domingo, 29 de abril de 2012

Lição 5 – Pérgamo, A Igreja Casada Com o Mundo

"E ao anjo da igreja que está em Pérgamo escreve: Isto diz aquele que tem a espada aguda de dois fios: Conheço as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás; e reténs o meu nome, e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita. Mas algumas poucas coisas tenho contra ti, porque tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, para que comessem dos sacrifícios da idolatria, e se prostituíssem. Assim tens também os que seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu odeio. Arrepende-te, pois, quando não em breve virei a ti, e contra eles batalharei com a espada da minha boca. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer darei a comer do maná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe". (Apocalipse 2:12-17)
A igreja de Pérgamo, hoje é chamada de Bergama, também pertencente a geografia turca, o significado do nome Pérgamo é mais conhecido como “alto” e/ou “torre”, “castelo”, mas alguns atribuem historicamente este nome ao significado “casada”, e esse significado que é especulativo e também é usado pelo autor da lição não tem base histórica contundente, na realidade alguns atribuem este “título”, porque a força do gnosticismo cristão era grande no meio da igreja, como também há relatos históricos que a igreja de lá percorria por manobras políticas, ou seja, casada com o estado ou trono de satanás (SILVA, 2011, p.38). A cidade de Pérgamo ficava a 90 Km da cidade de Esmirna. Segundo a tradição, essa cidade, foi a inventora do Pergaminho através de seu rei Eumenes II (195-158 a.C.), era considerado o papel da época, feito de pele de animais e que tinha uma maior durabilidade do que o papiro, isso facilitava a difusão das ideias, apesar de custar muito caro. O primeiro assunto importante e que merece notório destaque é a expressão do verso 12 “Espada afiada de dois gumes”, que é a imagem representativa usada na Bíblia para mostrar Deus falando através de sua Palavra, são dois gumes que dividem entre as juntas e medulas, ou seja, atinge o nosso sistema nervoso e outra que penetra no fundo ao ponto de especificar a divisão entre a alma “psique” e o espírito “pneuma”, mostrando que ambos são diferentes, um é responsável pela emoção e vontade “psique”, o outro é responsável pelo nosso intelecto, entendimento e contrição ao Divino “pneuma”. O elogio feito no verso 13, não encobre os enormes defeitos de Pérgamo, que estava cometendo uma série de pecados abomináveis a Deus, ao mesmo tempo que a maioria deles não negavam a fé, alguns estavam seguindo a doutrina de Balaão, e o que era a doutrina de Balaão? A cidade de Pérgamo era lugar de adoração ao imperador Domiciano, e isso aborrecia a Deus, porque alguns destes cristãos cultuavam a certos deuses, como também se prostituíam, e esse pecado foi semelhante aos tempos de Moisés quando o povo de Israel que não podia ser vencido em guerra porque Deus estava com eles, foi vencido em parte pela idolatria e prostituição, isso tudo como armadilha produzida por Balaão que não era um profeta verdadeiramente fiel, mas um mercadejante e mercenário, por isso, ele ensinou a Balaque (rei moabita) a oferecer as mulheres bonitas, como também prostitutas cultuais e os manjares dos deuses oriundos de sacrifício pagão, a palavra utilizada para prostituição utilizada no texto é “porneia”, que muitos de nós já ouvimos falar, principalmente numa categoria hodierna chamada de mercado cinematográfico pornô, que tem todo tipo de relações sexuais ilícitas, onde alcança várias formas de imoralidade, e essa palavra é usada pelos ensinos de Jesus para mostrar o desvio do povo a toda sorte de pecado de prostituição e traição a Deus. Pérgamo era uma cidade rica em adoração a Zeus e Esculápio (deuses gregos). Outro tipo de doutrina seguida por eles é a de nicolaítas, e esta está presente em muitas de nossas igrejas no dia-dia, e o que era a doutrina nicolaíta? Era simplesmente transformar funções eclesiásticas em cargos para oprimir o povo, dizendo que aqueles eram escolhidos e inquestionáveis, um verdadeiro clero dentro da igreja, uma hierarquia militar descabida que é abominável a Deus. Hoje não diferente, muitos brigam por tais cargos que, na sua origem eram funções, por exemplo, alguns tentam até prejudicar seus companheiros porque quer ser diácono, presbítero, pastor, bispo, apóstolo antes dos outros. Essas funções na sua origem nada tinham a ver com cargos, mas simplesmente eram responsabilidades dadas aos “separados” para tal obra, ou seja, não era porque alguém era diácono que se tornava superior e mandatário da membresia da igreja, tampouco um presbítero era o manda chuva, pelo contrário, a função do presbítero era ensinar, a do diácono servir, a do pastor era a mesma que a do presbítero e o bispo era responsável por ensinar os pastores e presbíteros, os apóstolos não eram superiores em cargo a nenhum destes, mas na realidade itinerantes na expansão desse evangelho, eram como missionários nos dias de hoje. Se formos observar a disposição de cargos na maioria das igrejas, na realidade instituições eclesiásticas, veremos uma série de abusos que aborrecem a Deus e que Ele cobrará com sua espada afiada de dois gumes, irá “guerrear” com sua Palavra, não atirando, ou esfaqueando alguém, mas simplesmente diferenciando as verdadeiras intenções do coração destes que se dizem donos da igreja do Senhor. Esse tipo de formação clerical condenada por Deus é mais observada na igreja católica, pois é mais gritante, não obstante sabemos que a formação desse clero se deu nessa época com os nicolaítas, mas só ganhou forças quando o cristianismo foi politizado e misturou-se ao estado podre romano. Mas, isso não tira a responsabilidade de muitas igrejas de “crentes”, “evangélicos” e/ou “protestantes”. O Senhor finaliza fazendo uma grande e linda promessa, primeiro comer do maná escondido, em detrimento a isso os gnósticos ofereciam uma série de vantagens, através dos prazeres mundanos, e do hedonismo que, era a pura prática do prazer pelo prazer, servir-se de tudo como quisesse, sendo que o prazer deveria estar acima de tudo. Mas o Senhor os oferecia o maná escondido, espiritual, superior a tudo o quanto eles haviam comido até hoje, também ofereceu uma pedra branca, e a interpretação dessa pedra branca tem cinco tipos de interpretação (a) para quem era absolvido de crime (b) para quem deixou de ser escravo (c) como sinal de amizade (d) dada ao vencedor de corridas (e) dada ao guerreiro vencedor de batalhas. Mesmo que alguma esteja errada, mas todas se encaixam perfeitamente bem na promessa de Cristo, porque se por um lado se fala em absolvição ou soltura alfórrica, como somos absolvidos e libertos do pecado quando vencemos este, também nos tornamos vencedores de batalhas e a corrida da fé, como também ganhamos um grande amigo que é o nosso Senhor. Por último, ganharemos um novo nome, qual será o nosso nome? Só Yaweh (Jeová) sabe, mas que deverá ser um nome sublime, perfeito e com um rico significado espiritual, transcendente e superior a qualquer nome terrenal. Glória a Deus!
Professor Érick Freire

sexta-feira, 27 de abril de 2012

O Crente e a Universidade (Parte 4)

Pr. Walfredo Soares
Pelos dados e as evidências que presenciamos constantemente, com as mudanças que estão ocorrendo de maneira tão rápida, com a evoluçao da ciência e tecnologia avançando cada vez mais e o conhecimento sendo explorado ao que parece como nunca visto, nunca se fez tão necessário como no mundo comtemporâneo que estamos vivendo, o crente buscar tanto o conhecimento, para que não se atrase e nem pare no tempo. O conhecimento sempre foi algo necessário a ser buscado e utilizado pelo homem, pois é através do mesmo que atingimos os nossos objetivos, sobretudo quando aplicamos o nosso tempo, para feitos e descobetas que sirva para o nosso bem e do nosso próximo. O mesmo quando buscado e utilizado para o bem, é algo que o cristão não deve negligenciar à sua busca, pois um crente pelo comum nunca se desvia ao buscá-lo. Através da Bíblia Sagrada - A Inerrante Palavra de Deus, somos exortados a buscar o conhecimento, pois assim Ele nos diz por intermédio do profeta Oséias: ''Conheçamos e prossigamos em conhecer o SENHOR.'' (Oséias 6.3a). Isto significa que o conhecimento é algo pelo qual devemos ter interesse, sobretudo em se tratando do de Deus, que é a fonte de todo conhecimento, pois embora devamos buscar toda espécie de conhecimento desde que seja para edificação, mas ao conhecimento de Deus deve-se dar prioridade. Ainda Encontramos Deus falando por intermédio do profeta Oséias, que o seu povo havia sido destruido por falta de conhecimento, conforme está escrito: ''O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento.'' (idem 4.6a). Esta palavra serve exatamente para nós nos dias atuais, pois quantos são os crentes que por falta de conhecimento da Palavra de Deus, estão se embaraçando com tantas coisas deste mundo, e as vezes até mesmo com falsas doutrinas que sem fundamento bíblico, mas têm servido lamentavelmente para a destruição de muitos irmãos, que em busca de inovações deixam-se levar por aparências, mas que na verdade não têm nada de Deus. Mas isto ocorre por falta de um base sólida, de maturidade, e de um conhecimento apurado, que se permita o discernimento, entre o certo e o errado, entre o que é de Deus, e o que não é. Portanto busquemos o conhecimento para discernirmos o certo do errado e para não sermos destruídos. O crente ao adentrar numa Universidade, deve antes estar fundamentado em Deus e na Sua Palavra, para que não sofra e nem passe por decepções, quanto a sua fé que professa, pois o natural é que não existe no meio acadêmico um espírito conciliador, o que existe lá dentro é um verdadeiro confronto de idéias e pensamentos, que por sua vez, proporcionará aos mais fortes o respeito e a admiração, pela postura e firmeza dos que sabem como se conduzir e comportar diante dos confrontos e idéias diferentes.
_____ Pastor Walfredo Soares de Lima é lider da Assembléia de Deus em Itaú/RN, e licenciado em Filosofia pela UERN.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Dicas para iniciantes em Filosofia

1) Habitue-se a ler os textos filosóficos como quem dialoga. Fazendo perguntas, concordando ou discordando. Converse mentalmente com o autor, entenda o que ele realmente quer dizer, faça perguntas, veja se o texto as responde. Concorde ou discorde, encontre outros argumentos para colaborar com a visão do autor ou para desmenti-lo.
2) Num texto filosófico, é importante ter clareza dos conceitos trabalhados. Alguns filósofos criam significados diferentes para termos que costumamos usar em outro sentido. Preste bastante atenção ao texto, verifique se os conceitos usados estão definidos no próprio texto. Sempre que um conceito não estiver claro, leia novamente, interrogue o autor através do que ele escreveu. Faça como Sócrates, pergunte: "o que é liberdade?" (se o texto fala desse assunto), "o que é intuição?" (quando um autor usa esse termo). Se preciso, consulte um dicionário de filosofia.
3) Sempre que as ideias (principalmente as conclusões) de um autor parecerem estranhas ou insustentáveis, procure acompanhar todo o raciocínio que o levou a fazer as afirmações que fez. Faça o exercício de se colocar no lugar daquele pensador e refaça o caminho da sua argumentação. Lembre-se que entender não significa concordar. Se por acaso as conclusões que o filósofo propôs são explicáveis, mas mesmo assim inaceitáveis, procure pensar em argumentos que justifiquem uma posição contrária. A filosofia nasceu e sobrevive até hoje do livre debate de ideias.
4) Observe notícias veiculadas pelos meios de comunicação social. Pergunte-se pelo objetivo daquela notícia, se o que é informado poderia ter outra versão. Pense em alternativas à mera aceitação do que é veiculado. Filosofia requer espírito crítico
5) Habitue-se também a ler tirinhas, charges, poesias, letras de música. Procure observar obras de arte com atenção. O que esses "textos" nos dizem? Os temas são interessantes? São pertinentes? Qual o posicionamento do autor? É possível pensar em alternativas? Quais? A arte pode abordar questões filosóficas complexas de modo descontraído e despretensioso. A análise dessas obras ajuda a educar nosso olhar e a aguçar a mente.
6) "Perca" um pouco de tempo estudando lógica, esta disciplina é uma ferramenta poderosa para análise de argumentos válidos e descoberta de falácias, ou seja, argumentos inválidos ou ruins. Se falamos que em filosofia é importante argumentar bem, contra-argumentar, discutir, avaliar, então estamos falando de um uso lógico do pensamento e de uma organização lógica das ideias. Qual o critério para distiguir bons e maus argumentos? Seguramente é a lógica e o bom senso.
7) Esteja disposto(a) a rever seus posicionamentos sempre que houver boas razões para isso. Se o conhecimento filosófico não fosse passível de crítica, os pensadores não seriam mais que repetidores dos antepassados. Todos temos (pre)conceitos, e eles são necessários, pois nenhum conhecimento surge do nada. Mas somente quando confrontamos nossos (pre)conceitos com conceitos alternativos, mais razoáveis, é que podemos nos certificar de que nossa postura é realmente boa. Ou não. O bom filósofo é humilde o suficiente para rever pontos de vista que se revelaram contraditórios, insuficientes ou ingênuos.
Autor: Tiago Luís

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Lição 4: Esmirna, a igreja confessante e mártir

INTRODUÇÃO Um dos principais desafios da igreja, em meio à secularização, é confessar Cristo como Senhor. Por causa disso, algumas vezes, um preço alto precisa ser pago, o de enfrentar duras perseguições. Na lição de hoje estudaremos a carta que Cristo endereçou à Igreja de Esmirna, veremos que, tal como aquela, devemos, nos dias atuais, ser fiéis à Palavra de Deus, ainda que sejamos perseguidos. 1. A IGREJA DE ESMIRNA Esmirna significa myrh, fragrância usada para se fabricar perfume, sua casca exalava uma suave fragrância, como essa igreja, que tinha o cheiro de Cristo (II Co. 1.15-17). Esmirna ficava a aproximadamente cinquenta e cinco quilômetros ao norte de Éfeso e era um ponto marítimo próspero. Ela disputava com Éfeso o status de ser a principal cidade da Ásia. Esmirna esteve ao lado de Roma antes mesmo desta se tornar um império mundial. Nessa cidade o imperador era cultuado, e, devido ao seu prestígio político, obteve a honra de erigir um templo ao imperador Tibério em 26 d. C. Em 155. d. C., Policarpo, o bispo de Esmirna, foi sacrificado, em um complô entre os judeus e os romanos, que lhe pediram a vida. Antes do seu martírio, confessou sua fé em Cristo com a célebre frase: “Tenho servido ao Senhor Jesus por 86 anos. Ele tem sido fiel a mim. Como posso ser infiel a Ele, e blasfemar contra o nome de meu Salvador?”. Não existem informações a respeito de como a igreja foi fundada naquela cidade, supõe-se que essa tenha sido plantada como resultado dos trabalhos missionários de Paulo na região (At. 19.10). A palavra-chave extraída da carta de Cristo à igreja de Esmirna é sofrimento, tendo em vista que essa, diferentemente de Éfeso, demonstrou seu amor por Cristo, mesmo em meio à tribulação. Como Pedro e João, eles se regozijavam em “de terem sido julgados dignos de sofrer afronta pelo nome de Jesus” (At. 5.41), ciente da bem-aventurança de padecer por amor a Cristo (Mt. 5.11). 2. UMA IGREJA MÁRTIR Para a Igreja de Esmirna, que estava sofrendo perseguição, Jesus se apresenta como o que foi morto, e reviveu (Ap. 2.8). A essa igreja não é direcionada qualquer repreensão, antes palavras de encorajamento. Ele conheçe as suas obras, tribulação e pobreza, principalmente a riqueza espiritual. Jesus se identifica com a igreja que sofre, pois ele mesmo sabe, por experiência – inferimos pelo verbo oida – conheço em grego. Ele sabe da tribulação que a igreja passa, não apenas intelectivamente, mas experiencialmente. A relação política de Esmirna com Roma ensejou dura perseguição contra os cristãos daquela cidade. Aquela era uma igreja atribulada pelo poderio de césar. Essa perseguição política resultava em pobreza, o que geralmente costuma acontecer (Ap. 2.9). A política é algo sério porque implica diretamente na vida das pessoas, posicionamentos governamentais podem favorecer o aumento da pobreza. Em oposição à famigerada teologia da prosperidade, ou melhor, da ganância, Cristo afirma que, mesmo sendo pobres, os crentes de Esmirna eram ricos. A pobreza não é uma maldição, Jesus declara que os pobres são bem-aventurados (Lc. 6.20) e Tiago assegura que Deus escolheu os pobres deste mundo para serem os ricos na fé (Tg. 2.5). Havia uma nítida perseguição religiosa, por parte daqueles que “se dizem judeus e não o são, mas são a sinagoga de Satanás” (Ap. 2.9). Desde o princípio os cristãos sofreram perseguição por parte dos religiosos judeus, Estevão, o primeiro mártir da igreja, fora apedrejado em Jerusalém (At. 7). Os judeus perseguiram Paulo em Antioquia da Psídia (At. 13.50), em Icônio (At. 14.2,5), em Listra (At. 14.19) e em Corinto (At. 18.6). 3. UM CHAMADO À FIDELIDADE Jesus não prometeu o fim da perseguição, antes encorajou a igreja para que se mantivesse fiel: “nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, e terei uma tribulação de dez dias” (Ap. 2.10). Não sabemos se esses dez dias foram literais, mas devam ter sido difíceis, tendo em vista a força do poderio romano que estava a serviço do diabo. A luta da igreja não é contra a carne e o sangue, isto é, contra pessoas, mas contra os principados, potestades, príncipes das trevas e hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais (Ef. 6.11,12). Existem muitos crentes, nos dias atuais, que estão com medo da perseguição. Mas não devemos temê-la, pior que a perseguição é o esfriamento no qual muitas igrejas se encontram. A perseguição não desvia o cristão, antes purifica a igreja, levando-a a confessar, com ousadia, sua fé em Cristo. Alguns dos crentes de Esmirna estavam assustados, e até amedrontados, pois eram pessoas comuns, por isso as palavras de Jesus “nada temas” e “sê fiel até a morte”. A promessa do Senhor é que aqueles que fossem fiéis, mesmo que tivessem que passar pela morte, receberiam a “coroa da vida”. A primeira morte não deveria ser motivo de pavor para os crentes, já que, como diz a letra de um antigo hino, “não se pode matar um crente”. Não devemos temer aqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma, antes temamos Aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma quanto o corpo (Mt. 10.28). Ser evangélico nominal é fácil, difícil mesmo é ser discípulo de Cristo, o que acarretará em perseguição (II Tm. 3.12). Quem quiser ir após o Senhor deve negar a si mesmo, tomar a cruz do discipulado, até a morte, como aconteceu com Dietrich Bonhoeffer, enforcado no campo de concentração na Alemanha, em 1945, por confessar sua fidelidade a Cristo. CONCLUSÃO Cristo é o Senhor da Vida, por isso, a morte foi vencido através da Sua ressurreição. Se nos mantivermos fiéis, na vida ou na morte, não sofreremos a segunda morte. Aqueles que não fraquejarem receberão dEle as seguintes palavras: “Vinde, benditos de meu Pai. Possui por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” (Mt. 25.34). Sejamos, pois, fiéis, em todas as circunstâncias, e, que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas. BIBLIOGRAFIA LOPES, H. D. Ouça o que o Espírito diz às igrejas. São Paulo: Hagnos, 2010. STOTT, J. O que Cristo pensa da igreja. Campinas: United Press, 1999. José Roberto A. Barbosa

sábado, 14 de abril de 2012

LIÇÃO 3: ÉFESO, A IGREJA DO AMOR ESQUECIDO

INTRODUÇÃO Nesta lição estudaremos sobre a igrejade Éfeso,quetinha fidelidade na doutrina, pureza teológica, doutrinariamente sólida, forte e ativa, ainda que seu amor estivesse esfriado. Analisaremos informações como sua localização, fundação e líderes.Veremos ainda que esta igreja foi chamada a lembrar-se, arrepender-se, e voltar-se à prática das primeiras obras (Ap 2.5). I - CONTEXTO HISTÓRICO – GEOGRÁFICO 1.1 Localização. O nome Éfeso significa “Desejável”. A cidade encontra-se no pequeno continente da Ásia Menor. Esta era a capital da província romana da Ásia. Com Antioquia da Síria e Alexandria no Egito, formavam o grupo das três maiores cidades do litoral leste do Mar Mediterrâneo. O templo da Diana dos efésios (At 19.28) foi considerado uma das sete maravilhas do mundo antigo. Éfeso era conhecida, também, como o foco de adoração da deusa da fertilidade, Ártemis ou Diana (At 19.27). Historiadores calculam a população da cidade de Éfeso no primeiro século entre 250 e 500 mil habitantes. 1.2 Fundação da igreja. A igreja de Éfeso foi fundada por Paulo e, provavelmente, por Áquila e Priscila, por volta do ano 52 d.C. (At 18:18-28). “A mensagem de Paulo atingiu o coração de tudo o que aquele povo considerava mais precioso” (At 19.26). Paulo levou o Evangelho a esta cidade durante a sua segunda viagem missionária (At 18.19), e ensinou a Palavra de Deus ali, durante três anos (At 20.31). “Assim, a Palavra do Senhor crescia e prevalecia poderosamente” (At 19.20). Pelo menos duas vezes Paulo esteve nessa cidade (At 18.19 e 19.1). Em sua terceira viagem por aquela região, ele não chegou até lá, mas, estando em Mileto, “mandou a Éfeso chamar os anciãos da Igreja” (At 20.17). Durante a sua primeira prisão em Roma, Paulo escreveu a carta aos efésios, agradecendo a Deus o profundo amor que havia na igreja. 1.3 Liderança.Essa igreja recebeu duas cartas: uma de Paulo, a Epístola aos efésios (Ef 1.1-5), e outra de Cristo (Ap. 2.1-7). A primeira em 64 d. C., a segunda em 96 d. C.(SILVA, 1996, p. 29). “Na igreja de Éfeso […] estabelecida por Paulo e pastoreada por João (segundo a tradição cristã dos primeiros séculos), foi assistida por dois outros excelentes obreiros: Timóteo e Tíquico […] Éfeso era a igreja teológica por excelência” (ANDRADE, 2012, p.15 grifo nosso). A igreja de Éfeso era afortunada por ter tido o ministério de Paulo. A igreja tinha muitos inimigos, alguns ferozes como animais selvagens (1Co 15.32), e isso explica ainda mais a proximidade de Paulo com a congregação. Ser crente em Éfeso não era popular. Muitos crentes estavam sendo perseguidos e até mortos por não se dobrarem diante de César. Outros estavam sendo perseguidos por não adorar a idolatrada Diana dos Efésios. II – CARACTERÍSTICAS DA IGREJA DE ÉFESO A igreja de Éfeso, “Além de viver nas regiões celestiais, possuía um ministério completo” (ANDRADE, 2012, p.18). O NT diz que Paulo esteve em Éfeso, levando consigo Priscila e Áquila; e deixou-os ali (At 18.19); retornou mais tarde e desta vez permaneceu dedicado à pregação do Evangelho onde pregou a palavra de Deus por três anos (Atos 19:10; 20:31). “porque jamais deixei de vos anunciar todo o desígnio de Deus” (At 20.27). Pelo teor e conteúdo da Epístola de Paulo aos Efésios, observa-se que aquela igreja era muito espiritual.“[...] Dessa maneira, todos os que habitavam na Ásia ouviram a palavra sobre o Senhor Jesus, assim judeus como gregos " (At 19.10). Éfeso chegou mesmo a tornar-se o centro do mundo cristão.Vejamos o que encontramos nesta distinta igreja: 2.1 Uma igreja poderosa no combate aos falsos líderes (Ap 2.2-b). “[...] os que dizem ser apóstolos e o não são [...]”.Está em foco neste versículo, os chefes Gnósticos, que tinham arrogado para si o título de apóstolos de Cristo. Paulo diz que tais “[...] falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo” (2Co 11.13-b). Paulo os chamou de “[...] lobos cruéis, que não perdoarão ao rebanho” (At 20.29-a). A igreja de Éfeso não suportava os tais gnósticos, e, por isso, foi louvada pelo Senhor: “puseste à prova”. Esta expressão é o equivale no grego a “reprovaste-os”. Paulo já havia avisado os presbíteros dessa igreja sobre os lobos que penetrariam no meio do rebanho (At 20:29-30). A igreja de Éfeso tinha discernimento espiritual e tornou-se intolerante com a heresia e com o pecado moral. 2.2 Uma igreja poderosa na paciência e no trabalho (Ap 2.3-a). “...tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome”.É evidente que os que tem esperança, esperam. E, “os que esperam no Senhor renovarão as suas forças...” (Is 40.29, 31; Sl 89.19). A inatividade na vida espiritual é condenada por Deus. No livro de Provérbios fala-se do “preguiçoso” cerca de 17 vezes (Pv 21.25; 26.13). A igreja de Éfeso era conhecida pelas obras: perseverava no trabalho; não cansava no serviço de Cristo. Note como se repete a palavra “paciência”; eram perseverantes no lidar (v. 2 ), e perseverantes no sofrer (v. 3). 2.3 Uma igreja poderosa nas Escrituras, mas atrofiada na prática do amor (Ap 2.4). “...deixaste a tua primeira caridade”. A presente expressão não significa “declínio da fé” como alguns pensam, mas, antes, sugere um esfriamento no amor (Mt 24.12). Paulo chegou até a convidá-los a participarem da “...largura, e a altura e a profundidade” do amor de Deus, […] que excede todo o entendimento” (Ef 3.18-19). O desaparecimento gradual do amor fraternal no coração do salvo (Mt 24.12), tem como resultado, o abandono da “primeira caridade”. Pedro disse aos seus leitores: “...sobretudo, tende ardente caridade...” (1Pd 4.8). Se o cristão não tem amor, a vida espiritual também não tem sentido (1Co 13.3-4). 2.4Uma igreja poderosa no combate as heresias (Ap 2.6). “[...] Tens, porém, isto: que aborreces as obras dos nicolaítas [...]” Os nicolaítas pregavam um evangelho sem exigências, liberal e sem proibições. Eles queriam gozar o melhor da igreja e o melhor do mundo. Eles incentivavam os crentes a comer comidas sacrificadas aos ídolos, ensinavam que o sexo antes e fora do casamento não era pecado e acabavam estimulando a imoralidade. Mas, a igreja de Éfeso não tolerou as obras dos Nicolaítas. III – LIÇÕES APRENDIDAS DA IGREJA DE ÉFESO O problema dos cristãos da cidade de Éfeso não foi uma questão de doutrina incorreta, mas, como vimos, de falta do primeiro amor (alegria da salvação, desejo de orar, de jejuar, de ler a Palavra, de louvar etc. Sl 51.12; 116.1). Eles abandonaram o seu primeiro amor e não lembravam dos grandes mandamentos que formam a base para todos os ensinamentos de Deus (Mt 22:37-40). Analisemos algumas lições da igreja de Éfeso: 3.1 Voltar ao primeiro amor. “Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor”(Ap 2.4). O primeiro amor, é Cristo ter primazia em tudo em nossa vida. Paulo instruiu os efésios sobre a importância do amor como alicerce da vida do cristão (Ef 3:17; 4:2,16: 5:2; 6:23). Não devemos distorcer esta advertência para criar um conflito entre o amor e a verdade. Podemos defender a verdade, como os efésios fizeram e, ao mesmo tempo, praticar o amor. Foi exatamente isso que Paulo pediu aos efésios:“Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” (Ef 4:15). 3.2.Lembrar de onde caiu. “Lembra-te, pois, de onde caíste” (Ap 2.5 -a). É do ponto onde caímos que Cristo nos espera. Para os efésios se arrependerem, teriam que lembrar da comunhão com Deus que deixaram para trás. O Filho pródigo não só se lembrou da Casa do Pai, mas voltou para lá. Lembrança sem arrependimento é remorso. Essa foi a diferença entre Pedro e Judas. Arrepender é mudar a mente, é mudar a direção, é voltar-se para Deus. É deixar o pecado. É romper com o que está entristecendo o Noivo. Uma vez que caímos, é necessário desenvolver novamente o amor para com Ele. 3.3 Arrepender-se. “Arrepende-te” (Ap 2.5 -b). Arrependimento não é emoção, é decisão. É atitude. Não precisa existir choro, basta decisão. O arrependimento é a mudança de atitude. Quando decidimos deixar o pecado e fazer a vontade de Deus, nós nos arrependemos. O pecador precisa se arrepender para obter perdão dos pecados (At 2:38). O cristão que tropeça precisa se arrepender (At 8:22). Aqui, uma igreja cujo amor esfriou-se precisou se arrepender. 3.4 Voltar as primeiras obras. “Volta à prática das primeiras obras” (Ap 2.5 -c). A mudança de atitude (o arrependimento) produzirá frutos (Mt 3:8). Pelas obras, a pessoa arrependida mostrará a sinceridade da sua decisão. A igreja em Éfeso precisava voltar à prática do amor. Não basta saber que é preciso arrepender-se. Precisamos perguntar: Para onde precisamos retornar? Para o ponto do qual nos desviamos. Retornar para um lugar qualquer só nos levaria para outros descaminhos. 3.5 Ouvir a voz do Espírito Santo. “Quem tem ouvidos, ouça”(Ap 2.7-a): Frequentemente, Jesus chama os ouvintes a ouvirem a sua mensagem (Mt 11:5; 13:9,43). O problema de um coração teimoso se reflete nos ouvidos tapados que recusam ouvir a verdade (Mt 13:15). Os efésios provaram àqueles que falavam, agora eles seriam provados pela maneira de ouvirem. 3.6 Perseverar para salvação. “Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida [...]”(Ap 2.7-c): A recompensa aguarda os vencedores que perseveram no amor e na verdade. Aqueles que desistem, abandonando para sempre o seu amor, não receberão o galardão. Aqueles que andam com Deus têm a esperança da vida no paraíso do Senhor. CONCLUSÃO Como pudemos ver, o Senhor Jesus mencionou diversas qualidades da igreja de Éfeso, mas, nem por isso deixou de mencionar o esfriamento do amor. Significa dizer que apesar de qualquer esforço, e de toda sinceridade, será gravíssimo o nosso estado espiritual se nos faltar o amor. Como disse o apóstolo Paulo: “...ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria... Ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria” (1 Co 13.3-4). REFERÊNCIAS ANDRADE, Claudionor de.Os sete castiçais de ouro.CPAD. __________, Claudionor de.Dicionário Teológico. CPAD. SILVA, Severino Pedro da. Apocalipse versículo por versículo. CPAD STAMPS, Donald C. Biblia de Estudo Pentecostal. CPAD. VINE, W.E, et al. Dicionário Vine. CPAD. COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PROF. PAULO AVELINO  Fonte: PortalEBD

domingo, 8 de abril de 2012

Lição 2: A visão do Cristo glorificado

INTRODUÇÃO Em continuidade à contextualização das Cartas às Sete Igrejas do Apocalipse, destacaremos, na aula de hoje, a visão dada a João, do Cristo Glorificado. A princípio, ressaltaremos a figura do Revelador, que é o próprio Cristo, em seguida, as características da Sua glorificação. E por fim, a reação de João, que deva ser a de todos nós, diante do Cristo Glorificado. 1. CRISTO, O REVELADOR GLORIFICADO João recebeu de Cristo a ordem para que enviasse às sete igrejas da Ásia menor as visões que lhes seriam reveladas (Ap. 1.9). O Apóstolo Amado estava em espírito, no Dia do Senhor (Ap. 1.10), ao que tudo indica, um dia de domingo, já que esse era o dia em que os primeiros cristãos se reuniam (At. 20.7; I Co. 16.2). “Em espírito” aponta para uma experiência sobrenatural, talvez semelhante ao arrebatamento experimentado por Paulo, registrado em II Co. 12.2. João teve, então, sua primeira visão, sete candeeiros de ouro, que representavam a igreja, tendo em vista que essa é a luz do mundo (Mt. 5.14). No meio dos candeeiros de fogo João viu um semelhante a filho de homem, certamente o mesmo que fora visto por Daniel (Dn. 7.13), a Sua cabeça e cabelos eram brancos como alva lã, como neve, representando Sua santidade e divindade. Os olhos de fogo revelam Sua vitória sobre os inimigos (Ap. 19.12). Seus pés semelhantes ao bronze polido, como refinado numa fornalha destacam Sua força e poderio, pois Ele tinha na mão direita sete estrelas. Sendo Ele a Palavra, sai, da Sua boca, uma afiada espada de dois gumes. A Palavra de Deus que é a espada do Espírito (Ef. 6.17), espada afiada, capaz de discernir as intenções do coração humano (Hb. 4.12). Ele, como aconteceu no princípio, cria uma nova realidade a partir da Sua palavra, como Deus, que, ao falar, a tudo fez (Gn. 1.3). 2. CARACTERÍSTICAS DA GLORIFICAÇÃO DE CRISTO Essa é uma visão extraordinária, que chamou a atenção de João, inicialmente por Sua supremacia. Jesus é a maior autoridade em meio às igrejas, pois foi Ele quem derramou sangue para resgatá-la (Ap. 1.18,19). Os interesses humanos, inclusive os da liderança cristã, devem submeter-se à voz dAquele que é o Cabeça da Igreja (Ef. 1.22; 5.23; Cl. 1.18). Suas vestes caracterizam a soberania, pois as vestes compridas e o cinto de ouro era uma marca daqueles que tinham autoridade. Após a ressurreição Jesus declarou que todo o poder havia sido lhe dado no céu e na terra (Mt. 28.18). Ele é o Santo, pois não conheceu pecado (Hb. 4.15), o Justo (At. 3.14), o Santo de Deus (Lc. 4.34), nEle não há pecado (I Jo. 3.5). Seu olhar, como chamas de fogo, aludem à capacidade de ver todas as coisas, que se tornam patentes aos Seus olhos (Hb. 4.13). Ele conhece os pensamentos humanos, e os perscruta (Lc. 6.8), bem como os corações (Jo. 2.25), por isso pode se dirigir às igrejas dizendo que as conhece (Ap. 2.2,9,13,19,3.1,8,15). Cristo é graça e amor, mas as igrejas não podem esquecer que Ele, é Fogo Consumidor, que julga o Seu povo através do fogo (I Co. 3.13-15). Por isso aponta os erros das igrejas (Ap. 2.4,14,15,20; 3.1; 3.15, 16). Essas são as características do Cristo Glorificado, que, após a Sua morte e ressurreição, subiu à destra do Pai, recebendo a glória que lhe pertencia antes da fundação do mundo (Jo. 17.5). 3. ADORAÇÃO DIANTE DO CRISTO GLORIFICADO Diante do Cristo Glorificado, a igreja somente pode prostrar-se e, em submissão, adorar Aquele que é o Primeiro e o Último, que foi morto, mas que está vivo para todo o sempre, o Amém, que tem a chave da morte e do inferno (Ap. 1.17,18). Por isso, João, ao ver o Cristo Glorificado, cai aos seus pés, como morto. Desde a Antiga Aliança, ninguém podia ver a face de Deus (Ex. 33.20), as manifestações divinas provocavam assombro (Ez. 1.28-29; 3.22,23; 44.4). Isaias, no seu chamado para ser profeta, sentiu a miserabilidade do seu pecado, e clamou por perdão (Is. 6.1-5). Saulo, o perseguidor da igreja, não conseguiu ficar de pé diante da revelação e da voz que o impactou no caminho de Damasco (At. 9.3-5). Diante das grandezas das revelações de Cristo, devemos nos humilhar em reconhecimento a Sua potente mão (I Pe. 5.5,6). Muitas igrejas estão perdendo o temor pelo Senhor, não percebem que esse é o princípio da sabedoria espiritual (Pv. 1.7; 9.10; Ec. 12.13). Precisamos atentar para o exemplo de Jó, homem fiel a Deus, que O temia, por isso, se desviava do mal (Jó. 1.8). Quando tememos a Deus a ninguém mais temeremos (Mt. 10.28), pois Ele está no controle de todas as coisas, inclusive da morte e do inferno (Ap. 1.17,18). Isso porque a morte e o inferno não foram capazes de detê-LO. Ele é o Deus Vivo, o mesmo ontem e hoje e eternamente (Hb. 13.8) CONCLUSÃO A visão do Cristo Glorificado proporcionou a João a compreensão espiritual dos mistérios de Deus. Podemos ter o entendimento de tais revelações através das páginas da Escritura, no registro bíblico de que as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete castiçais, as sete igrejas (Ap. 1.20). Diante de tais verdades, mantenhamo-nos, humildes, pois a Palavra é revelada aos pequeninos (Mt. 11.25), não aos orgulhosos (I Co. 3.1-3). Imbuídos dessa sensibilidade, permaneçamos com os ouvidos espirituais atentos para ouvir o que o Espírito diz às igrejas (Ap. 3.6). BIBLIOGRAFIA LADD, G. Apocalipse: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1980. LAWSON, S. L. As sete igrejas do Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 2010. Prof. José Roberto A. Barbosa

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Pastor Silas Malafaia divulga vídeo afirmando que fará “denúncias gravíssimas de perseguição religiosa"



O pastor Silas Malafaia divulgou vídeo em que convida os fiéis a assistirem a próxima edição de seu programa Vitória em Cristo, afirmando que fará “denúncias gravíssimas”.
Malafaia já havia divulgado através do site Verdade Gospel e de seu Twitter, além do próprio programa Vitória em Cristo, que no primeiro Sábado de Abril faria denúncias contra o que chamou de “ditadura gay”: “Será um programa esclarecedor tanto para os evangélicos como para os católicos praticantes. Querem a todo custo calar a voz do povo de Deus”, declarou o pastor, à época.
No convite atual, o pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo afirma que as denúncias que fará tratam de “perseguição religiosa, que atinge a todos nós”, e ressalta que “é muito importante você ficar sabendo o que está acontecendo”.
Confira o vídeo abaixo com o convite do pastor Silas Malafaia para o programa Vitória em Cristo do próximo dia 07/04:



FONTE:Gospel+

terça-feira, 3 de abril de 2012

Bíblia é o livro mais lido no país



A Bíblia continua sendo o livro mais lido pelos brasileiros – ganha dos livros didáticos e dos romances. Foi o que apontou pesquisa divulgada nesta semana pelo Instituto Pró-Livro sobre os hábitos de leitura da população. Best sellers do pastor Silas Malafaia também estão na lista.

Ao questionar os cerca de 5 mil participantes sobre os gêneros que costumam ler, a Bíblia foi citada por 42% e manteve-se no primeiro lugar da lista, mesma posição ocupada na edição anterior da pesquisa, em 2007. Os livros didáticos foram citados por 32%, os romances por 31%, os livros religiosos por 30% e os contos por 23%. Cada entrevistado selecionou em média três gêneros.

Os títulos religiosos ganharam espaço na estante dos brasileiros. Na lista dos 25 livros mais marcantes indicados pelos entrevistados, o livro Ágape, do padre Marcelo Rossi, aparece em segundo lugar na lista. Perde apenas para a própria Bíblia e para A Cabana, do canadense William Young.

Luiz Alves de Moraes, vendedor de uma livraria em Brasília, disse que os mais vendidos são os títulos de filosofia, teologia e religião. “Pessoalmente, eu consumo mais livros de filosofia. O hábito de ler garante um amadurecimento da leitura. Comecei a ler aos 13 anos, por interesse pessoal, sem incentivo de ninguém”, conta. O colega dele, Edmar Rezende, concorda que a venda de religiosos cresceu. “Tem saído muito, principalmente o do padre Marcelo”.

A professora Vera Aguiar, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), avalia que os livros religiosos podem ser uma porta de entrada para a literatura, especialmente para uma parte da população que não tem o hábito da leitura. Para ela, o aumento das vendas desse gênero está ligada ao avanço das religiões neopentecostais. “Há uma atitude de leitura. Depois ele pode abrir seus gostos para outros tipos de literatura, os clássicos, o entretenimento. É muito significativa essa atitude leitora, a pessoa se decidir uma atividade introspectiva”.

Em seguida na lista das obras mais marcantes aparecem O Sítio do Picapau Amarelo, O Pequeno Príncipe, Dom Casmurro e as coleções Crepúsculo e Harry Potter.

O livro da escritora britânica J. K. Rowling foi o primeiro que a estudante de 16 anos Evelyn Cabral comprou. Ela disse que sempre gostou de ler e foi muito incentivada pela mãe quando criança por meio dos contos de fada. “Eu tinha 11 anos quando comprei o primeiro livro do Harry Potter com a minha mesada. Daí em diante, não parei mais, gosto muito desse tipo de história. Na escola eles pedem para a gente ler os clássicos da literatura como Machado de Assis e Guimarães Rosa. Só que eles têm uma linguagem complicada. As histórias até são legais, mas é difícil ler, têm palavras que eu nem conheço”.

Mesmo depois de mais de 60 anos da sua morte, Monteiro Lobato continua no imaginário da população. O escritor paulista permaneceu no topo da lista dos autores brasileiros mais admirados. “Há muitos escritores que são conhecidos, mas na verdade não são lidos. Dá até para dizer que existem duas leituras de Monteiro Lobato: a primeira é aquela que a gente faz do imaginário coletivo, todos ouviram falar de Reinações de Narizinho”, acredita Vera.

Na sequência aparecem Machado de Assis, Paulo Coelho, Ariano Suassuna e outros autores de best sellers recentes como o pastor Silas Malafaia e o padre Marcelo Rossi.

Confira a lista completa:



Fonte: Verdade gospel

* Com informações da Agência Brasil

domingo, 1 de abril de 2012

O Crente e a Universidade (Parte 3)

Filosofia e Religião



Bíblia Sagrada enquanto a Palavra de Deus que é, em momento algum diz ou transmite que servir a Deus e sofrer por amor a Ele, seja algo fácil. Embora nesse mundo contemporâneo que estamos vivendo, estejamos constantemente a ver e ouvir, sobretudo, através dos meios de comunicação, os mais diferentes tipos de doutrinas e costumes sendo defendidos, por aqueles que as vezes distorcem a Palavra de Deus, como se a mesma fosse ou pudesse ser manipulada; entretanto para àqueles que à examinam sob a direção e unção do Espírito Santo, percebem com muita clareza e evidência, que não podemos e nem tão pouco devemos, acrescentar ou diminuir o que já está estabelecido por Deus, no Livro Sagrado:''A Bíblia Sagrada'' - A inerrante Palavra de Deus.

O Senhor Jesus deixou muito claro em suas palavras, que o caminho era estreito, pois assim Ele disse: ''Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz a perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem''. (Mat. 7.13,14).

Isto significa dizer que o caminho para o céu, não é algo que se possa e nem tão pouco que se deva andar de qualquer maneira, mas que exige de todos os que realmente querem seguir a Cristo, um compromisso sincero com responsalidade e temor diante do Senhor, o que também significa uma vida de renúncia dos prazeres deste mundo, e para que haja esta renuncia na vida dos cristãos, temos que atentarmos para o que nos exorta o Senhor através da Sua Palavra.

Adentrar numa Faculdade de ensino enquanto cristão, não significa que vamos ter a nossa fé acrescentada ou diminuída, mas pode significar que vamos ter a mesma provada, no sentido dos confrontos que naturalmente surgirão no meio acadêmico; será um local aonde poderá se dar ou não a confirmação daquilo que antes em alguns lugares, e diante de pessoas do saber comum, e sobretudo na Igreja entre os irmãos professávamos a nossa fé. Porque não basta dizermos e falarmos ainda que bonito, mas faz-se necessário que demonstremos a nossa fé diante dos confrontos, quando formos confrontados com idéias e pensamentos diferentes.

São exatamente os confrontos com idéias e pensamentos diferentes dentro de uma Universidade que, a fé do cristão passará como que por uma purificação, e é exatamente esse momento em que uns passarão no teste, e outros lamentavelmente serão reprovados, não porque a faculdade os corrompeu, mas talvez por falta de uma estrutura sólida, para enfrentar as tespestades em meio ao deserto, porque a Palavra de Deus é quem dá vida e sustento ao crente, e sabemos que muitos que estão dentro da Igreja, não se interessam muito pelo conhecimento da Palavra, e um crente que não busca constantemente se apoiar na fé em Deus, e no Conhecimento de Sua Palavra, a tendência será quando for confrontado não resistir as pressões, e acabar cedendo na fé, chegando ao ponto até mesmo de negar a fé que antes professava.
Não deixe de ler o próximo artigo, pois daremos continuidade a este assunto.

_____

Pastor Walfredo Soares de Lima é lider da Assembléia de Deus em Itaú/RN, e licenciado em Filosofia pela UERN.