quinta-feira, 21 de março de 2013

LIÇÃO 12 ELISEU E A ESCOLA DOS PROFETAS

INTRODUÇÃO
O ensino sempre teve papel primordial na cultura judaico-cristã, a palavra de Deus sempre ocupou lugar primordial na instrução, desde a infância. Por isso, na aula de hoje, trataremos a respeito desse importante ministério eclesiástico. Mostraremos, a princípio, a relevância da Escola dos Profetas nos tempos de Eliseu. Em seguida, apontaremos os fundamentos bíblicos para o ensino da igreja. Ao final, destacaremos a necessidade do ensino sistematizado da Bíblia na Igreja local.
1. A ESCOLA DOS PROFETAS
A escola dos profetas, ao que tudo indica, teria sido o primeiro seminário teológico dos tempos bíblicos. Essa escola teria sido organizada por Samuel, que acumulou o ministério de profeta, sacerdote e Juiz (I Sm. 10.5; 19.20). Elias e Eliseu foram os responsáveis pela consolidação da escola dos profetas, a contribuição deles fez com que essa escola funcionasse como resistência à apostasia que havia se estabelecido no reino do norte (II Rs. 2.3; 4.38; 6.1). A escola dos profetas estava fundamentada no ensinamento bíblico, por isso, as instruções eram tanto morais quanto espirituais. Não era uma escola apenas para dotar os alunos com conhecimento, mas, sobretudo, para que esses tivessem uma profunda experiência com Deus. Os profetas não aprendiam apenas conteúdo bíblico, eles também eram inseridos no sobrenatural, nos milagres de Deus. A escola dos profetas foi estabelecida em Ramá, e provavelmente, em Gibeá (I Sm. 19.20; 10.5,10).  Centros de estudos também estavam espalhados em Gilgal, Betel e Jericó (II Rs. 4.38; 2.3,5,7,15; 4.1;  9.1). Cerca de cem estudantes faziam parte da escola dos profetas comandada por Eliseu em Gilgal (II Rs. 4.38,42,43). Quando Elias e Eliseu foram ao rio Jordão encontrava-se com eles cinquenta estudantes da escola dos profetas (II Rs. 2.7,16,17). O estilo de vida deles era em comunidade, em uma casa comum, na companhia dos profetas (II Rs. 6.1). Alguns deles eram casados e tinham filhos (II Rs. 4.1) e acompanhavam os homens de Deus, por isso eram chamados de filhos dos profetas. A escola dos profetas dava também aos estudantes uma formação musical, a fim de que pudessem oferecer ao Senhor música de qualidade para a adoração a Deus (I Sm. 10.5).
2. FUNDAMENTOS CRISTÃOS PARA O ENSINO NA IGREJA
O ensino bíblico-teológico sempre teve relevância na igreja cristã, não podemos esquecer que a Grande Comissão destacava a necessidade de fazer discípulos, e de ensiná-los a Palavra de Deus (Mt. 28.20). Os próprios mestres, aqueles que ensinam na igreja, são dádivas de Deus, e portanto, devem ser considerados como ministros do Senhor (Ef. 4.11). A ausência de ensinamentos bíblicos bem fundamentados é danosa para a igreja, já que possibilita a entrada de falsos mestres, e a manifestação da apostasia (Hb. 6.1). Por isso Paulo orienta o jovem pastor Timóteo para que esse invista no ensino, que escolha mestres para ensinaram e repassarem a mensagem às novas gerações (II Tm. 2.2). Tais pessoas devem se esmerar no ministério do ensino, ou seja, a ele se dedicarem (Rm. 12.7). Elas devem ensinar não apenas com palavras, mas também com o exemplo (At. 12.25). Paulo é um modelo de mestre na Palavra, um homem que não se esquivou de ensinar os decretos de Deus (At. 20.20). Não por ocaso conclamava seus ouvintes e leitores a serem seus imitadores (I Co. 4.15; 11.1; Fp. 3.17). Mas o maior Ensinador foi o próprio Jesus, reconhecido como Mestre da parte de Deus (Jo. 3.2). Aqueles que O ouviam ficavam pasmos diante dos seus ensinamentos, com a autoridade com a qual falava (Mt. 7.28,29). As pessoas se dirigiam a Ele com o título de Rabi, mestre (Mt. 26.15,49; Mc. 9.5; 11.21; Jo. 1.38,49; 4.31; 9.2; 11.8). Jesus mesmo se reconhecia como tal (Mt. 23.8; Jo. 13.13). Seu ensino era eficaz, por isso muitos se maravilhavam (Jo. 7.46), também dos seus feitos, associados ao ensino (At. 1.1,2). Seus ensinamentos partiam de temas simples do cotidiano, recorria com frequências às parábolas (Mt. 22.1); indagações (Mt. 22.46), discursos (Mt. 5-7), citações (Mt. 5.18; 22.41-45; Lc. 24.27)  e símbolos (Jo. 13.4-7; Mc. 6.11). Os temas tratados por Jesus em seus ensinamentos eram: Deus (Mt. 22.34-40); Ele mesmo (Jo. 8.42; 8.58; 16.28); o Espírito Santo (Jo. 3.5; 7.38,39; Mt. 12.27,28; 14.16,17); as Escrituras (Mt. 5.18; Mc. 2.1,2; Mt. 7.13; Jo. 17.17); a vida cristã (Jo. 5.24; 6.35; 8.12; 14.6; 11.25; 17.17; Mc. 12.30,31); o Reino de Deus (Lc. 17.17; Mt. 6.10; 4.23); a igreja (Mt. 16.18);  e a escatologia (Mt. 12.30,31; Jo. 10.28).
3. A IMPORTANCIA DO ENSINO SISTEMÁTICO DA BÍBLIA
A igreja cristã não pode fugar da responsabilidade do ensinamento sistemático da Bíblia. Ciente da importância desse ministério, muitas igrejas fundaram universidades e investiram maciçamente na educação. Nesses últimos anos a igreja se distanciou dessa tarefa, e o secularismo ganhou espaço. O ideal seria que as igrejas evangélicas tivessem suas escolas confessionais, a fim de instruírem as crianças, desde cedo, na palavra de Deus, sem desconsiderar a formação enciclopédica, com vistas à formação profissional. Por menor que seja uma igreja local, ela é a principal responsável pela instrução dos seus fiéis na palavra de Deus. Os cultos de instrução (ou doutrina) devem ser valorizados, os pastores precisam separar tempo necessário para a exposição da Palavra de Deus. As escolas dominicais merecem maior atenção, atentado inclusive para seus espaços físicos. O estudo teológico, outrora tratado com preconceito, deve ser estimulado, pois sem uma formação ortodoxa as pessoas tenderão ao liberalismo. A esse respeito, é preciso reconhecer que não existe apenas um liberalismo racionalista – que nega a revelação em prol da razão, mas também o sentimentalista - que nega a revelação em favor da emoção. O movimento pentecostal, desde o princípio, orientou sua liderança para que obtivesse formação bíblica. Os cursos teológicos eram poucos, tendo em vista o contexto distinto, mas havia escolas bíblicas para obreiros e escolas dominicais. Esperava-se pelo menos que os obreiros tivessem o conhecimento das principais doutrinas da Bíblia. Nesses últimos anos, em virtude da descaracterização do movimento evangélico no Brasil, percebemos a necessidade premente de obreiros com fundamentação bíblica. As escolas bíblicas dominicais, os cultos de instrução e estudos bíblicos precisam ser revitalizados nas igrejas locais. Caso contrário, estaremos fadando as gerações futuras à mediocridade, a falta de fundamentos sólidos, a heterodoxia bíblica, que cedo ou tarde os distanciaram do evangelho.
CONCLUSÃO
A criação da escola dos profetas por Samuel, e o estabelecimento dela através de Elias e Eliseu, deve servir de motivação para investimos no ensinamento bíblico-teológico em nossas igrejas. Para tanto, devemos não apenas repassar conteúdos, mas, sobretudo, oportunizar momentos espirituais, nos quais os nossos alunos possam ter uma experiência profunda com o Senhor. Uma igreja que não investe no ensino não está cumprindo a Grande Comissão, que a de fazer discípulos, e instruí-los na Verdade, que é o próprio Cristo.
BIBLIOGRAFIA
DILLARD, R. B. Faith in the face of apostasy: the gospel according to Elijah and Elisha. New Jersey: P&R, 1999.
RUSSEL, D. Men of courage: a study of Elijah and Elisha. Oxford: Christian Focus, 2011.
Prof. José Roberto A. Barbosa

quinta-feira, 14 de março de 2013

LIÇÃO 11 OS MILAGRES DE ELISEU



Texto Áureo: II Rs. 8.4 – Leitura Bíblica: II Rs. 2.9-14

INTRODUÇÃO
Eliseu, o sucessor de Elias, operou muitos milagres, o fundamento para a realização de tais maravilhas estava no seu relacionamento com Deus. Na lição de hoje mostraremos que Eliseu foi, verdadeiramente, um profeta de Deus. Em seguida, destacaremos os diferentes tipos de milagres por ele realizados. Ao final, enfatizaremos que o Deus, que a fonte genuína dos milagres, continua o mesmo, e, dependendo dos Seus propósitos, pode fazer milagres ainda hoje.
1. ELISEU, UM PROFETA DE DEUS
Eliseu foi um profeta de Deus, seu nome significa “Deus é salvação”, ele era filho de Safate. Ele foi ungido profeta por Elias em Abel-Meolá, enquanto lavrava a terra com doze juntas de boi. Naquele lugar Elias lançou sobre ele o seu manto, passando adiante (I Rs. 19.19). Eliseu serviu Elias até o momento em que este fora transladado da terra. Aquela também foi a ocasião que Eliseu apanhou o manto caído, recebendo, do Senhor, porção dobrada do espírito de Elias, tornando-se, assim, o herdeiro profético do seu senhor (II Rs. 2). Após o translado de Elias, Eliseu passou a ser usado maravilhosamente por Deus, realizando muitos milagres, um dos primeiros foi a separação das águas do rio Jordão, usando o manto do seu mestre (II Rs. 2.14). Isso provavelmente fez com que os discípulos dos profetas reconhecessem publicamente Eliseu como o sucessor de Elias. Logo em seguida Eliseu realizou outros milagres, dentre eles, a dulcificação das águas de Jericó (II Rs. 2.19-22) e o aparecimento de ursos que destroçaram os jovens escarnecedores (II Rs. 2.23,24). Posteriormente o rei de Moabe, que havia pagado tributo ao rei Davi, se revoltou contra Israel, com a pretensão de invadir Israel. Os reis de Judá e Edom seguiram para o deserto, a fim de surpreender o rei de Moabe, mas faltou água. Josafá faz um pedido a Eliseu e este providencia um grande livramento (II Rs. 3.1-25). Não há uma cronologia detalhada na Bíblia da vida de Eliseu, sabemos tão somente que ele morreu no reinado de Joás (II Rs. 13.14). Ele morreu na sua própria casa, depois de sessenta anos de atuação profética, na idade de 90 anos (II Rs. 13.14-19).
2. OS DIFERENTES MILAGRES DE ELISEU
A vida de Eliseu foi marcada por milagres, todos eles com propósitos específicos, delineados pelo Senhor. Isso pode ser percebido na providência e auxílio do Senhor no caso da viúva, cujo marido havia vivido no temor ao Deus de Israel (II Rs. 4.1-7). A pobreza na qual aquela mulher se encontrava motivou o profeta a realizar o milagre para prestar auxílio à viúva desamparada. Elias sempre que possível ficava hospedado em casa de uma piedosa família israelita. A mulher sunamita, que o hospedava, não tinha filhos, sendo isso considerado uma grande desgraça para aquela família. Certo dia o profeta afirmou que Deus reverteria aquela situação, dando filhos àquela mulher (II Rs. 4.8-17). Essa mulher, então, teve um filho, que, após alguns anos, morreu em virtude de um ataque de insolação. A mulher deitou o filho sobre a cama e partiu em busca do profeta, que orou, fazendo com que o menino voltasse a viver (II Rs. 4.26-37). Tempos depois desse acontecimento, houve grande fome em Israel, Eliseu estava em Gilgal, na escola dos profetas. Naquela ocasião colocaram uma planta venenosa na panela, mas o profeta fez com que aquela planta se tornasse inofensiva, a partir da mistura de farinha (II Rs. 4.38-41). Próximo aquele tempo aconteceu outro milagre, o dos vinte pães e algumas espigas de trigo. Em II Rs. 5 há o registro do milagre da cura de Naamã, que era um homem notável na Síria, mas que se encontrava leproso. Ele veio a Israel, por indicação de uma menina judia, para pedir cura, sendo curado por Eliseu. Certa vez um machado emprestado caiu na água, mas Eliseu, vendo a apreensão do momento, recuperou o machado, fazendo com que esse flutuasse na água (II Rs. 6.1-7).Há também o registro de um milagre em que o rei Jeorão acusa Eliseu de ser a causa de suas adversidades, e manda mata-lo. Mas Eliseu tomou as precauções necessárias, e, para não ser morto, realizou um milagre de abundância de alimentos (II Rs. 7).
3. OS MILAGRES DO DEUS DE ELISEU
Eliseu realizou muitos milagres porque Deus era com ele, confirmando seu ministério profético. Cada um daqueles milagres tinha uma razão de ser, Deus tinha propósitos na realização daqueles feitos maravilhosos. Não podemos esquecer-nos desse importante detalhe, caso contrário, transformaremos Deus em um mero “fazedor de milagres”. É perigoso se aproximar de Deus apenas com vistas a realização de milagres. Em muitos contextos evangélicos atuais as pessoas querem apenas a liberação, mas esquecem do Libertador. Deixam de atentar para o fato que o maior milagre é a salvação de uma alma. No Evangelho segundo João lemos que Jesus realizou muitos milagres, mas um deles, geralmente esquecido, é o da libertação da mulher flagrada em adultério. Como pentecostais que somos, acreditamos no poder de Deus, na realização de milagres e maravilhas. Mas é preciso ter cautela para não fazer com que as pessoas se transformem em meros “consumidores” de milagres. No lastro das igrejas pseudopentecostais, corremos o risco de oferecer um produto que, definitivamente, não temos o controle sobre ele. Deus é o Senhor, Ele é soberano, faz como Lhe apraz. Como Ele ainda é o mesmo, podemos testemunhar milagres ainda hoje, mas não podemos, como quis fazer Geazi (II Rs. 5.20-27), tirar vantagens próprias com os milagres de Deus. Essa “síndrome de Geazi” está solapando o movimento evangélico brasileiro. Os milagres estão se tornando um fim em si mesmo, ninguém mais quer pregar salvação e santificação. Estamos testemunhando uma geração de “viciados em milagres”, que não querem ver a face de Deus, apenas as suas mãos.
CONCLUSÃO
Deus realizou grandes e maravilhosos milagres através da vida de Eliseu. Mas todos eles tinham propósitos definidos pelo Senhor, dentro de determinado contexto. Isso nos deixa a lição para que não venhamos a instrumentalizar os milagres em benefício próprio. Toda glória deve ser dada ao Senhor, Ele, e somente Ele, é digno de adoração e louvor. Tenhamos cuidado com os cultos às celebridades, Elias e Eliseu foram servos do Deus Altíssimo, eles passaram, mas a obra do Senhor continua.
BIBLIOGRAFIA
DILLARD, R. B. Faith in the face of apostasy: the gospel according to Elijah and Elisha. New Jersey: P&R, 1999.
RUSSEL, D. Men of courage: a study of Elijah and Elisha. Oxford: Christian Focus, 2011.

Prof. José Roberto A. Barbosa

domingo, 10 de março de 2013

3º CULTO DA MOCIDADE DE TRIUNFO POTIGUAR EM 2013



       Ontem 09 de fevereiro 2013, O Culto de Mocidade da Assembleia de Deus em Triunfo Potiguar/RN foi uma verdadeira “Benção”, o culto foi dirigido pela liderança da mocidade que tem como presidente o Pb. Damião Carlos e o vice-presidente o Dc. Josimar Ribeiro. O trabalho contou com a presença do Pastor João Janúncio e Família da cidade de Florânia/RN com o departamento de mocidade, tendo como presidente o Dc. Zé Roberto e vice-presidente o Aux. Israel. Também contamos com a presença do pregador, o Aux. Amizaday da cidade de São Vicente/RN, ainda marcaram presença alguns irmãos de outras cidades, e de pessoas não crentes. Um grupo de jovens de Florânia apresentou um jogral com o Tema: CONFORMADO? NUNCA! Os jovens louvaram ao Senhor com fervorosos hinos de adoração. Logo após o Aux.  Amizaday pregou a palavra de Deus. A igreja adorava ao Senhor Jesus com muito entusiasmo, externando brados de louvores, línguas estranhas. O Pastor concluiu o trabalho agradecendo a Deus e os presentes pelo maravilhoso culto.
                                                                      Mais Fotos:

 
Conjunto de Florânia
 Aux.Israel
Dc. Josimar Ribeiro

 Jailson

Patrik e Daiane
 Dc. Zé Roberto e Jaiza

Aux. Israel e o Aux. Amizaday
Dc. Josimar Ribeiro e o Dc. Marcos Saraiva  
Monayra Estevam e Hudson Fonseca 





 Aux. Aldemar

Aux. Aminaday
Pastor  João Janúncio
 Pastor Waldemar Thomaz