quarta-feira, 23 de março de 2016

Professores de quatro universidades lançam manifesto contra impeachment de Dilma Rousseff

Docentes declaram não haver base legal para retirada da presidente do cargo (Foto: Cacau).
Docentes declaram não haver base legal para retirada da presidente do cargo (Foto: Cacau).
Professores e alunos dos cursos de Direito de quatro instituições de ensino superior de Mossoró lançaram, na manhã desta quarta-feira, 23, manifesto contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. O documento conta com assinaturas de docentes e estudantes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), Universidade Potiguar (UnP) e Faculdade de Ciência e Tecnologia Mater Christi.
“Não queremos que digam que fomos omissos diante da ameaça de retorno à Ditadura, instalada a partir de um golpe, tendo em vista que não há base legal para um impeachment. Não estamos fazendo uma defesa ao PT e nem de qualquer outro partido, mas sim à Democracia e à normalidade das instituições democráticas”, disse o professor de Direito da Uern Paulo Linhares.
O professor declara ainda repúdio ao posicionamento da Ordem dos Advogados do Brasil, a nível federal, de apoio ao impeachment. Os docentes questionam ainda a forma como as investigações da Operação Lava-Jato tem sido conduzidas, com constantes vazamentos de informações que deveriam estar sob proteção da Justiça.
O professor e advogado Olavo Hamilton informa que o trabalho de recolhimento de assinaturas irá continuar nas instituições. Também participaram do lançamento do manifesto alunos e representações estudantis.
“Nosso aprendizado e prática do Direito seriam muito vazios se não assumíssemos essa posição de combate a um golpe à Democracia. É importante lembrar que se fala em impeachment desde a posse do segundo mandato de Dilma Rousseff, o que evidencia profunda ligação desse movimento pela retirada da presidente por parte da oposição. Outro ponto a analisar é que todo o discurso anti-corrupção tem sido seletivo e que políticos corruptos têm falado como porta-vozes dessa luta”, afirmou a professora da Ufersa, Oona de Oliveira Caju
Fonte: O Mossoroense

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