sábado, 22 de fevereiro de 2014

LIÇÃO 8 MOISÉS – SUA LIDERANÇA E SEUS AUXILIARES

INTRODUÇÃO
Nesta aula nos voltaremos para a função da liderança na obra do Senhor. Inicialmente destacaremos o papel que essa tem, destacando sua importância no contexto cristão. Em seguida, trataremos a respeito da relação de Moisés com seus liderados, enfocando o conselho de seu sogro Jetro, tendo em vista as múltiplas atribuições deste líder hebreu. Ao longo da lição mostraremos princípios de liderança que também serão uteis para a condução do rebanho de Deus, com disposição para o serviço, em amor.
1. A LIDERANÇA DO SENHOR
Existem muitos cursos de liderança na atualidade, cada um deles parte de determinados pressupostos a respeito do que significa liderar. Existem modelos de liderança que são mais ou menos democráticos, outros se pautam pelo autoritarismo. As técnicas de liderança expostas em determinados treinamentos disponibilizados nessa área podem ser aplicadas à igreja. Mas é preciso ter cautela, para não fundamentar a administração eclesiástica em técnicas meramente humanas. Devemos lembrar sempre que fomos chamados para uma liderança cristã, por conseguinte, devemos nos pautar em Cristo, nosso maior exemplo. O estilo de liderança de Jesus é o de líder-servo, aquele que se sacrifica pelos seus liderados, sempre demonstrando humildade (Fp. 2.6,7; Jo. 13.8-15). O Apóstolo, ao se despedir da igreja em Éfeso, ressalta a condição ministerial do obreiro do Senhor (At. 20.28-31). Refletir a respeito desses ensinamentos é necessário ao líder cristão para não se deixar conduzir pelos modismos da liderança meramente humana. Por causa da ênfase demasiada que se costuma dar ao aspecto institucional das igrejas, alguns líderes estão transformando os templos em empresa, balcão de negócios, vendendo serviços para satisfazer uma clientela. Como resultado, há muitos que estão procurando líderes do seu agrado, que não dizem o que é necessário, mas tão somente o que seus adeptos querem ouvir (II Tm. 4.3). Algumas igrejas evangélicas estão vivendo a partir da pesquisa de mercado, a fim de aumentar o número de convencidos, pastores descompromissados com a palavra estão fazendo concessões com a verdade. A liderança do Senhor deve estar ciente de que prestará contas ao próprio Deus, o Supremo Pastor, a respeito de como conduziram o rebanho dEle (I Pe. 5.1-3).
2. UM CONSELHO PARA OS MINISTROS DO SENHOR
Determinados líderes são demasiadamente centralizadores, principalmente no contexto assembleiano, que favorece esse estilo de liderar. Mas esse modelo não é recente, Moisés, mesmo sendo chamado por Deus para guiar o povo, fracassou nesse particular. Jetro, seu sogro, veio do oriente para visitá-lo. Destacamos, a princípio, uma virtude de Moisés, o respeito pelo seu idoso-sogro, indo ao seu encontro, para recebê-lo. Há igrejas que não respeitam mais os idosos, pastores que prestaram serviço à obra, são descartados, e em alguns casos, humilhados. Ainda que não concordemos com o estio de liderança deles, não podemos deixar de prestar a justa reverência, reconhecendo o esforço que eles empreenderam na obra do Senhor. Jetro era sacerdote gentio (Ex. 2.16) e conhecia o Deus vivo e verdadeiro, as orientações de Deus pode chegar de quem menos esperamos. Esse homem piedoso percebeu, naquela visita, que Moisés estava assoberbado de trabalho. Mais que isso, que havia uma tendência centralizadora, ou na melhor das hipóteses, esse não estava delegando tarefas. Talvez isso favorecesse um círculo vicioso, os auxiliares estavam acomodados porque Moisés fazia tudo, que, por sua vez, não atribuía responsabilidades (Ex. 4.13, 23; 18.13-17). O líder do Senhor não percebia que estava conduzindo-se erroneamente na liderança do povo. Por esse motivo é necessário que os pastores se submetam à mentoria, isto é, às orientações de líderes mais experimentados, que possam atentar para a realidade a partir de um ângulo distinto. Isso mostra que Deus pode dar orientações diretamente ao líder, mas pode usar outros, mais experientes, para guia-lo. Para tanto é preciso ter humildade, deixar-se orientar pelo outro, mas também é necessário ter cautela na escolha de um mentor. Com base na percepção de Jetro, Moisés viu que havia trabalho demais para ele, que resultava em cansaço desnecessário. De igual modo, muitos obreiros estão trabalhando demais, isso porque têm receio de perderem o lugar. Há uma síndrome no meio evangélico, que pautada pela política eclesiástica, favorece o produtivismo, fazendo com que muitos pastores se tornem reféns do ativismo. 
3. OS AUXILIARES NA OBRA DO SENHOR
A sugestão de Jetro foi apropriada, recomendando a Moisés que organizasse o campo, de modo a dividir as demandas de trabalho entre os liderados. Haveria líderes de dez, cinquenta, cem e mil, cabendo a Moisés decidir em relação aos casos mais necessários (Ex. 18.19-27). Acontecia, na verdade, uma triagem dos problemas, que seriam resolvidos através da descentralização, respeitando o grau de dificuldade. O objetivo seria evitar que Moises fizesse todo o trabalho, o que na prática seria algo inviável. Na obra de Deus ninguém precisa fazer tudo sozinho, precisamos ser maduros e saber dividir atribuições com outros. Existem vários livros disponíveis sobre liderança no mercado livreiro, e que podem ser consultados pelos líderes cristãos. Alguns deles partem de uma cosmovisão bíblica e são bastante úteis se aplicados com critérios, respeitando as especificidades das tarefas a serem desempenhadas. No entanto, conforme já destacamos anteriormente, não podemos esquecer que estamos trabalhando para o Senhor. Por isso, aqueles que lideram na casa de Deus não precisam apenas de técnicas, devem ser pessoas de caráter. O critério não deve ser apenas acadêmico, ou mesmo de competência, os que auxiliam na obra devem ser “homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborreçam a avareza” (Ex. 18.21). A igreja primitiva teve esse cuidado na escolha dos diáconos, daqueles que iriam servir as mesas, esses deveriam, sobretudo, serem cheios do Espírito Santo (At. 6.1-7). Há aqueles que, nos dias atuais, criticam a liderança espiritual na igreja, mas esta tem amplo respaldo bíblico. Ao invés de censurar os obreiros de Deus, que são dádivas para a edificação do Corpo de Cristo (Ef. 4.11), devemos orar por eles. De fato existem líderes que, como os fariseus do tempo de Jesus, põem fardos pesados sobre o povo, que nem eles mesmos são capazes de carregar (Mt. 23.2-4). Mas isso não deve ser motivo para generalizações, devemos reconhecer que existem líderes sinceros, que ao invés de sobrecarregar o povo, os alivia espiritualmente, seguindo o exemplo de Jesus (Mt. 11.28-30).
CONCLUSÃO
É preciso ponderar se estamos trabalhando para o Deus da obra ou simplesmente para a obra de Deus. Como despenseiros de Deus, e líderes cristãos, devemos fugir da liderança centralizadora, principalmente opressora. Para tanto, precisamos perder o medo de delegar tarefas, sobretudo, da síndrome da invisibilidade. Há pessoas que têm receio de não serem vistas, por isso se tornam escravas do ativismo. Uma liderança genuinamente cristã se baseia no serviço, e na convicção de que estamos trabalhando para Deus e é Ele mesmo quem avalia e aprova nosso desempenho, não os índices meramente humanos (II Tm. 2.15).
BIBLIOGRAFIA
MACKINTOSH, C. H. Estudos sobre o livro do Êxodo. Diadema: DLC, 2012.
WEIRSBE, W. W. Exodus: be delivered. Colorado Springs: David Cook, 2010. 

Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
 



quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

ELEIÇÃO PARA DIRETOR E VICE-DIRETOR DO CAMPUS DA UERN/ASSU OCORRE NESTA QUINTA-FEIRA



Será nesta quinta-feira (20) a eleição para escolha do novo diretor e vice-diretor do Campus Avançado ‘Prefeito Walter de Sá Leitão’, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), em Assú.

A votação com apenas um nome para os respectivos cargos em disputa, se dará das 8h às 22h no Campus Avançado Walter de Sá Leitão e nos horários de funcionamento dos Núcleos Avançados de Educação Superior de João Câmara e Macau.

Os candidatos aptos ao voto dos discentes, técnico-administrativos, ASDs e docentes são as professoras Marlucia Barros Lopes Cabral e Francileide Batista de Almeida Vieira, concorrendo nas posições de diretor e vice-diretor, respectivamente.
                        
Fonte: Blog de Alderi Dantas

sábado, 15 de fevereiro de 2014

LIÇÃO 7 OS DEZ MANDAMENTOS DO SENHOR

INTRODUÇÃO

Na aula de hoje estudaremos os Dez Mandamentos, ou o Decálogo, que foram proferidos por Deus no Sinai (Ex. 20.1), e escritos em duas tábuas de pedra (Ex. 31.18). Atentaremos, durante a lição, para os enfoques diferenciados desses enunciados divinos. Inicialmente, a relacionamento do ser humano com o único e verdadeiro Deus, em seguida, a observância do sábado, do respeito aos pais, e ao valor da vida humana. Ao final, ressaltaremos a importância que deve ser dada ao casamento, à verdade e a necessidade de controle dos desejos.


1. O ÚNICO E VERDADEIRO DEUS

O Deus da Bíblia é único e verdadeiro (Ex. 20.1-3), não por acaso a expressão “O SENHOR teu Deus” é repetida cinco vezes nessa passagem (Ex. 20.2,5,7,10,12). Esse Deus não pode ser desconsiderado, as palavras que Moisés está expressando são da autoria do Deus de Israel. É a respeito desse Deus que o povo deve testemunhar perante as nações (Sl. 115). Por isso, a cada manhã o judeu fiel declara: “Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR” (Dt. 6.4). Somente Ele é digno de adoração, não pode haver espaço para os ídolos no coração daqueles que servem a Deus (Ex. 20.4-6). Ele mesmo declarou pelo profeta Isaias: “Eu sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura” (Is. 42.8). Os cristãos precisam ter cuidado com a idolatria, pois ela conduz à imoralidade, desumaniza e escraviza (I Co. 10.10-22). Por esse motivo o Deus de Israel ordenou que Israel destruísse os ídolos ao chegarem à terra prometida (Dt. 7.1-11). Essa advertência serve para nós hoje, João admoesta a igreja de Jesus: “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos” (I Jo. 5.21). Existem muitos ídolos nas igrejas, não apenas os de pedra ou mármore, mas também os de carne e osso. Muitas igrejas adoram seus ícones evangélicos, pastores e cantores, outros adoram o dinheiro, o império de Mamon, e não poucos adoram a eles mesmos. O nome de Deus deve ser honrado, pois Seu nome representa Sua própria natureza (Ex. 20.7). Por isso, como ensinou Jesus em Sua oração: o nome de Deus deve ser santificado, ou melhor, todos devem reconhecer que Ele é santo (Mt. 6.9). O nome de Deus tem sido profanado nos dias atuais, inclusive no meio dos evangélicos, alguns transformam o Deus Vivo e Verdadeiro, em um ídolo, um instrumento para satisfação pessoal. Ao invés de buscarem a face de Deus, muitos se interessam apenas pelas Suas mãos. Há aqueles que querem transformar Deus em um botão, o qual apertam, a fim de satisfazerem seus desejos egoístas.


2. O SÁBADO, OS PAIS E A VIDA

A palavra sábado, em hebraico, é sabbath, e diz respeito ao descanso, o povo de Israel já observava esse dia, antes mesmo da instituição legal (Ex. 16.23,25). Isso porque o fundamento para o sábado estava já na criação (Gn. 2.1-3), o próprio Deus descansou. Esse era um sinal especial entre Deus e Israel, específico para aquela nação, como parte do Pacto (Ex. 31.12-17; Ne. 9.13-15; Ez. 20.12,20). Mas o princípio do descanso deve ser considerado pelos cristãos, as pessoas não foram criadas para trabalharem ininterruptamente. O materialismo moderno, e a ganância que prevalece, tem feito muitos se sacrificarem, e sacrificam também suas famílias, deixando de investir no descanso (Cl. 2.16,17; Gl. 4.1-11; Rm. 14.1-15.7). A igreja primitiva separou o domingo, o primeiro dia da semana para observância, tendo em vista que nesse dia o nosso Senhor Jesus ressuscitou (Jo. 20.19,26; At. 20.7; I Co. 16.2). Outra instrução de Deus, no Decálogo, está relacionada à honra aos pais (Ex. 20.12). Os israelitas foram orientados a respeitarem os pais, a cuidar deles, mesmo na velhice (Ex. 21.15,17; Lv. 19.3,32; Dt. 27.16; Pv. 1.8; 16.31; 20.20; 23.22; 30.17). Nos dias atuais, marcados pela coisificação das pessoas, há quem deseje descartar os mais velhos. Alguns filhos desrespeitam seus pais, outros chegam mesmo a abandoná-los. Paulo instrui os filhos a honrarem os pais, sendo esse inclusive um mandamento com promessa de vida longa (Ef. 6.1-3; I Tm. 5.1,2). A partir de Ex. 20.13, devemos destacar o valor da vida humana, considerando que essa é uma dádiva de Deus. Fomos feitos Sua imagem e semelhança, portanto, o homicídio é uma transgressão, um pecado que deveria ser punido (Gn. 1.26,27; 9.6). Esse mandamento não proibia o povo de Israel de ir à guerra, mas de cometer assassinatos (Ex. 22.2; Mt. 5.21-26). Nós, os cristãos, devemos ser promotores da vida, opondo-nos à cultura da morte. Por esse motivo, não podemos defender práticas como o aborto e a eutanásia (Rm. 13). A vida, por ser uma dádiva de Deus, é digna de ser preservada. As pessoas não podem ser descartadas, como se fossem objetos.


3. O ADULTÉRIO, A VERDADE E OS DESEJOS

O casamento é uma instituição divina, por isso não poderia ser destruído por causa do adultério, que deveria ser punido com a pena capital (Lv. 20.10; Dt. 22.22). A família é a célula-mater da sociedade, quando essa é solapada, as consequências são drásticas. A orientação contra o adultério é importante porque esse é revelado como defraudação (I Ts. 4.1-8), não apenas em relação ao cônjuge, mas também para quem o comete (Pv. 6.20-35). Aqueles que estão envolvidos nesse tipo de pecado devem se arrepender, e buscar o perdão de Deus, antes que seja tarde (I Co. 6.9-11; Jo. 8.1-11). Deus perdoou o pecado de adultério de Davi, restabelecendo-o a uma vida espiritual plena (II Sm. 12.13,14; Sl. 51). O adultério, como ensinou Jesus, começa no coração, na intenção impura, instigado pelo olhar (Mt. 5.27-30). Deus também orientou o povo de Israel quanto ao respeito à propriedade pessoal (Ex. 20.15). A terra é propriedade de Deus, os israelitas deveriam ser apenas mordomos (Lv. 25.2, 23, 38), e a Ele deveriam prestar contas. As pessoas que detêm grandes propriedades de terra, sem torna-las produtivas, devem refletir a respeito dessa instrução. O governo precisa investir em uma reforma agrária com amplitude, não apenas distribuindo terra, mas também criando oportunidades para seu cultivo. A riqueza é produzida, de acordo com Ef. 4.18, através do trabalho, recebendo herança e furtando os outros. Que o Senhor nos livre do enriquecimento ilícito, e que ninguém, ao prosperar por meios escusos, venha a dizer que foi “benção de Deus”. Em prosseguimento aos mandamentos, destacamos a importância da verdade aos olhos de Deus. Em Ex. 20.15, há uma orientação quanto ao perigo do falso testemunho, os cristãos não podem mentir, principalmente diante de um tribunal. No Antigo Pacto, aqueles que davam falso testemunho deveriam ser punidos com a morte (Dt. 17.6-13). É preciso também controlar os desejos, a cobiça é um pecado grave (Ex. 20.17). Ao invés de desejar o que não nos pertence, ou ser tomado pela ganância, devemos exercitar o contentamento (Fp. 4.11-13; Hb. 13.5).


CONCLUSÃO

Os mandamentos de Deus são eternos, seus princípios são considerados ainda hoje. As leis de muitos países estão fundamentadas nos enunciados de Deus que foram dados a Moisés. Como cristãos, devemos viver a partir desses princípios. No entanto, devemos lembrar que toda lei pode ser resumida no amor a Deus e ao próximo (Lv 19.18; Mt. 22.34-40). O amor é o cumprimento da lei (Rm. 13.8-10), é o amor a Deus, e ao próximo, que nos conduz à obediência (Gl. 5.22-26; Rm. 5.1-5).


BIBLIOGRAFIA

COLE, R. A. Êxodo: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1981.
WEIRSBE, W. W. Exodus: be delivered. Colorado Springs: David Cook, 2010.
Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Os 5 Paises + da Classificação da Perseguição Religiosa

Em 2014, três países novos entraram na lista que
classifica as nações de acordo com o grau de intolerância para com
aqueles que seguem a Cristo. No vídeo a seguir, conheça esses e os cinco
lugares onde os cristãos são mais perseguidos


Atualmente, mais de 100 milhões de cristãos são
perseguidos por causa de sua fé em Jesus. Aqueles que seguem a Cristo
enfrentam a oposição de seus governos, sociedades e até parentes em,
pelo menos, 60 nações. Isso faz com que os cristãos sejam o grupo
religioso mais perseguido do mundo.

Em média, 100 indivíduos cristãos perdem sua vida a cada mês em razão de sua fé em Jesus Cristo.

A Classificação da Perseguição Religiosa lista os 50 países onde há mais
pressões contra os cristãos. Atualizada anualmente, com base nas
pesquisas da Portas Abertas Internacional, para a obtenção do resultado
são consideradas as leis no país, a postura das autoridades, da
sociedade e da família em relação aos cristãos, aos novos convertidos e à
Igreja, no geral. Um questionário cobrindo esses aspectos determina a
posição do país na Classificação.

Saiba mais em Cristãos Perseguidos.

FontePortas Abertas Brasil

Frente Parlamentar Evangélica projeta um crescimento de 30%


Frente Parlamentar Evangélica projeta um crescimento de 30%
De acordo com pesquisas recentes do IBGE, os evangélicos representam atualmente 22% de toda a população brasileira. O crescimento dessa parcela da sociedade tem se refletido também na política, sobretudo com o considerável aumento de políticos ligados a denominações religiosas em cargos eletivos.
Para as próximas eleições, a projeção feita pela Frente Parlamentar Evangélica da Câmara dos Deputados é de que deputados ligados a denominações protestantes ocupariam em torno de 100 das 513 cadeiras da Câmara a partir de 2015, representando um crescimento de 30% em relação dos números atuais.
Segundo a Agência Estado, tal opinião em relação ao crescimento da representatividade dos evangélicos na Câmara é compartilhada também por especialistas, que afirmam que tal segmento social nunca teve tanta força no país.
O presidente da Frente Parlamentar Evangélica, deputado João Campos (PSDB-GO), comentou o assunto afirmando que a atuação cada vez maior dos evangélicos no campo da política vai ajudar a impulsionar a expansão da bancada.
Fonte: Gospel Mais

sábado, 8 de fevereiro de 2014

LIÇÂO 6 A PEREGRINAÇÃO DE ISRAEL NO DESERTO ATÉ O SINAI


INTRODUÇÃO
Após a travessia do Mar Vermelho o povo de Israel prosseguiu sua jornada pelo deserto, passando pelo Sinai. Na aula de hoje extrairemos algumas lições espirituais a partir desse trajeto, destacando a importância da dependência em Deus, mesmo nas adversidades. Antes demonstraremos o percurso seguido, enfocando o período que o povo permaneceu diante do Monte Sinai. A principal instrução que retiramos dessa caminhada é o foco na maturidade, cientes de que Deus está interessado não apenas em nosso êxito, mas, sobretudo, em nossa maturidade, para tanto, não nos poupará de situações desagradáveis.

1.  A PEREGRINAÇÃO DE ISRAEL PELO DESERTO
A vida é composta de altos e baixos, de vitórias e derrotas, cantamos, e logo em seguida, pranteamos. Ninguém está isento de passar por adversidades, a caminhada do cristão é sempre desafiadora (Jo. 16.33). Na escola de Deus a prova vem antes, e o aprendizado somente depois. Para alcançarmos maturidade precisamos focar menos em nós mesmos, e mais em Deus. O povo de Israel, ao longo da jornada, estava preocupado em o que comer ou beber (Ex. 15.22-27). A ansiedade em relação ao futuro é uma demonstração de falta de maturidade espiritual. Jesus ressaltou que os gentios, e não aqueles que têm fé, são os que vivem demasiadamente preocupados (Mt. 6.21, 25-33). Deus sabe quais são nossas necessidades, Ele está atento ao que precisamos, mas, às vezes, somos conduzidos pela ganância, esquecemos-nos de orar pelo pão de cada dia (Mt. 6.11), e deixamos de exercitar o contentamento (Fp. 4.11). Além disso, como aconteceu com os israelitas, nos deparamos com as águas amargas. E não podemos murmurar, pois assim seremos reprovados pelo Senhor (Tg. 1.12-18; Hb. 12.1-11). O povo de Israel reclamava com facilidade, demonstrando, assim, falta de confiança em Deus (Ex. 16.1-12; Nm. 14.2; 16.41; 17.1-10; Dt. 1.27; Sl. 78.17). Mas o povo não se queixou apenas pela falta de água potável, angustiou-se também pela falta de alimentação. Os israelitas se voltaram para o passado, lembrando-se das “panelas de carne” do Egito, e do alimento que tinham em abundância (Ex. 16.3). O Deus de Israel, no entanto, é Aquele que supre as necessidades, disse que à tarde teriam carne para comer (Ex. 16.8) e pela manhã choveria pão do céu (Ex. 16.4). Os seguidores de Cristo devem priorizar o reino de Deus, e a sua justiça, o essencial para a subsistência será providenciado pelo Senhor (Mt. 6.33). O Deus que forneceu o maná no deserto, para os hebreus, também deu instruções, para que o povo depositasse sua confiança nEle, por isso o alimento deveria ser guardado apenas para o dia (Ex. 19.21), com uma provisão suficiente para o sábado (Ex. 16.23).

2. ISRAEL DIANTE DO MONTE SINAI
A chegada do povo de Israel ao Monte Sinai foi um cumprimento da profecia do Senhor, entregue através de Moisés (Ex. 3.12). Os israelitas estavam diante do Monte de Deus, e ali permaneceriam pelos próximos onze meses. Moisés subiu o monte para ter um encontro pessoal com Deus. Aquele foi um momento singular não apenas para Moisés, mas para todo o povo. Mas antes o povo caiu no pecado da idolatria, ao se prostrarem diante de um bezerro de ouro (Ex. 32.1-8,25). Atrelado à idolatria estava a promiscuidade, uma desonra aos olhos do Deus de Israel. Os cristãos devem ter cuidado para não cair no mesmo erro dos hebreus, devem fugir do pecado da idolatria, para não deixar de dar glória a Deus (I Co. 10.7). Para tanto, devem lembrar que são propriedade de Deus, escolhidos para viver em santificação (Ex. 19.5), também viver em santificação, como sacerdotes do Senhor (Ex. 19.6). Em Cristo somos, agora, uma nação santa, povo adquirido, retirado das trevas para viver na luz do evangelho (Ex. 19.6; I Pe. 1.15; 2.5,9). Como povo separado para o Senhor, precisamos viver dignamente, distanciados do mundo. O povo de Israel também deveria permanecer nas imediações do Sinai, de igual modo precisamos nos aproximar de Deus, pelo vivo caminho preparado por Jesus, no calvário (Hb. 10.20). Ao mesmo tempo em que nos aproximamos, também devemos reconhecer a grandeza do Senhor (Dt. 5.22-27). O Deus dos cristãos é de amor, mas também é fogo devorador (Dt. 4.24; Hb. 12.29), isso deve servir de motivação para uma vida de temor e tremor diante do Senhor (Fp. 2.12).

3. O PECADO DE IDOLATRIA DOS ISRAELITAS
O povo de Israel prometeu obedecer a Palavra do Senhor (Ex. 19.8; 24.3), mas o próprio Deus estava ciente de que tal promessa não seria cumprida (Dt. 5.28,29). Quando Moisés subia o monte, os hebreus ficaram impacientes, o que os conduziu ao pecado. Paciência é uma virtude para aqueles que estão caminhando rumo à maturidade (Sl. 40.1). Por outro lado, aqueles que vivem a partir da natureza pecaminosa, tendem à desobediência, ao distanciamento do Senhor. O povo de Israel mostrou inicialmente essa propensão no Egito, ao se prostrarem diante dos deuses daquela nação (Js. 24.14). Durante a peregrinação pelo deserto, e em decorrência da demora de Moisés, o povo instigou Arão a providenciar um “deus substituto” (Ex. 32.2-6). Eles trocaram a glória do Deus invisível pela imagem de um bezerro, um animal quadrúpede (Sl. 106.19-23). O povo recebeu a recompensa pelo seu pecado, isso porque o pecado traz consequências, o salário do pecado é a morte (Rm. 6.23). A lei da semeadora permanece, o que plantamos é justamente o que colhemos (Gl. 6.7,8). Por isso o povo de Deus precisou ser disciplinado para aprender a obediência, o próprio Moisés, como líder, descontrolou-se, ao quebrar as tábuas da Torah (Ex. 32.19,22). O Senhor não admite conchavos com o pecado, a opção é posta, entre uma vida de santidade ou de pecado. Os bezerros de ouro devem ser destruídos de nossas vidas, não podemos substituir a glória de Deus por uma vida devotada aos ídolos (Ex. 17.1-7). Depois daquele episódio Moisés retornou ao Monte Sinai, onde permaneceu por quarenta dias e noites, jejuando e orando, intercedendo pelo povo. Aqueles que exercem liderança devem manter o equilíbrio, e investirem espiritualmente com vistas ao crescimento dos seus liderados. Precisamos permanecer em contato com o Senhor, sobretudo dando o exemplo na comunhão com Deus (Nm. 12.1-8; Dt. 34.10). Também não podemos perder o equilíbrio emocional diante da rebeldia, antes devemos disciplinar com amor e orar para que as pessoas se voltem para Deus (Ex. 32.30-34; 34.28; Dt. 9.18-20).

CONCLUSÃO
Como o povo de Israel estamos todos em uma peregrinação, caminhando pelos desertos da vida. O Senhor tem nos dado Sua revelação, através da Palavra escrita, mas também em Cristo, o Verbo que se fez carne (Jo. 1.1,2; Hb. 1.1,2). Como povo separado de Deus, escolhido para viver em obediência, sobretudo em amor ao Senhor, devemos fugir da idolatria (I Jo. 5.21). Enquanto estivermos em direção à terra prometida, devemos aprender a confiar no Senhor, e a depender da Sua providência, contentes com o que Ele nos tem dado (Hb. 13.5).

BIBLIOGRAFIA
SWINDOW, C. R. Moisés: um homem dedicado e generoso. São Paulo: Mundo Cristão, 2000.
WEIRSBE, W. W. Exodus: be delivered. Colorado Springs: David Cook, 2010
Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa

domingo, 2 de fevereiro de 2014

LIÇÂO 5 A TRAVESSIA DO MAR VERMELHO

INTRODUÇÃO
Após a saída do Egito, os israelitas experimentaram um grandioso milagre de Deus. Em um momento crucial Deus abriu o mar, permitindo que o povo ultrapassasse tal desafio. Na aula de hoje estudaremos a respeito desse feito, atentando para algumas aplicações relacionadas à vida cristã. Inicialmente destacaremos a necessidade da fé, mesmo diante das adversidades, em seguida, a importância da confiança em Deus. Ao final, o reconhecimento da providência do Senhor, expressado na adoração.

1. A NECESSIDADE DA FÉ EM DEUS
A celebração da Páscoa foi apenas a preparação para algo maior que Deus haveria de mostrar ao Seu povo. A vida daqueles que servem ao Senhor está repleta de surpresas, por isso há sempre algo mais pelo que esperar. Isso acontece porque a maturidade não é alcançada de uma hora para outra, precisa de tempo para ser forjada. De igual modo, a fidelidade a Deus é resultado de uma vida de experiências, todas elas fundamentadas na obediência à Palavra de Deus. Somente quando estamos dispostos a nos dobrar diante das coisas que não vemos, e depositamos nossa fé em Deus, podemos atestar que amadurecemos (Hb. 11.1-6). É a fé que nos conduz pelo caminho estabelecido por Deus, que nos leva a cantar com o salmista: “guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome” (Sl. 23.3). A aceitação do caminho de Deus é uma atitude de rendição, de desistência dos nossos projetos, em favor das orientações do Senhor. Os israelitas receberam do Senhor as diretrizes precisas a partir das quais deveriam se orientar (Ex.  13.17,18). Eles deveriam chegar até o Monte Sinai, para tanto precisariam seguir pelo trajeto mais longo. O percurso mais rápido dificultaria a peregrinação, considerando que havia acampamentos egípcios por toda parte. Somos tentados a perseguir os atalhos, mas esse não é o plano de Deus, a fim de conduzir-nos à maturidade, nos fará, não poucas vezes, seguir por onde não desejávamos ir. Algumas portas serão fechadas, as vias se tornarão íngremes, e a estrada sinuosa, mas Deus sempre nos mostra uma saída, a fim de nos dirigir ao Seu propósito (At. 16.6-10; II Co. 2.12,13). Ele não nos deixa sozinhos, antes segue adiante, mostrando por onde deveremos trilhar (Ex. 13.20-22). Deus guiou o povo de Israel através da coluna, de igual modo, nos orienta pela Palavra, e pelo Espírito Santo (Ef. 1.15-23; Jo. 16.12,13).

2. A CONFIANÇA EM DEUS DIANTE DO MAR
Depois que saiu do Egito, o povo acampou diante do mar, aos olhos da nação aquele era um grande desafio. Faraó, insatisfeito com a fuga dos israelitas, e com o coração endurecido, decidiu persegui-los (Ex. 14.5). De repente os hebreus tiraram os olhos da coluna de fogo, que significava a presença de Deus, e olharam para trás onde estava Faraó e seu exército. Em consequência disso, perderam o foco e se tornaram alvo das ameaças do inimigo. Isso também pode acontecer com aqueles que seguem a Cristo, a falta de foco pode os distanciar do percurso, fazendo com que olhem para trás (Lc. 9.62). De vez em quando somos tentados, como os israelitas a confiar apenas no que vemos, mas não podemos esquecer que vivemos por fé, e não por vista (II Co. 5.7). Devemos proceder como Moisés, que diferentemente do povo, confiou em Deus, sabendo que o exército de faraó não representava uma ameaça (Ex. 14.13-31). Certamente o povo estava murmurando, por isso Moisés ordenou ao povo que se calasse, e confiasse que Deus pelejaria por eles (Ex. 14.14,15). O Deus de Israel é o Todo-Poderoso, Aquele que diz: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus” (Sl. 46.10). Quando Moisés ergueu a vara, as águas do mar se dividiram e Israel pode atravessar em terra seca, escapando do exército egípcio. Essa foi uma demonstração a fim de que os inimigos do povo viessem a reconhecer que Yahweh era o Senhor (Ex. 14.18). Esse milagre aconteceu depois que Moisés estendeu a mão, e Deus enviou um forte vento que abriu o caminho para que o povo passasse no meio do mar (Sl. 77.16-20). A confiança em Deus nos lança para além dos nossos temores, é a falta de fé que nos faz fraquejar diante das adversidades (Mc. 4.40). Na teologia paulina, a travessia dos israelitas pelo mar tipifica um batismo, pois Israel ficou submerso naquelas águas (I Co. 10.1,2). Aquela experiência marcou aquele povo, que passou a confiar no Senhor e em Moisés (Ex. 14.31). É uma pena que alguns cristãos precisem ver os milagres de Deus para confiarem no Seu poder. Existem promessas nas Escrituras em relação às intervenções divinas, inclusive na natureza. A fé do cristão, no entanto, deve permanecer alicerçada na Palavra, ainda que não vejamos coisa alguma admirável aos nossos olhos (Hc. 3.17-19).

3. CELEBRANDO AO DEUS QUE LIBERTA
A travessia dos israelitas pelo mar foi um batismo que identificou o povo com o Deus de Abrãao, Isaque e Jacó, resultando em parte da confissão de fé daquela nação (Dt. 26.1-11). Esse acontecimento inspirou-os a cantar um hino de louvor e adoração ao Senhor (Ex. 15.1-21). É fácil cantar louvores a Deus quando tudo acontece de acordo com nossas vontades. A maturidade do crente se revela em sua disposição para adorar a Deus mesmo a noite (Jó. 35.10; Sl. 42.8; Mt. 26.30; At. 16.25). É nessas horas que demonstramos nosso compromisso com Ele, e que não estamos apenas olhando para Suas mãos, antes para Sua face. Por meio de um hino, os hebreus anunciaram a vitória de Deus (Ex. 15.1-4), isso porque o exército egípcio foi lançado ao mar, os soldados afundaram feito pedra e chumbo (Ex. 15.5,10). O Deus de Israel é “homem de guerra” que não luta com armas comuns, pois Suas narinas dividiram as águas. Essa é um antropomorfismo, ressaltando a grandeza de Deus, que mantem a natureza em Suas mãos (Ex. 15.6-10; Mc. 4.35-41). De fato, quem pode ser equiparado a esse Deus, Ele é incomparável entre outros deuses, Sua presença atemoriza os inimigos (Ex. 15.11-14). Precisamos reafirmar, com louvores, a singularidade do Deus que se revela na Bíblia (Jo. 14.6; At. 4.12). A exaltação de Deus, através desse hino (Ex. 15.11-16), deve inspirar os compositores evangélicos a melhorarem a qualidade das suas composições. Isso porque nos arraiais eclesiásticos existem muitos hinos que se distanciam da Palavra de Deus, com letras predominantemente antropocêntricas, que adora mais aos homens do que a Deus. Devemos aprender, com o povo de Israel, a celebrar ao Senhor pelo Seu poder, sabedoria e grandeza (Ex. 15.12-14). Ele é o Deus que cumpre com as Suas promessas, tirando os hebreus do Egito, conduzindo-os a Canaã (Ex. 15.16-18). Os feitos de Deus devem inspirar nossos hinos, e como o salmista, declaramos que: “as águas cobriram os seus opressores; nem um deles escapou. Então creram nas suas palavras e lhe cantaram louvor” (Sl. 106.11,12).

CONCLUSÃO
Deus livrou o povo de Israel, abrindo o mar para que esse passasse, livrando-o de uma grande adversidade. Na vida cristã passamos por situações difíceis (Jo. 16.33), mas não podemos perder a fé e a confiança em Deus (Hb. 11.6). Quando o Senhor estender a Sua mão, como fez para salvação dos hebreus, reconheçamos Seu atos poderosos, celebrando-O com louvor e adoração (Lv. 22.29). Também precisamos aprender a esperar no Senhor (Sl. 40.1), e quando as coisas não acontecerem do jeito que desejávamos, não devemos murmurar (Fp. 2.14), antes depender de Deus, certos de que Ele está no comando de nossas vidas (Mt. 10.30; Lc. 12.7).

BIBLIOGRAFIA
BRUCKNER, J. K. Exodus. Massachussetts: Baker Books, 2008.
WEIRSBE, W. W. Exodus: be delivered. Colorado Springs: David Cook, 2010. 

Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa