor (I Co. 7.8; I Tm. 5.14). Para Tiago, a religião imaculada consiste justamente no cuidado com viúvas e órfão (Tg. 1.27).
II O ASPECTO SOCIAL DA VIUVEZ
       1.      O desamparo na viuvez.
O estado de “viuvez” não se circunscreve apenas a um estado civil, decorrente da dissolução do casamento pela morte do cônjuge, mas tem em si mesma, a ideia de desamparo, de falta de companhia, de solidão, de extrema perda que faz com que a pessoa fique desolada, desamparada, sem ajuda, o que era extremamente compreensível nos tempos bíblicos em que a mulher que, tendo se casado, perdia seu marido, passava a viver uma situação extremamente precária, já que a mulher dependia do marido para sobreviver numa sociedade em que não se dava à mulher qualquer oportunidade de buscar, por si mesma, o seu sustento. A viuvez, sem dúvida alguma, traz para o seu portador não só carências econômico-financeiras, pois, ainda que hoje em dia a mulher esteja inserida no mercado de trabalho, não resta dúvida de que a perda do cônjuge produz abalo significativo na renda familiar (até porque são as necessidades econômico-financeiras que levam ambos os cônjuges a trabalhar na atualidade), mas, também, um estado psicológico adverso, pois se trata da perda de alguém que se amava e com quem se decidiu formar uma vida em comum. Assim, ao lado de todo o abalo produzido pela morte, já objeto de estudo na lição 3 deste trimestre, temos ainda esta carga socioeconômica.
      2.      O amparo da igreja
Contra esta forma de tratamento aviltante proporcionada pelo homem sem Deus, o Senhor traz um modo radicalmente diferente para a questão. Já no limiar da lei de Moisés, no denominado “código mosaico” que acompanha a solene proclamação dos dez mandamentos, o Senhor mostra como se deveria tratar a viúva: “A nenhuma viúva nem órfão afligireis” (Ex.22:22).
O Senhor reconhece a situação de aflição vivida pelo viúvo, o drama não só para a sua sobrevivência sobre a face da Terra, materialmente falando, mas, também, o estado psicológico e afetivo adverso, e, como Ele conhece e sonda os corações de todos os homens (I Sm.16:7; Jo.2:25), não permitiu que o Seu povo pudesse trazer à viúva outra aflição além daquelas decorrentes da morte do cônjuge.
Não podemos acrescentar àquele que já sofre a perda do cônjuge e a desestruturação de seu lar por um fato por si só doloroso e de difícil administração como é a morte, outras aflições como o desprezo, a desconsideração, a exclusão. A partir desta ordem divina a Israel, aplicável em nossos dias porque traduz uma expressão moral do Senhor, que não muda (Ml.3:6), veremos, claramente, no texto sagrado, que o Senhor sempre está pronto a auxiliar e ajudar as viúvas e os órfãos, a ponto de ser chamado, nas Escrituras, de “pai de órfãos e juiz das viúvas” (Sl.68:5).
Vemos que Muitos são os textos bíblicos que chamam a atenção da igreja local para atuar socialmente junto às viúvas (Dt 24.19; 26.12,13; Sl 67.6; Is 1.17; 1 Tm 5.16). Mas dois textos chamam-nos a atenção no cuidado às viúvas. No primeiro, o profeta diz: “Não oprimais a viúva, nem o órfão, nem o estrangeiro, nem o pobre, nem intente o mal cada um contra o seu irmão, no seu coração” (Zc 7.10). E no segundo, o apóstolo Paulo fala ao líder: “Honra as viúvas que verdadeiramente são viúvas” (1 Tm 5.3). Aprendemos, portanto, pela Palavra de Deus, que as viúvas que se enquadram no que preceitua as Escrituras (1 Tm 5.5) devem ser honradas na Casa do Senhor. Tal amparo não pode ser apenas de palavras, mas de ação social, psicológica e espiritual.
Os diáconos foram instituídos também com o fim de ajudarem as viúvas gregas. At. 6.1-6
Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano. E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas. Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio. 
Para superar a aflição psicológico-afetiva adversa que acompanha o estado de viuvez, faz-se mister que cooperemos para que esta sensação de solidão e de desamparo seja mitigado entre os viúvos, fazendo que com se relacionem conosco nos momentos de alegria e de confraternização, não os deixando sós, mas os incentivando e os estimulando a travar relacionamentos fraternos com os seus irmãos, com os que com eles convivem. O tratamento com dignidade não envolve apenas o exercício da filantropia, com a entrega de recursos mínimos para a sobrevivência material da viúva, ou atitudes que envolvam a viúva nos relacionamentos sociais, minorando a sua solidão, mas também requer o tratamento diante de seus direitos, o reconhecimento de sua cidadania. As viúvas devem ser honradas na Casa do Senhor. Tal amparo não pode ser apenas de palavras, mas de ação social, psicológica e espiritual.

CONCLUSÃO
Diversos são os fatores que podem levar uma família a passar necessidades: desemprego doenças, a ausência de um provedor ou mesmo a preguiça ou descaso por parte dos responsáveis para com os seus dependentes. Lembremo-nos de que estas coisas podem acontecer tanto para os que temem ao Senhor quanto para os que não o temem.
Diante do luto e da condição de viuvez, a igreja tem papel importante. Cabe a ela saber imediatamente da perda. É triste saber que existem casos em que um irmão perde o cônjuge e a igreja sequer toma conhecimento. O ideal é o acompanhamento espiritual, e quando for o caso, financeiro. Ninguém deve julgar as respostas emocionais ou verbais da pessoa viúva. Esse é um momento difícil, que pode resultar em extremos emocionais, as lágrimas surgem com facilidade. Ao invés de falar todo tempo, use mais os ouvidos, deixe a pessoa viúva falar a respeito da sua perda, ore com ela, e a encoraje (I Ts. 5.11).
QUESTIONÁRIO
1. Segundo a lição, defina viuvez.
R. A viuvez é o estado social e psicológico de um cônjuge quando da morte do outro. Assim, viúva é a mulher cujo esposo faleceu e, no entanto, não voltou a contrair novas núpcias. Tal princípio é o mesmo em relação ao homem.
2. Que problemas sérios podem se desenvolver na vida do viúvo?
R.  É superar a solidão que, advinda do luto, pode comprometer a vida da viúva ou do viúvo.
3. Cite exemplos bíblicos de superação da viuvez.
R. A profetisa Ana e a viúva de Sarepta.
4. De acordo com a lição, qual é o melhor procedimento para superar a dor da viuvez?
R. A viúva ou o viúvo no Senhor deve servi-lo ainda que a sua condição não seja das melhores.
5. Como deve proceder o viúvo cristão?
R. Os viúvos jamais devem se entregar à solidão e ao isolamento, mas viverem a vida que é o dom de Deus.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A Bíblia Sagrada Versão Digital 6.0 Freeware
BAYLE, J. Enfrentando a morte. São Paulo: Mundo Cristão, 1995.
CRABB, L. Sonhos despedaçados. São Paulo: Mundo Cristão, 2004.
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD;
Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD;
Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
http://auxilioebd.blogspot.com.br/2012/07/licao-4-as-aflicoes-da-viuvez.html
http://ebdadtaqnorte.blogspot.com.br/2012/07/licao-5-as-aflicoes-da-viuvez.html
Lições Bíblicas do 3º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, Vencendo as aflições da vida — Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas; Comentarista: Eliezer de Lira e Silva; CPAD.
Revista Ensinador Cristão CPAD, Nº 51




quarta-feira, 25 de julho de 2012

POSSE DO NOVO CONSELHO TUTELAR DE TRIUNFO POTIGUAR


Um novo grupo de conselheiras tutelares tomou posse na terça-feira (24), para um mandato de 3 anos, no Conselho Tutelar de Triunfo Potiguar.
A cerimônia de posse contou, entre outros, com a presenças do presidente da Câmara Manoel Estevam da Fonseca e do vereador Valderedo Medeiros da Silva, e do prefeito municipal José Gildenor Estevam, e representantes da Assistência social
O papel dos conselheiros é fundamental para a garantia do cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente e para que a criança e o adolescente tenham as condições de cidadania necessárias para o seu pleno crescimento, Afirmou o prefeito José Gildenor, que dividiu a mesa com o presidente da câmera Manoel Estevam, e da secretária de Desenvolvimento Social.
              O prefeito acrescentou que os conselheiros passaram por um processo eleitoral, o que reforça a responsabilidade do grupo. Vocês foram escolhidos pela população, foram eleitos com o voto. E vocês é elo com o Judiciário.






segunda-feira, 23 de julho de 2012

ANIVESÁRIO 23/07


                                                            Matheus Estevam
        Hoje você inicia uma nova jornada, e nesse momento de alegria por você estar completando mais um ano de vida, quero te dizer que tenho muito orgulho em compartilhar da sua amizade.

       Parabéns meu amigo, feliz aniversário.

        Hoje e sempre, você merece muitos abraços e homenagens.
Que Deus, nosso Pai, ilumine ainda mais seu caminho, para que possa conquistar todos os seus sonhos. Quero também te agradecer, por tudo o que tem feito para que a nossa amizade fique cada vez melhor.

Parabéns.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

LIÇÃO 4 - SUPERANDO OS TRAUMAS DA VIOLÊNCIA SOCIAL


20 de Julho de 2012
Texto Áureo
"A terra, porém, estava corrompida diante da face de DEUS; e encheu-se a terra de violência" (Gn 6.11).
Verdade Prática
A Igreja de CRISTO deve acolher, com amor e hospitalidade, toda pessoa vítima de violência.
Leitura Bíblica em Classe
Gênesis 6.5-12
5 E viu o SENHOR que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente.
6 Então, arrependeu-se o SENHOR de haver feito o homem sobre a terra, e pesou-lhe em seu coração.
7 E disse o SENHOR: Destruirei, de sobre a face da terra, o homem que criei, desde o homem até ao animal, até ao réptil e até à ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito.
8 Noé, porém, achou graça aos olhos do SENHOR.
9 Estas são as gerações de Noé: Noé era varão justo e reto em suas gerações; Noé andava com DEUS.
10 E gerou Noé três filhos: Sem, Cam e Jafé.
 11 A terra, porém, estava corrompida diante da face de DEUS; e encheu-se a terra de violência.
12 E viu DEUS a terra, e eis que estava corrompida; porque toda carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra.


Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
  • Explicar a origem da violência.
  • Compreender que a violência é um problema de todos.
  • Conscientizar-se do papel acolhedor da igreja.
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Palavra Chave
Violência: Qualidade do que é violento; ação de empregar força física ou intimidação moral contra alguém; ato violento.
Introdução
Um dos problemas sociais mais sérios da sociedade, e que não é recente, é a violência. Os traumas pode-se referirem tanto a físico (lesão local proveniente de um agente vulnerante), como a psicológico (agressão ou experiência psicológica muito violenta). Embora a violência social resulte também em trauma físico, enfatizaremos o psicológico. A violência no mundo é um dos terríveis efeitos do pecado, até por que, o primeiro homicídio da história aconteceu já na segunda geração dos seres humanos, quando caim matou o seu irmão Abel (Gn 4.1-10). Infelizmente a violência faz parte do dia a dia nas cidades, principalmente nas grandes cidades. Não é possível fugirmos desse mal que assola a humanidade desde tempos imemoriais, e sofremos as consequências mesmo tendo sido regenerados em Cristo. A única maneira de minorarmos as consequências é levando Cristo ao mundo através do esforço evangelístico. Não podemos ficar indiferentes aos seus males, porque enquanto permanecermos neste mundo estará sujeitos às suas consequências. Todavia, não devemos esquecer-nos de que a nossa vida está escondida em Deus e nele estaremos sempre seguros. A igreja tem o papel de “casa de refúgio” para sarar os traumas das pessoas vítimas da cruel e tirana violência e o instrumento de uso indispensável  para tal tarefa não é outro se não a palavra de Deus.
I A VIOLÊNCIA IMPERA SOBRE A TERRA:
     1.      A origem da violência.
O homem não foi feito para viver sozinho (Gn.2:18), é um ser gregário, ou seja, vive necessariamente com outros de sua espécie, vive em sociedade. Assim Deus fez o ser humano, de sorte que, como já dizia o filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.), o homem é um ser “naturalmente social”.
Ao criar o homem um ser social, o Senhor fez com que o homem somente pudesse atingir os propósitos sublimes para ele determinados pelo próprio Deus se estivesse vivendo em sociedade. Não haveria como o homem obter a frutificação, a multiplicação, a preenchimento da Terra e a dominação sobre a criação terrena (Gn.1:28) se não vivesse em sociedade, sociedade esta que tem como célula Primaria a família (Gn.2:24).
Antes de qualquer coisa, precisamos entender que a violência é fruto do pecado Antes que o primeiro casal pecasse, a vida que mantinham entre si era de perfeita unidade e harmonia. Tanto assim é que as Escrituras nos afirmam que não havia qualquer senão entre eles, pois, em pura inocência, embora estivessem nus, não se envergonhavam um do outro (Gn.2:25), nada escondiam um do outro, viviam na mais completa paz e comunhão, não só entre si como também com o Senhor.
No entanto, assim que pecaram, tudo isto se modificou. Homem e mulher viram-se nus, passaram a ter vergonha um do outro, procuraram esconder-se de si próprios, um do outro e, também, de Deus, pois, quando o Senhor a eles veio na viração do dia, não tiveram como se apresentar diante d’Ele. A paz e harmonia nos relacionamentos estavam prejudicadas por causa do pecado (Gn.3:7,8).
A sequência da narrativa bíblica mostra-nos, ainda, que homem e mulher passaram a se acusar. Adão pôs a culpa da queda na mulher e a mulher, na serpente (Gn.3:12,13). Inexistia um clima de harmonia e de comunhão, mas, em lugar daquilo que antes havia entre os seres humanos, passou a haver desconfiança, isolamento e um egoísmo em que um não queria mais saber do bem-estar do outro, mas, sim, uma ilusória busca pela salvação, mesmo em detrimento do outro.
Os homens pensariam, antes de tudo, em si mesmos e, neste pensamento, não titubeariam em prejudicar o outro, em querer dominar o outro, em transformar o outro em mero instrumento para a satisfação de seus desejos e projetos. Esta triste realidade vemos bem estampada algum tempo depois no relato bíblico do episódio a envolver os dois primeiros filhos de Adão e Eva, Caim e Abel. Algumas décadas haviam se passado desde a expulsão do primeiro casal do Éden e já sentimos como as relações entre os homens se encontravam extremamente afetadas pelo pecado.
- Caim, tomado pela inveja, matou o seu irmão Abel, uma vez que o sacrifício deste havia sido aceito por Deus, enquanto que, com respeito ao seu sacrifício, não tinha havido aceitação da parte do Senhor (Gn.4:1-11). Temos aqui a notícia do primeiro crime de homicídio na história da humanidade, a clara demonstração de que a violência social tem como causa o pecado.
A origem da violência social, portanto, é o pecado, aquele que o próprio Deus disse a Caim que estava à espreita, procurando dominá-lo. Por isso, aliás, assistimos a um grande aumento da criminalidade em nossos dias, dias de multiplicação da iniquidade (Mt.24:12).
         2.      A multiplicação da violência.
O ato de Caim revela a natureza da humanidade que, agora arruinada pelo pecado, comete violência sobre violência (Sl 14.1-3; Rm 3.10-18). Deus deu outro filho a Adão e Eva em lugar de Abel, a quem chamaram Sete. Note-se que, quando do nascimento de Enos, a geração de Sete começou a invocar o nome do Senhor, conforme o verso vinte e seis. Este fato, marcado pelo interesse espiritual, mani­festa esta geração de Sete como filhos de Deus, enquanto a geração de Caim, marcada pelo interesse material, é conotada como os filhos dos homens. “Naqueles dias estavam os nefilins na terra, e também depois, quando os filhos de Deus conheceram as filhas dos homens, as quais lhes deram filhos. Esses nefilins eram os valentes, os homens de renome, que houve na antiguidade” (Gn 6.4). Estes nefilins, de acordo com o nome, eram lenhadores, cortadores e rachadores de madeira, portanto, gente forte, agressiva e temível. Então, veio a apostasia da linhagem de Sete, os filhos de Deus, através da sua mistura com a linhagem de Caim, os filhos dos homens, e a violência agravou-se. Deus não gostou do estado dessa sociedade e determinou acabar com aquela raça humana para recomeçar uma nova geração a partir do seu amigo Noé, descendente de Sete, capacitado para ouvir e decifrar a mensagem divina (Gn 6.9).
       3.      A violência na sociedade atual.
Falar de violência na sociedade atual implica em abarcar todos os sentidos do termo e aprofundá-los em uma gama ampla, onde o real surpreende sempre pelo ineditismo de uma ação que pode ser cada vez mais violenta, porque o nosso mundo é violento, é injusto, onde as questões são resolvidas pela força, pela violência. Os crentes no Senhor Jesus, como peregrinos neste mundo, são alcançados também por essa violência. Aliás, nos envolvemos nisso de tal maneira que acabamos usando também as maneiras e as armas do mundo, usando força e violência contra aqueles com quem convivemos, ainda que nem sempre nossa violência seja física. Quem não fez uso de violência mental, ou moral? Podemos inclusive estar abusando tanto da nossa força, que contra o outro usamos de violência espiritual – depreciamos; humilhamos; desencorajamos; julgamos; condenamos e excluímos. Vivemos numa sociedade muito doente, a qual nos exige uma movimentação constante, ainda que vazia. A violência é uma expressão dessa doença mental, por privação de amor. A falta de amor faz com que as pessoas adoeçam, agitem-se. Isso nos mostra o quanto o outro nos faz falta. A falta de amor torna-se insuportável, portanto, agimos, sem se quer refletir e, tolerar a dúvida. Assim, responde a demanda do outro. Digo de outra forma: “o ato violento me permite por uns minutos me sentir existindo”. Pensar é dar um significado, um sentido a vida. Sócrates diz: “o pensar acompanha o viver”. (p.58). Quem não ama adoece. A doença passa a ser a sua companhia. Portanto, as pessoas doentes não se relacionam, não vivem como poderiam viver, não dão o que tem e podem dar de melhor de si. Pois, o grande problema da atualidade é a desestrutura familiar, a ausência de família e, principalmente a ausência do pai.
Nas classes menos favorecidas o convívio com a violência é constante. Mas, nas classes sociais e econômicas mais privilegiadas, também ocorrem os atos violentos, sentem-se protegidos pelo poder econômico, onde podem tudo e, nada devem. O desamparo e o abandono afetivo são as prováveis causas da crescente e avassaladora violência.
              As pessoas agressivas e violentas têm sempre no seu histórico uma falta de continência às suas ansiedades dos inicios da vida, impossibilitando assim o controle da impulsividade.
              A falta de fé é outro grave problema. a ausência de deus é o que, muitas vezes, a leva a cometer barbaridades. a própria família não apresenta à criança a presença de deus, portanto, quem não tem uma religião não tem nada, tudo pode, não pensam, agem, pois pensar implica perceberem que lhes falta amor próprio, autoestima, sendo assim a violência aumenta cada dia que passa. a falta de preocupação com o outro, então nem se fala. Os violentos negam que precisam dos outros, nos atos violentos eles expressam os seus sofrimentos.

II      VIOLÊNCIA UM PROBLEMA DE TODOS
1. Quando o crente é perseguido.
A Igreja não está isenta de sofrer violência. Se observarmos os acontecimentos atuais acerca dos crentes que sofrem perseguições em toda parte do mundo, ficaremos espantados e nos disponibilizaríamos mais para interceder por todos esses servos do Senhor. Se olharmos para o oriente hoje, podemos ver uma Igreja confessante e mártir que mesmo diante da morte não abandonam sua fé. Embora no ocidente tenhamos uma Igreja menos perseguida e semelhante Sardes, coisificada e necrosada. Podemos perceber os remanescentes ocidentais, afinal os rabiscos nunca deixaram de permanecerem nos ramos (Is 17.6). Quantos testemunhos ouviram contar em nossos cultos de oração acerca das vitórias que Painho concede aos que o buscam nas perseguições. O que dizer dos Heróis da fé (Hb 11.1-40); dos pais da Igreja e dos heróis atuais! Nosso Deus é o mesmo! Ele tem descanso para nós mesmo na tempestade.
2. A Ação do Bom Samaritano.
O Senhor Jesus contou, certa vez, uma parábola cujos personagens centrais são um samaritano e um israelita que fora espancado por salteadores (Lc 10.25-37). A vítima foi ignorada até mesmo por um levita e por um sacerdote (10.31,32). Todavia, o samaritano, alguém abominado pela nação judaica (Jo 4.9), compadeceu-se do israelita, socorreu-o e responsabilizou-se por seu tratamento. Nessa parábola, há uma importante mensagem para a Igreja de Cristo. Devemos cuidar e amparar as vítimas da violência. Os pacificadores são chamados filhos de Deus, (Mt 5.9) mas os enganadores e perversos são filhos do Diabo (At 13.10). Os que amam são chamados filhos do altíssimo, conforme Lc 6.35: “Amai, porém, a vossos inimigos, fazei bem e emprestai, nunca desanimando, e grande será a vossa recompensa, e sereis filhos do Altíssimo.” 
3. A Igreja deve denunciar a violência através de ações.
Podemos atuar de forma ativa preparando as pessoas que sofreram com a violência. Quantas mulheres sofrem algum tipo de violência doméstica ou sexual! Precisamos estar prontos para não apenas receber estas mulheres, mas para tratá-las nos diversos aspectos atingidos pela violência vivida, seja no sentido espiritual e psicológico, seja no sentido material, pois muitas não podem retornar as suas casas e precisa mudar de vida e de residência.  

CONCLUSÃO
               A violência contra os cristãos não é nenhuma novidade na história da Igreja. Desde a Igreja primitiva, muitos seguidores de Cristo têm sido mortos de forma violenta. Na atualidade, a quantidade de cristãos que morre de forma violenta como consequência de sua fé não é menor do que naquele período da histórico. Não obstante o motivo da violência contra cristãos não diferir daqueles dos primeiro séculos, acrescenta-se hoje, a violência que grassa todas as camadas sócias em virtude da degeneração ética moral e religiosa. "Por que razão permite Deus que o seu povo amado Sofra assim? Muitas vezes se tem feito essa pergunta e a resposta é simples: é porque Ele ama esse povo! Embora há outras razões, mas a principal é essa - Ele nos ama. "Porque o Senhor corrige a quem ama" e se o coração se desviar tornar-se-á necessária a disciplina. Se na fornalha da aflição, a escória separa-se do metal precioso, sendo aquela consumida. Ainda mais quando suportamos a correção de Deus, Ele nos trata como filhos; e se sofremos com paciência cada provação pela qual Ele nos faz passar dará em resultado mais uma bênção para nossa alma."
QUESTIONÁRIO
1. De acordo com a lição, qual a origem da violência?
R. As Escrituras Sagradas mostram que a violência é o resultado direto da rebelião de Adão e Eva contra Deus.

2. A disposição de Caim para o mal é evidenciada em quem?
R. Em Lameque, pois além de matar dois homens, ele louva os próprios crimes.

3. Como a igreja deve postar-se ante a violência?
R. Como voz profética de Deus contra todos os tipos de violência.

4. Qual é a mensagem para a igreja de Cristo que podemos encontrar na parábola do bom samaritano?
R. Devemos cuidar e amparar as vítimas da violência.

5. Quais ações a Igreja do Senhor pode empreender para auxiliar as vítimas de atos violentos a superarem os traumas?
R. Clamar a Deus pela nossa sociedade e acolher devidamente os que sofreram algum tipo de violência, oferecendo-lhes conforto espiritual, moral e emocional.

Dc. Josimar Ribeiro
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A Bíblia Sagrada Versão Digital 6.0 Freeware
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD;
Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD;
BUTIGAN, K. BRUNO, P. Da violência à integridade. Sinodal: São Leopoldo, 2008.
COLLINS, G. Aconselhamento cristão. São Paulo: Vida Nova, 2004.
KNIGHT, A.; ANGLIN, W. História do Cristianismo - Dos apóstolos do Senhor Jesus ao século xx. Rio de Janeiro: CPAD, 2010 
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Lições Bíblicas do 3º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, Vencendo as aflições da vida — Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas; Comentarista: Eliezer de Lira e Silva; CPAD;
Revista Ensinador Cristão CPAD, Nº 51
RHODES, R. Por que coisas ruins acontecem se Deus é bom? 1.ed., RJ: CPAD, 2010
SEAMANDS, S. Feridas que Curam: Levando Nossos Sofrimentos à Cruz. 1.ed., RJ: CPAD, 2006.