quinta-feira, 10 de outubro de 2013

LIÇÃO 2 ADVERTÊNCIAS CONTRA O ADULTÉRIO



13 de Outubro de 2013
4º Trimestre de 2013 - CPAD
SABEDORIA DE DEUS PARA UMA VIDA VITORIOSA: A atualidade de
Provérbios e Eclesiastes
Comentários da revista da CPAD: Pr. José Gonçalves
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto

TEXTO ÁUREO
"Bebe a água da tua cisterna e das correntes do teu poço. [...] Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade"
(Pv 5.15,18).
VERDADE PRÁTICA
A melhor prevenção contra o adultério é temer ao Senhor e estreitar os laços do amor conjugal.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Provérbios 5.1-6
  1 Filho meu, atende à minha sabedoria; à minha razão inclina o teu ouvido;
  2 para que conserves os meus avisos, e os teus lábios guardem o conhecimento.
  3 Porque os lábios da mulher estranha destilam favos de mel, e o seu paladar é mais macio do que o azeite;
  4 mas o seu fim é amargoso como o absinto, agudo como a espada de dois fios.
  5 Os seus pés descem à morte; os seus passos firmam-se no inferno.
  6 Ela não pondera a vereda da vida; as suas carreiras são variáveis, e não as conhece.
INTRODUÇÃO:
Dando continuidade ao estudo de temas no livro de Provérbios, estudaremos hoje o que o proverbista fala a respeito do adultério, da infidelidade conjugal, O adultério é frontalmente criticado nos Provérbios, em defesa de uma sexualidade sadia, pautada nas orientações divinas. O diabo tem investido alto na grande missão de tornar o adultério algo comum, normal, aceitável por todos. Na aula de hoje trataremos a esse respeito.
I. CONSELHOS SOBRE A SEXUALIDADE HUMANA
1. Uma dádiva divina. Boa parte dos conselhos de Salomão diz respeito à sexualidade humana. Ele dedicou quase três capítulos do livro de Provérbios para falar sobre o sexo e seus desvios (Pv 5.1-23; 6.20-35; 7.1-27). Nesses provérbios, há dezenas de máximas que nos ensinam muito sobre como estabelecer o parâmetro de um relacionamento saudável. Quando ainda discorria sobre os perigos da infidelidade conjugal, o sábio advertiu: "Porque os caminhos do homem estão perante os olhos do Senhor, e ele aplana todas as suas carreiras" (Pv 5.21). Isto é, Deus considera os caminhos do homem e a forma deste conduzir até mesmo a sua sexualidade, pois se trata de uma criação divina e como tal é uma dádiva do Criador à humanidade. Se o Senhor "aplana todas as nossas carreiras", demonstrando cuidado pelo exercício correto da sexualidade, concluímos não ser o sexo algo mau ou maligno, mas algo honroso e nobre (Hb 13.4; 1 Pe 3.7). Mas ultimamente o que temos visto é banalização do sexo.
O sexo se tornou o deus desta era! Escândalos sexuais envolvendo pastores, padres ou líderes religiosos sempre aconteceram na história das religiões. Isso, portanto, não é nenhuma novidade nem tampouco motivo para admiração. Todavia não podemos negar que relatos em que são denunciados O envolvimento de religiosos, inclusive pastores, em práticas sexuais ilícitas, têm aumentado em escala geométrica. As cifras já alcançam proporções assustadoras.
O que então está havendo de errado com a sexualidade dos evangélicos hoje? De início podemos afirmar, sem medo de errar, que é muito mais fácil pecar hoje do que a anos atrás. A sociedade na qual vivemos é extremamente sexualizada, Com o advento da mídia principalmente a Internet, o acesso ao caudaloso rio da pornografia está à disposição de crianças, adultos e velhos. Evidentemente que as mídias sociais — Orkut, Facebook, e outros, têm potencializado em muito a possibilidade de alguém se prender nas teias da tentação sexual. Não é mais novidade alguma que a Internet se tornou a grande confidente de homens e mulheres que estão vivendo alguma desilusão nos seus casamentos. A porta está escancarada para uma aventura sexual. A mídia explora o corpo como um mero instrumento de satisfação dos desejos. Muitos cristãos estão sendo cooptados pelos valores deturpados a respeito da sexualidade humana. Os seguidores de Freud têm reduzido à sexualidade a um mero instinto animalesco. Por causa disso, cada vez mais as pessoas estão se entregando irresponsavelmente à concupiscência.
2. Uma predisposição humana. Ao iniciar a sua coletânea de conselhos sobre como evitar os laços do adultério, Salomão chama a atenção do seu "filho" para que ouças os seus conselhos e aja em conformidade com estes (Pv 5.1,2). O texto hebraico de Provérbios, nesse versículo, apresenta a palavra ben traduzida em nossas Bíblias como "filho". O mesmo termo ocorre também nas advertências contra o adultério em Provérbios 6.20 e 7.1. A palavra ben pode se referir tanto a um filho biológico quanto a um discípulo. Em todos os casos, a admoestação é dirigida a um ser humano que, como todos nós, está sujeito à tentação! Portanto, a fim de vivermos o gozo da nossa sexualidade nos parâmetros estabelecidos pelo Criador, que é o casamento, ouçamos o conselho do sábio. O sexo, portanto, foi criado por Deus para ser praticado entre um homem e uma mulher, mas somente no casamento. Antes do casamento e fora do casamento é pecado.
O casamento, portanto, é, precisamente, este gesto pelo qual um homem e uma mulher, deixando os seus pais, resolvem estabelecer uma comunhão de vida, a fim  de cumprir o propósito estabelecido pelo Senhor ao ser humano. Estabelece-se, assim, uma aliança entre o homem e a mulher e entre ambos e Deus, a fim de que, por meio desta comunhão de vida, seja cumprido o que Deus exige de cada ser humano sobre a face da  Terra. É, por isso, que Salomão denominará esta situação de “cordão de três dobras” (Ec.4:12) e que Malaquias indicará que, em todo casamento, Deus Se faz testemunha do concerto feito entre os cônjuges (Ml.2:14).
O casamento, portanto, apresenta-se como uma comunhão que homem e mulher estabelecem entre si, na presença de Deus, para cumprirem o propósito estatuído pelo Senhor à humanidade, comunhão esta que estabelece uma aliança, onde um dos aspectos mais relevantes é a fidelidade.
A mesma fidelidade que se exige no relacionamento entre Deus e o ser humano (Gn.2:16,17; 9:2-7; Ex.5:5-8; Dt.28; Mc.16:16)  é igualmente  necessária no relacionamento entre marido e mulher, vez que estão em comunhão de vida, devendo, assim, refletir no seu relacionamento a mesma unidade que se requer entre Deus e o homem (Jo.17:21). Por isso, o casamento foi instituído como uma união entre um homem e uma mulher, ou seja, uma união monogâmica (Gn. 2:24; Mt.19:5; Ef.5:33) e que dure até a morte (Gn.2:24; Mt.19:6; Rm.7:1,2).
SINOPSE DO TÓPICO (1)
A sexualidade humana é uma dádiva de Deus ao ser humano. Ela se manifesta na predisposição do indivíduo em vivê-la no parâmetro do casamento.
II. AS CAUSAS DA INFIDELIDADE
1 Concupiscência. Um fato interessante salta aos olhos de quem lê os conselhos de Salomão contra a mulher adúltera em Provérbios: não há referência ao Diabo em suas advertências! O sábio não responsabiliza o anjo caído pelo fracasso moral dos homens, mas responsabiliza aquele a quem chama de "filho meu". Somos agentes morais livres e temos a liberdade de escolher entre o bem ou o mal. Desejos bons e ruins são inerentes ao ser humano. Não os subestimemos!  Por isso, o sábio aconselha: "Não cobices no teu coração a sua formosura, nem te prendas com os seus olhos" (Pv 6.25; cf. Gl 5.16).
O psiquiatra cristão John White em seu livro O Eros Redimido, há também forças espirituais do mal por trás de todo sexo virtual. Satanás e seus demônios não estão interessados em manter o escravo do vício sexual no anonimato. O alvo é conduzi-lo cada vez mais a diversas formas de perversão sexual até que estas se transformem em alguma forma de crime, quer seja pedofilia, estupro ou adultério. Depois que isso se tornou uma prática dominante, então o alvo dos anjos caídos é levá-lo à escravidão e posteriormente à exposição pública. É por isso que o livro de Provérbios nos exorta a exercermos a nossa sexualidade dentro dos parâmetros do casamento (Pv 5.18-20). Ao escrever sobre a natureza da concupiscência, John White afirmou: “O desejo legítimo dado por Deus se transforma em luxúria no momento em que fizermos dele um deus. Adorar a comida é luxúria. A preocupação neurótica em dormir também. A escravidão às sensações eróticas representa a luxúria sexual”.
2. Carências. Em Provérbios 5.15-17, o sábio lança mão de algumas metáforas para aconselhar como deve ser a vida íntima do casal. A frase "bebe a água da tua própria cisterna" mostra que o sexo não deve ser praticado apenas como um dever de um cônjuge para com o outro (1 Co 7.3), mas como algo prazeroso, assim como o é beber água! Se esse princípio não for observado, um dos cônjuges ficará com a sensação de que lhe falta alguma coisa! Desgraçadamente, muitos vão saciar-se noutra fonte (Pv 7.18), daí o desastre em muitas famílias.
Muitos casamentos fracassam porque são carentes de afeto e amor. O escritor Harry W. Schaumburg, observa que o sexo sem amor, além de gerar um vício sexual, acaba por criar uma  falsa intimidade:' Isso é essencialmente uma ilusão criada pela própria
pessoa para ajudá-la a evitar a dor inerente à intimidade real. A falsa intimidade pode ser tão superficial quanto um marido olhar a esposa e imaginá-la como tendo longos e lindos cabelos castanhos. Algo muito mais profundo encontra-se refletido em sua imaginação. Simplificando, ele deseja mais do que tem e demonstra perceber a falta de algo. A falsa intimidade está sempre presente no vício sexual. A pessoa que é sexualmente revoltada tem um estilo próprio de aversão sexual. O sexo, para ela, é consumidor, pois precisa ser evitado a todo custo. A pessoa que é sexualmente obcecada, por outro lado, vive para o prazer sexual. O sexo também aqui é consumidor, pois precisa ser obtido de qualquer modo”. A intimidade sexual permite que os cônjuges vivam um relacionamento sadio, conforme o plano idealizado por Deus para eles. “Esta é intimidade sexual e relacional que dois cônjuges compartilham dentro de seu matrimônio comprometido e amoroso. As dúvidas sobre si mesmos existem, mas o casal se comunica e se deleita um no outro relacional e sexualmente. Considerando a realidade de um mundo de relacionamentos imperfeitos, ambos os cônjuges enfrentam decepções. Dentro do gozo da intimidade
real, experimentam o temor de se exporem, o medo de abandono, o medo da perda de controle e o medo de seus respectivos desejos sexuais. Em sua expressão sexual, ambos são dependentes do que o outro cônjuge fará e ficam abertos a isso.”
SINOPSE DO TÓPICO (2)
A concupiscência e as carências não supridas na vida do ser humano são algumas das muitas causas da infidelidade conjugal.
III. AS CONSEQUÊNCIAS DA INFIDELIDADE
No livro de Provérbios, o adultério é perigoso porque traz consequências destrutivas para as vidas das pessoas envolvidas (Pv. 5.4-6), pois o adúltero morre por falta de disciplina (Pv. 5.23), ele destrói a si mesmo (Pv. 6.32), e segue como um boi ao matadouro (Pv. 7.22,23). Esses conselhos antecipam as palavras de Paulo, a fim de que os crentes fujam da imoralidade sexual, e para que vivam em santidade (I Ts. 4.7; 5.22). Quando não atentamos para essas instruções, findamos no caminho da ruína, em tristeza e culpa (Pv. 5.11-14). Aquelas pessoas que entram pelo caminho enganoso do adultério convivem com o sentimento de culpa. Essa é uma situação de condenação, que macula um dos princípios fundamentais do relacionamento conjugal: a transparência. Adão e Eva, no ato conjugal, estavam nus, e não se envergonhavam (Gn. 2.25), isso traz uma simbologia, a do pacto entre marido e mulher na sexualidade. Quando essa aliança é quebrada, através do adultério, a parte traidora rompe com esse princípio (I Co. 6.13-20). O resultado é a culpa, que persegue, essa pode ser negada, mas virá através de pesadelos, preocupações, entre outros sentimentos negativos. Não há outra saída, senão a da confissão, ainda que seja doloroso, é o primeiro passo para o arrependimento (Pv. 28.13; I Jo. 1.9). Se esse passo não for dado, o casamento tenderá a ruina, marido e mulher se afastarão ao longo do tempo, o interesse sexual entre ambos arrefecerá, os filhos ficarão com o legado  das escolhas equivocadas. Isso acontece porque o adultério, como todo pecado, não fica impune, por isso se aplica a advertência bíblica: o que o homem plantar, isso também ceifará (Gl. 6.7,8).  O pecado pode ser aprazível enquanto dura, pode ser agradável à natureza pecaminosa, mas nunca sai barato, pode levar a ruina também financeira. Muitos casamentos se desfizeram porque um dos cônjuges, ao invés de investir na família, preferiu gastar seu dinheiro em experiências extraconjugais. A esse respeito o sábio indaga: “pode alguém tomar fogo no seio, sem queimar as suas vestes?” (Pv. 6.27).  O adultério pode resultar em tormento mental, por suspeitar que alguém saiba da sua condição, que pode levar a doenças físicas, de ordem psicossomáticas, e espirituais, como o distanciamento progressivo da presença de Deus. É preciso seguir o exemplo positivo de Davi, confessar o pecado, reconhecer seus males, e se voltar para o Senhor (Sl. 51)
SINOPSE DO TÓPICO (3)
Além de perder a comunhão da família, o cônjuge adúltero quebra a sua comunhão com Deus.
IV. CONSELHOS DE COMO SE PREVENIR CONTRA A INFIDELIDADE
Até cristãos estão sujeitos à infidelidade conjugal e a bíblia está recheada de casos de servos de DEUS que caíram nessa cilada de Satanás. Dentre os mais destacados temos Abraão, Jacó, Davi e Salomão.Existem casos de história de família que devem ser estudados e vigiados por aqueles que desejam ser fiéis a DEUS e o seu cônjuge (I Co 10.12). Os olhos devem estar fixos em DEUS e em seu testemunho de nossa aliança (Ef 5.25).O segredo sempre é:.
A falta de assistência de um dos cônjuges quando o outro está ferido pode ocasionar o adultério, por isso os cônjuges devem sempre estar dialogando um com o outro e procurando solução para os problemas que surgirem.
Os problemas conjugais devem ser tratados entre os cônjuges e só podem ser levados a outrem que seja de extrema confiança dos dois – no caso, o melhor é procurar ajuda do pastor e sua esposa. ou de um especialista no caso.
São funestas as consequências de um adultério, mas sempre o perdão deve estar à frente de qualquer outra atitude.
O homem não é dono de seu corpo e nem a mulher de seu, portanto não podem ficar muito tempo sem o ato sexual. Muitos adultérios acontecem por falta de sexo entre os cônjuges. Existem maridos que passam até meses fora de casa em viagem de negócios ou outros afazeres. Muitos maridos passam anos dormindo no sofá, embora morando dentro da mesma casa que seu cônjuge. (I Co 7.5). Casados devem tomar cuidado com elogios alheios (Pv 2.16,17 Pv 5.3; 6.24; 7.5, 21,23). Antes de viajar o cônjuge deve procurar por relacionamento sexual com seu cônjuge para que não sejam demasiadamente tentados (Pv 7.10-12); O amor entre os cônjuges deve ser mantido sempre aceso (Fp 1.9).
SINOPSE DO TÓPICO (4)
Um conselho importante para prevenir-se contra a infidelidade conjugal é apegar-se a Palavra de Deus, à disciplina e relacionar-se intimamente com o cônjuge
CONCLUSÃO
A fidelidade conjugal é o que Deus idealizou aos seus filhos. Sabemos que a tentação é uma realidade, que vem acompanhada da natureza adâmica que herdamos, e ambas pressionam-nos a desprezar o santo  ideal da fidelidade. Todavia, o Senhor deixou-nos a sua Palavra com dezenas de conselhos, a fim de prevenir-nos quanto ao abismo chamado adultério.
EXERCÍCIOS
1. A quem é dirigida a admoestação contra o adultério no livro de Provérbios?
R. A admoestação é dirigida a um ser humano que, como todos nós, está sujeito à tentação.
2. Qual fato interessante salta aos olhos de quem lê os conselhos de Salomão contra a mulher adúltera em Provérbios?
R.  Que não há referência ao Diabo em suas advertências contra a mulher adúltera. O sábio não responsabiliza o anjo caído pelo fracasso moral dos homens, mas responsabiliza aquele a quem chama de "filho meu".
3. O que a frase "bebe a água da tua própria cisterna" mostra?
R. Ela mostra que o sexo não deve ser praticado apenas como um dever de um cônjuge para com o outro (1 Co 7.3), mas como algo prazeroso, assim como o é beber água!
4. Qual é uma das primeiras consequências da infidelidade conjugal?
R. A desonra da família.
5. Com suas próprias palavras, liste outras consequências igualmente destruidoras para a família vítima da infidelidade conjugal.
R. Resposta pessoal.


BIBLIOGRAFIA
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD;
Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD;
Bíblia Sagrada Versão Digital 6.0 Freeware
GONÇALVE, José . Sábio Conselho para um viver Vitorioso- Sabedoria bíblica p a ra quem quer vencer na vida Rio de Janeiro: CPAD 2013
http://subsidioebd.blogspot.com.br/
http://www.apazdosenhor.org.br
http://www.portalebd.org.br/
Lições Bíblicas do 4º Trimestre de 2013, Jovens e Adultos: sabedoria de Deus para uma vida vitoriosa — a atualidade de Provérbios e Eclesiastes; Comentarista: José Gonçalves; CPAD;
MARTIN, Charles G. Provérbios.
Revista Ensinador Cristão ano 14 Nº 56 CPAD.

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