sexta-feira, 12 de abril de 2013

O QUE LEVA UMA MÃE A JOGAR UM RECÉM-NASCIDO NO LIXO?





Existem coisas que acontecem hoje em nossos dias que fico a pensar. “tem certeza que isso é verdade”? Sempre vejo nos noticiários que: homem matou esposa e filhos, que filho matou seus pais, que idosos foram maltratados pelos seus próprios familiares, que adolescentes comentem as maiores atrocidades com os seus semelhantes, pois quando penso que todas as barbaridades já aconteceram, ou que essas coisas só acontecem nas grandes metrópoles, engano. 
Hoje quando chegava do trabalho fui conhecedor de um fato que chocou toda população Triunfense e cidades circo vizinha, pois uma mãe, se é que posso chamar esta pessoa de mãe. Após ter seu filho, joga o recém-nascido no lixo. Por volta das 09h30min, uma equipe de garis que fazia a coleta do lixo, o gari Luiz Segundo deparou com o feto enrolado em uma sacola plástica, o corpo da criança do sexo feminino, ainda estava com o cordão umbilical sujo de sangue. Então pergunto o que leva uma mãe praticar um ato tão brutal e desumano com esse? 
Analisando este texto bíblico (Isaías 49:15) “que diz  Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti”. Sabemos que este versículo fala do amor de Deus para com seus filhos, mas quero me deter um pouco mais no amor de mãe.  Você já parou para pensar na dimensão do sentimento materno? A relação mãe e filho são iniciados ainda durante os nove meses de gestação. Há uma ligação física, psicológica e emocional, a criança fica em simbiose com a mãe, depende do organismo dela e está exposta às suas emoções.
            É no ventre que se estabelece o vínculo afetivo entre mãe e filho, que a despeito das mudanças ao longo dos estágios de desenvolvimento deste, vai perdurar a vida toda. Logo, o amor materno é algo ímpar, profundíssimo, de valor incalculável para o desenvolvimento e a maturação do ser humano e que se revela por uma doação completa, um extremo zelo no cuidado e na proteção.
            No ponto de vista sociológico existem vários motivos para uma mãe abandonar seu filho, uma mulher também pode esquecer-se do seu filho em decorrência de uma forte crise pela qual esteja atravessando. Isso pode acontecer por causa de conflitos conjugais, problemas gravíssimos de depressão, distúrbios orgânicos ou psíquicos.
            Em casos de depressão pós-parto, a mãe pode rejeitar totalmente o bebê ou não querer amamentá-lo. A depressão pós-parto tem as mesmas características de uma depressão normal; a pessoa sente uma tristeza muito grande e prolongada, com perda de autoestima e de ânimo para viver, podendo até mesmo tentar o suicídio.
            Mulheres que sofrem de problemas patológicos na memória ou de distúrbios psicológicos podem desprezar o filho. Elas podem momentaneamente perder a noção das coisas e não se lembrar dos seus laços afetivos e do seu papel de mãe, muitas vezes também é usuária de drogas, alcoólatra e não sabe nem como se sustentar direito. Quando se depara com um filho pra criar, acaba entrando em desespero e faz a primeira loucura que vem à cabeça; jogar o próprio filho fora.
            Mas além de tudo isso existe a crueldade humana. São pessoas que não passa por nenhum problema que falei, mas são pessoas que não tem nenhum respeito pela vida, isso acontece por motivos banais, do tipo sou jovem e me envolvi com homem casado e agora todo mundo vai sabe então vou joga fora, às vezes são pessoas que vivem camufladas em uma falsa santidade ou religiosidade, e quando acontece de engravidar tenta camuflar e comente uma atrocidade desse tipo para manter as aparências.
          Quando vejo tudo isso penso que o escritor português José Saramago estava certo quando disse que os animais podem ser selvagens, mas que apenas o homem é cruel, ele estava chamando a atenção para um fato bastante inquietante, que subverte profundamente a imagem que temos de nós mesmos. Ele estava dizendo, da maneira mais clara e assustadora possível, que a crueldade é um fenômeno humano (e não animal).
            Termino dizendo o seguinte um bebê é a coisa mais linda do mundo, onde tem muitas mulheres que daria tudo para ter um filho. Emociono-me cada vez que vejo tantos casos de abandono de crianças, eles são tão indefesos, tão dóceis. Será que essas mães que praticam essas atrocidades conseguem dormir tranquilas? 

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